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ÍNDIOS

ONG alerta contra expedição britânica ao Paraguai

ONG alerta contra expedição britânica ao Paraguai

MSN.COM e BBC BRASIL

14/11/2010 - 17h11
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Alguns indígenas do povo Ayoreo, na divisa com o município de Porto Murtinho (MS), nunca tiveram contato com o exterior

Uma entidade paraguaia de proteção a índios está lançando um alerta contra uma expedição de cientistas britânicos a uma região remota do Paraguai.

Segundo a entidade, a expedição ameaça as vidas de tribos indígenas isoladas.

Os cientistas, do Natural History Museum (NHM), em Londres, querem estudar a biodiversidade na região do Chaco Seco.

Em uma carta aberta ao NHM, a ONG Iniciativa Amotocodie (IA), expôs o dilema: como equilibrar as necessidades de pesquisa e os riscos de perturbar as comunidades indígenas.

A IA diz que a viagem deveria ser cancelada.

Mas o museu, que nesse projeto trabalha em parceria com colegas paraguaios, disse estar tomando medidas para assegurar que a expedição não ameace as tribos.

Em uma declaração divulgada para a imprensa, o museu disse: 'Sempre pedimos conselhos sobre essas questões às autoridades nacionais relevantes, como estamos fazendo no Paraguai'.

Povo Ayoreo

O Chaco Seco, uma região semi-árida, de baixa altitude, se estende pela Argentina, Bolívia e Brasil. É uma das poucas regiões onde ainda há grupos isolados do povo Ayoreo que nunca tiveram contato com o mundo exterior.

A equipe de biólogos e botânicos britânicos e paraguaios espera encontrar no local espécies nunca identificadas de plantas, insetos e animais.

Eles esperam que a expedição ajude a chamar a atenção para a necessidade de proteção do habitat do Chaco, ameaçado pela expansão das atividades madeireiras e de agricultura intensiva.

Mas Benno Glauser, diretor da Iniciativa Amotocodie, disse à BBC que qualquer contato com as tribos poderia ter 'consequências fatais'.

Ele disse que havia riscos de um 'contato surpresa', porque os cientistas tinham de 'se mover pela região de maneira muito silenciosa para poder observar os animais'.

'Sabemos de três grupos indígenas isolados na área alvo da expedição', disse Glauser.

'Eles vivem em florestas completamente virgens (...) isto os torna vulneráveis a qualquer intrusão.'

A carta ressalta os riscos associados à pesquisa em regiões tão remotas.

Já o chefe de ciências do NHM, Richard Lane, disse à BBC: 'Ponderamos a expedição inteira desde o início'.

'Buscamos conselhos dos nossos guias no local para assegurar que não haverá contatos inapropriados'.

A equipe também está trabalhando em conjunto com representantes do povo Ayoreo na Unión de Nativos Ayoreo de Paraguay (Unap).

'Recentemente, nossos colaboradores contataram um representante mais velho do povo Ayoreo, que se voluntariou para guiar nossa equipe na floresta', acrescentou Lane.

Survival International

A entidade de defesa dos povos da floresta Survival International também entrou no debate.

O diretor da entidade, Jonathan Mazower, disse que as tribos com frequência pensam que as pessoas de fora são hostis, e qualquer encontro inesperado pode ser violento.

Mas ele não sugeriu que a expedição seja abandonada. Ele acha que a viagem deveria ser transferida para uma outra área do Chaco.

É 'uma área vasta, mas a expedição planeja ir até uma área que, apesar de ser muito remota, é tida como a terra ancestral da tribo Ayoreo', ele disse à BBC.

Calcula-se que existam hoje cerca de 5 mil índios Ayoreo. A Survival International estima que apenas 200 não tenham sido contatados.

Mazower disse que esses povos estão 'em fuga permanente' de criadores de gado que estão desmatando a área.

'No passado, quando foram contatados, houve encontros violentos', ele disse.

'E eles são nômades, então é impossível saber onde estão num determinado momento'.

Muitos dos Ayoreo que se mudaram para fora da floresta voluntariamente sofreram problemas de saúde, particularmente, problemas respiratórios, incluindo a tuberculose.

Por estarem isolados, não têm imunidade contra esse tipo de infecção.

Lane, do NHM, disse que o museu e seus parceiros na expedição não tinham interesse em contatar tribos isoladas durante a viagem.

'Estamos indo a regiões protegidas porque muitas áreas de floresta do Chaco já foram cortadas, então não são de interesse para uma expedição científica', ele disse.

O museu planeja ir em frente com a expedição e espera que ela ajude 'governos e grupos de preservação a entender melhor como administrar habitats frágeis e protegê-los para as gerações futuras'.

BRASIL

Veja quem são os 2 brasileiros presos na Argentina condenados do 8 de Janeiro

Refugiados no País vizinho, acusados dos atentados foram presos e aguardam data para extradição

16/11/2024 17h32

Ambos seguem aguardando decisão do juiz Daniel Rafecas, da Justiça Federal da cidade de Buenos Aires, sobre a possível data das extradições.

Ambos seguem aguardando decisão do juiz Daniel Rafecas, da Justiça Federal da cidade de Buenos Aires, sobre a possível data das extradições. Reprodução

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Confirmada a prisão, pelo Ministério de Segurança da Argentina, de dois dos 61 brasileiros procurados pelos atentados golpistas de 8 de Janeiro de 2023 que fugiram para o País vizinho, abaixo você confere exatamente quem são Joelton Gusmão de Oliveira e Rodrigo de Freitas Moro Ramalho. 

Sendo 265 acusados já condenados pelos mais diversos crimes durante o atentato em 8 de janeiro, a prisão dos dois, como bem acompanhada pelo Correio do Estado, precede a extradição de ambos. 

Joelton Gusmão de Oliveira foi o primeiro detido, na última quinta-feira (14), na cidade de La Plata, longe cerca de 60 quilômetros da capital argentina, enquanto Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, de 34 anos, foi detido ainda ontem (15). 

Informações do Ministério de Segurança enviadas ao Estadão, apontam que ambos seguem aguardando decisão do juiz Daniel Rafecas, da Justiça Federal da cidade de Buenos Aires, sobre a possível data das extradições.

Gusmão já prestou depoimento, enquanto Ramalho deve ser ouvido ainda neste sábado (16). 

Após identificado pela Polícia Federal (PF) que mais de 60 fugutivos brasileiros estariam na Argentina, ainda em outubro o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a extradição dos procurados. 

O pedido original, feito por meio de uma consulta em junho deste ano pelas autoridades brasileiras, questionava sobre o paradeiro de 143 investigados e condenados por participação na tentativa de golpe.

Na época, o porta-voz da Casa Rosa, Manuel Adorni, afirmou que o governo de Javier Milei seguiria com o processo conforme a legislação do país.

"Se efetivamente existem criminosos na Argentina nessas condições, seguiremos o caminho legal correspondente."

Joelton

Morador de Vitória da Conquista (BA), Oliveira foi condenado a 17 anos de prisão em fevereiro deste ano, pelos crimes de: 

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
  • Ggolpe de Estado,
  • Dano qualificado,
  • Deterioração do Patrimônio tombado e
  • Associação criminosa armada.

Relatório da Polícia Federal (PF) aponta que Oliveira fez gravações de seu celular e afirmou que "é assim que toma o poder", chamando outras pessoas a subirem a rampa do Congresso Nacional.

"Dentro de um dos prédios públicos, Joelton Gusmão de Oliveira comemora a entrada no prédio, afirmando estar ‘dentro da nossa casa’, enquanto filma a sua esposa também em postura de comemoração. Nesse registro, inclusive, é possível ouvir um barulho de bomba ao fundo", diz trecho do documento apurado pelo Estadão.

"Já nas dependências do Plenário do Senado, grava a sua esposa fazendo uso de microfone instalado em uma mesa do ambiente para afirmar que estão exigindo intervenção militar porque todo poder emana do povo, juntando-se Joelton Gusmão de Oliveira ao coro de ‘todo poder emana do povo’", descreve o relatório sobre a atuação de Oliveira e de sua esposa, Alessandra Faria Rondon, também condenada a 17 anos de prisão.

Rodrigo 

Morador de Marília, no interior paulista, Ramalho era considerado foragido desde abril deste ano, quando a polícia perdeu o sinal de sua tornozeleira eletrônica.

A medida cautelar foi imposta para que ele cumprisse a liberdade provisória, concedida por Moraes em agosto do ano passado.

Entregador de comida e pai de dois filhos, Ramalho foi preso em flagrante no dia 8 de janeiro de 2023 pela participação nos atos golpistas e condenado em abril deste ano a 12 anos e seis meses de reclusão, e um ano e seis meses de detenção.

A pena também inclui o pagamento de indenização a título de danos morais coletivos no valor de R$ 30 milhões, entre todos os condenados no inquérito.
 

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MUNDO

Cúpula Social do G20 chega ao fim; confira declaração final

No documento é possível notar propostas aos líderes mundiais nas áreas de combate à fome, bem como sustentabilidade e reforma da governança global

16/11/2024 17h01

Presidente brasileiro vai repassar as demandas aos líderes do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana

Presidente brasileiro vai repassar as demandas aos líderes do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana Tomaz Silva/Agência Brasil

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Pluralidade de vozes que construiu o G20 Social ao longo da presidência brasileira do G20 divulgou, na manhã deste sábado (16), o documento final do encontro. 

Nele, é possível notar propostas aos líderes mundiais nas áreas de:

  • Combate à fome,
  • Sustentabilidade e
  • Reforma da governança global.

As propostas foram sistematizadas e definidas por consenso entre os participantes para serem entregues ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no encerramento da Cúpula Social. 

Por sua vez, o presidente brasileiro vai repassar as demandas aos líderes do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana.

Os 13 grupos de engajamento que fazem parte do G20 Social são: C20 (sociedade civil); T20 (think tanks); Y20 (juventude); W20 (mulheres); L20 (trabalho); U20 (cidades); B20 (business); S20 (ciências); Startup20 (startups); P20 (parlamentos); SAI20 (tribunais de contas); e os mais novos J20 (cortes supremas) e O20 (oceanos).

Além das atividades desenvolvidas pelos 13 grupos de engajamento, o G20 Social também incluiu pela primeira vez encontros entre as trilhas política (Trilha de Sherpas), financeira (Trilha de Finanças) e os grupos de engajamento.

Abaixo, você confere a versão do documento, que está viabilizado para leitura online através de desktop, disponível ainda para download caso o conteúdo esteja sendo visualizado através de celular. 

 

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