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Restaurante proíbe entrada de crianças menores de 6 anos

Restaurante proíbe entrada de crianças menores de 6 anos

ig

22/07/2011 - 21h00
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No início da semana passada, um restaurante norte-americano ganhou as manchetes dos jornais ao proibir a entrada de crianças menores de seis anos. O proprietário do restaurante explicou que o volume dos pequenos não pode ser contido e, muitas vezes, acaba perturbando outros clientes. O ato, perfeitamente legal nos Estados Unidos, levantou a discussão: até que ponto as crianças podem ser controladas em público?

Mike Vuick, proprietário do restaurante, diz não ser um "inimigo das crianças". Casado há 42 anos, embora sem filhos, ele foi professor por nove e está acostumado a receber equipes esportivas colegiais que treinam no clube onde funciona o restaurante. “Pensei a respeito da proibição por dois anos”, conta. Mike afirma ter tomado a decisão definitiva ao observar quatro fatores: os pais traziam bebês cada vez mais novos ao restaurante; as crianças entre um e cinco anos se comportavam cada vez pior; os pais mostravam cada vez menos disposição para controlar seus filhos e, por fim, as reclamações dos outros clientes – que muitas vezes haviam tido o cuidado de deixar os próprios filhos em casa com uma babá para ter um jantar mais tranquilo – só cresciam.

“Quando uma criança ficava fora de controle, eu pedia, educadamente, para os pais saírem do salão por alguns momentos até que ela se acalmasse”, explica Vuick. “Mas era recebido com olhares de estranhamento”. De acordo com Ana Gabriela Andriani, psicoterapeuta de casal e família, cabe aos pais conterem seus filhos – embora a tarefa seja mais difícil quando a criança não tem limites. “Muitos pais têm essa dificuldade por acharem que impor limite é sinônimo de desamor, mas não é. A criança precisa de regras”, diz Andriani.

Mas nem sempre a criança malcomportada no restaurante é uma criança sem controle. “A percepção de tempo da criança é diferente da percepção do adulto. Nós temos uma demarcação cronológica do tempo, enquanto para a criança o tempo é o do infinito”, afirma a especialista. Por isso, é difícil que ela chegue ao restaurante, sente, se alimente, converse com os que estão à mesa e vá para casa tranquilamente. O mais comum é a criança viver aquele momento como se nunca mais fosse acabar. E se o momento é muito chato, ela vai querer fazer qualquer coisa para escapar.

Cabe aos pais – e não exatamente ao restaurante – prestar atenção e tomar a iniciativa para resolver o problema. Afinal, crianças são crianças e é bem difícil deixá-las quietinhas em um lugar e pedir que se portem como adultos em miniatura.

Dança das cadeiras

Em um restaurante, portanto, o interminável subir e descer da cadeira pode ser só o começo da bagunça. É o caso de Sarah, de três anos. Segundo a mãe, a autônoma Ercy Borba, de 49 anos, a família só pode ir ao restaurante se montar um revezamento: enquanto um come, o outro cuida da menina. “Ela é um tsunami, não consegue ficar na mesa pra comer. Ela quer andar, ir à mesa dos outros para conversar, atrapalha as outras crianças que estão comendo, sobe e desce da cadeira milhões de vezes”, conta. Ao levar bronca da mãe por não se comportar adequadamente, no entanto, abre o berreiro e faz escândalo.

“Ela tem um comportamento irregular e não é por falta de represália”, diz Ercy. Ao contrário de Gabriel, o filho mais velho de Ercy, que sempre se portou como “um lorde inglês”, na definição da mãe. A família deixou de ir a restaurantes por causa do mau comportamento de Sarah. E as áreas de recreação oferecidas por muitos estabelecimentos não adiantam: aos três anos, ela ainda não tem idade para brincar nessas áreas sem a supervisão de um adulto.

Entretenimento e respeito aos limites

De acordo com Luciana Blumenthal, psicoterapeuta da Elipse Clínica Multidisciplinar, os pais devem ser os primeiros a se preocupar com o entretenimento dos filhos. Oferecer atenção e alguns passatempos é a melhor forma de garantir um jantar tranquilo em troca. “Se você sabe que o local é inadequado para a criança passar muito tempo sem ficar impaciente, levar brinquedos diferentes para ela brincar depois de comer é uma boa alternativa”, afirma a especialista. Conversar com ela sobre assuntos que a interessam também é uma tática eficaz. “É preciso achar alguma coisa para entretê-las”.

Uma saída eventual da rotina pode fazer bem, mas respeitar os horários e limites da criança é essencial. Se ela tem o costume de dormir às oito horas da noite, não chegue ao restaurante às nove. Em pouquíssimo tempo ela ficará irritada e passará a atormentar. E é sempre melhor prevenir do que remediar: segundo Luciana, se os pais resolverem ir embora do local por causa da birra, a criança ficará satisfeita e tentará conseguir tudo desta forma, já que funciona.

Do restaurante para dentro de casa

Monica Dorin Schumer é psicóloga e terapeuta familiar especialista em desenvolvimento infantil e conexões entre pais e filhos, no Rio de Janeiro. Para ela, crianças precisam de limites – mas os pais devem conhecê-los. Todo mundo tem variações de humor, até mesmo as crianças. Os pais devem saber se podem arriscar levar seus filhos a um lugar mais intimista ou se a personalidade da criança seria um desastre combinada com o ambiente.

“Não tem como segurar as crianças o tempo todo, elas têm um lado imprevisível também”, concorda Ana Gabriela. Se uma criança de três anos cai e se machuca, ela vai chorar e fazer barulho – e os pais devem contar com esse tipo de situação, afinal, imprevistos acontecem.

Fora os acidentes, o hábito de se sentar para comer começa em casa. “É importante que dentro de casa a criança aprenda a comer na mesa, de garfo e faca, acompanhando o ritual”, diz. Como qualquer comportamento, a aprendizagem deste também não acontece de um dia para o outro. O ideal é ir estendendo o tempo à mesa aos poucos, além de mostrar algumas maneiras legais de se divertir, como fazendo desenhos no papel ou criando histórias com a comida. “Assim os pais podem transformar o momento em algo lúdico e ajudar a criança a ficar ali e querer comer”, diz.

O tempo ideal para o seu filho? “Quanto mais novinha a criança for, mais impaciente ela é. A partir dos cinco anos ela começa a entrar na mesma perspectiva de tempo dos adultos e passa a lidar melhor com isso”, completa. Mais ou menos à mesma época em que ela poderia voltar a comer no restaurante de Mike Vuick.

Programação Natalina

Cidade do Natal tem apresentação de Erika Espíndola e Flávio Bernardo

Com início às 19h, haverá ainda a tradicional Parada Natalina, contando com a presença do Senhor e da Senhora Rena, além da jovem Capivara

25/12/2024 09h00

Divulgação Prefeitura Municipal de Campo Grande

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A Cidade do Natal encanta com a programação especial deste feriado, nesta quarta-feira (25), com apresentações musicais de Erika Espíndola e Flávio Bernardo, nos altos da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

Neste ano, a programação contou com a tradicional “Caravana dos Bairros”, que percorreu diversas regiões. Na região do Imbirussu, por exemplo, as atividades foram realizadas no CRAS Albino Coimbra.

Divulgação Prefeitura Municipal de Campo Grande

Caravana nos Bairros

Foram atendidos vários bairros, como: Parque Tarsila do Amaral, no Bairro Vida Nova, região do Segredo; Parque Jacques da Luz, nas Moreninhas, região do Bandeira; Comunidade da Homex, na região urbana do Anhanduizinho; CRAS Noroeste, região do Prosa; e no Lagoa, com uma festa no Caiobá.

A Caravana dos Bairros levou atrações que incluíram brinquedos infláveis, pintura facial, distribuição de pipoca, sorteio de brindes e, claro, a presença do Papai Noel, que chegou acompanhado por uma banda musical no ônibus do City Tour.

 

 

Feriado de Natal (25)

Após a apresentação musical de Erika Espíndola e Flávio Bernardo, que tem início às 19h, ocorre a tradicional Parada Natalina, a partir das 21h. O evento encanta o público com a presença do Senhor e da Senhora Rena, além da jovem Capivara, a mais nova integrante do grupo.

Encanto natalino

Desde sua inauguração, no dia 15 de dezembro de 2022, a Cidade do Natal se tornou uma tradição para os campo-grandenses e sul-mato-grossenses que visitam a Capital para aproveitar a experiência e vivenciar momentos para toda a família.

Para as crianças, a diversão fica por conta da Área Kids, que oferece escorregadores, brinquedos infláveis, piscina de bolinhas, veículos para passeio e espaços dedicados a atividades artísticas.

Além disso, o carrossel tem encantado a criançada e também alegra os adultos, proporcionando momentos perfeitos para registrar boas fotos e vídeos.

Outro atrativo é a presença de artesãos, que expõem trabalhos temáticos e criativos.

O local conta ainda com uma praça de alimentação, que oferece uma variedade de opções gastronômicas a partir de R$ 6.

Quer mais motivos para visitar? O Presépio, símbolo do Natal, proporciona um espaço para a família viver momentos de reflexão e apresentar a tradição aos pequenos.

Programação e horários

Com entrada gratuita, a Cidade do Natal funciona diariamente a partir das 17h30, até o dia 31 de dezembro. Confira a programação dos próximos dias:

  • 25/12 (quarta-feira): Erika Espíndola – 19h30
  • 27/12 (sexta-feira): Max Henrique – 19h30
  • 28/12 (sábado): Sampri – 19h30
  • 29/12 (domingo): Frequência Zero – 19h30
  • 31/12 (terça-feira): Daran Junior – 20h30 / DJ BWM – 22h30

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Saiba como evitar refluxo após a ceia de Natal

Médico dá dicas para quem sofre com a doença

24/12/2024 14h01

Foto: Bruno Peres / Agência Brasil

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As delícias das ceias de Natal e Ano novo podem se tornar um grande problema para quem sofre com refluxo. Pratos mais gordurosos, bebidas com gás e nossa tendência ao exagero podem ativar o problema.

Segundo o Ministério da Saúde, neste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou atendimento de 62 mil pacientes com sintomas na Doença do Refluxo Gastroesofágico. Mais de 3.200 tiveram que ser internados.

Quem tem refluxo precisa ter uma atenção maior com pratos como tender, pernil, salpicão com muita maionese, espumante, chocolate, especialmente em excesso, conforme o médico endoscopista Hugo Guedes.

"Esses alimentos acabam piorando o refluxo porque, de alguma forma, ou eles aumentam a demanda de produção de ácido para serem digeridos ou podem potencializar em grande volume o retorno do ácido que está no estômago para o esôfago. Então, a gente tem que tomar cuidado com esse tipo de alimento na ceia de Natal".

Não é preciso deixar de aproveitar a ceia. O médico recomenda comer em menor quantidade, não beber durante a refeição, dar um intervalo de 30 minutos, pelo menos, antes ou depois de comer.

Se a pessoa passar mal, a orientação é dar tempo para a digestão.

"Tente aí manter um tempo de jejum para que possa ter a passagem do alimento para a intestino e a digestão possa acontecer. Não deite logo após se alimentar. Fique um tempo sentado, caminhadas leves ou atividades leves podem ajudar. E, caso os sintomas não melhorem, você pode recorrer aos medicamentos, inicialmente com os antiácidos, e, em casos mais sintomáticos, os protetores gástricos propriamente ditos", afirma Hugo Guedes.

Sintomas

Os sintomas típicos do refluxo são queimação no estômago, azia, dor no peito, enjoo, regurgitação, tosse, pigarro e sensação de garganta arranhada.

Se as dores ou os sintomas não melhorarem, é necessário procura um médico para o tratamento correto.

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