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Secretaria investiga assassinato de moradores de rua de Goiânia

Secretaria investiga assassinato de moradores de rua de Goiânia

terra

06/04/2013 - 17h46
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A Secretaria de Direitos Humanos enviou neste sábado uma força-tarefa para investigar o assassinato de moradores de rua em Goiânia. Na madrugada de hoje, um garoto de 11 anos e um adulto foram mortos a pauladas, elevando para 26 o número de casos registrados desde março do ano passado na região metropolitana da cidade.

De acordo com o secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Gabriel Rocha, os números mostram uma onda de homicídios de moradores de rua na capital goiana. "Há uma política de extermínio em curso", disse em entrevista à Agência Brasil. Segundo ele, depoimentos recolhidos por entidades locais de apoio aos moradores de rua indicam a suspeita de participação de agentes públicos em pelo menos parte dos assassinatos.

Encabeçada por Gabriel Rocha, a missão também é composta por sete coordenadores federais, entre os quais representantes da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, da Coordenação-Geral dos Centros de Referência em Direitos Humanos e do Comitê Intersetorial da Política da População em Situação de Rua. A força-tarefa avalia se permanece na cidade só hoje ou se fica até a próxima terça-feira (6), quando a Câmara Municipal promoverá uma audiência pública sobre os homicídios.

"Existem notícias de várias testemunhas que põem sob suspeita o envolvimento de agentes públicos nos assassinatos. Isso nos preocupa bastante", destacou. Segundo Rocha, das 26 mortes apuradas, 25 ocorreram em Goiânia. Uma foi registrada em Aparecida de Goiânia, cidade ao sul da capital do estado.

Citando dados da Secretaria Municipal de Assistência Social de Goiânia, Rocha informou que existem 900 moradores de rua na cidade, dos quais a maioria vem do interior do estado em busca de tratamento de saúde ou para fugir de situações de violência familiar. Segundo ele, as drogas podem não ser o motivo principal dos assassinatos. "De acordo com a prefeitura, somente 30% dos moradores de rua têm envolvimento com entorpecentes. Essas estatísticas são importantes para direcionar as políticas para essa parcela da população."

Hoje, a missão pretende ouvir moradores de rua que testemunharam assassinatos e se reunir com representantes do Ministério Público e da Polícia Civil de Goiás para pedir a apuração imediata dos casos. Também estão previstos encontros com representantes da prefeitura, do governo do estado e com entidades sociais como pastorais de rua e o Centro de Referência em Direitos Humanos da cidade, operado em parceria com padres jesuítas.

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Em MS, Atvos prevê investimento de R$ 350 milhões na maior usina de biometano do mundo

Empresa já garantiu licença para implantar novo

02/04/2025 08h53

Atvos tem três unidades em MS e irá implantar uma nova usina de biometano

Atvos tem três unidades em MS e irá implantar uma nova usina de biometano Foto: Divulgação

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Com três usinas de biometano em Mato Grosso do Sul, a Atvos prevê um investimento de R$ 350 milhões em mais uma planta de funcionamento além dos postos já existentes. A licença de instalação é de sua primeira unidade de biometano a partir da vinhaça, na unidade Santa Luzia, em Nova Alvorada do Sul. 

O biocombustível é produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos, como lixo, esgoto, dejetos animais, agricultura e pecuária, por meio da purificação e separação do metano e do dióxido de carbono do biogás. 

Atualmente, o estado possui capacidade de gerar mais de 13 milhões por dia de metros cúbicos de biogás, e 7 milhões de metros cúbicos de biometano/dia, aproveitamento de resíduos de biomassa do setor sucroenergético, da suinocultura e bovinocultura.

Usinas

Atualmente, a Atvos têm  três empreendimentos em Mato Grosso do Sul, sendo:

  • usina Eldorado, localizada no distrito de Ipezal, em Angélica;
  • usina Santa Luzia, no município de Nova Alvorada do Sul;
  • Unidade Agroindustrial de Costa Rica.

 

Em 2024, o governo estadual reduziu a carga tributária do biometano para 12% com crédito outorgado de até 90%, incentivando ainda mais o setor. Programas como o Leitão Vida e o MS Renovável têm promovido o uso de biodigestores na suinocultura e viabilizado o aproveitamento energético de resíduos.

O titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, destacou os avanços e investimentos estratégicos realizados no setor de biogás e biometano em Mato Grosso do Sul e citou o impacto positivo do setor sucroenergético no Estado, destacando o investimento da Atvos.

“Aportou R$ 350 milhões na construção da maior usina de biometano do mundo, produzido a partir da vinhaça, no município de Nova Alvorada do Sul, além de anunciar a construção de mais duas usinas de etanol de milho no Estado. Com o anúncio da Atvos, serão quatro usinas de biometano no Estado, sendo que três delas já estão em operação.”

Na suinocultura, o Programa Leitão Vida encerrou 2024 com 270 granjas cadastradas, sendo 117 com biodigestores e desses, 43 com aproveitamento energético, produzindo próximo de 25.000.000 kwh/ano, quantidade suficiente para abastecer uma cidade de até 11.000 habitantes durante 1 ano.
Os dados foram apresentados durante a quarta edição do Circuito Biogás nos Estados, realizado no auditório da Fiems.

Ele também ressaltou a importância do fomento do Governo do Estado na produção de energia renovável, por meio do programa MS Renovável, que tem por objetivo expandir a capacidade de Mato Grosso do Sul em gerar e exportar energia limpa, especialmente por meio de biomassa.

A presidente da ABiogás, Renata Isfer, ressaltou que Mato Grosso do Sul é um dos estados com maior potencial de produção de biogás e biometano no Brasil.

“O Estado tem um grande potencial, com mais de 7 milhões de metros cúbicos de biometano por dia, enquanto a produção nacional atual é de apenas 840 mil metros cúbicos. O maior potencial vem do setor agropecuário, especialmente de resíduos de suinocultura e dejetos da bovinocultura, seguidos pelo setor agrícola e plantas de tratamento de esgoto”, explicou.

Para a diretora-presidente da MSGÁS, Cristiane Junqueira, Mato Grosso do Sul tem a oportunidade de se tornar protagonista nacional na geração de biogás. Atualmente o Estado ocupa a 8ª posição em volume de produção.

“Esse é um mercado incipiente. Em Mato Grosso do Sul nós temos apenas três plantas, sendo uma já autorizada e duas estão em tramitação de serem autorizadas, num total de uns 160 mil metros cúbicos por dia. Se os produtores rurais, o agro e a indústria começarem a ver o setor com bons olhos, não tenho dúvida de que nós podemos ser grandes protagonistas na produção de biometano e no uso do biometano”, disse Cristiane.

Descarbonização

O secretário Jaime Verruck também enfatizou a crescente participação de Mato Grosso do Sul na geração de biogás e biometano, com a inauguração de plantas de produção, como a da JBS, que recentemente substituiu o gás natural pelo biometano, contribuindo para a descarbonização da indústria local.

“Nosso Estado é um grande produtor de energia elétrica de biomassa, exportando mais de 50% da energia que gera”, afirmou, destacando que Mato Grosso do Sul se consolidou como líder na produção de energia limpa no Brasil.

A importância de atrair novos empreendimentos que dependem de energia renovável também foi mencionada pelo secretário Jaime Verruck, que enfatizou a necessidade de fortalecer a infraestrutura para garantir a competitividade do Estado na atração de indústrias.

“A disponibilidade de energia renovável é um diferencial que atrai empresas, especialmente aquelas que precisam de grandes volumes de energia para suas operações”, explicou.
Por fim, Verruck reafirmou a relevância de avançar nas discussões sobre a regulamentação do setor, como a certificação de biocombustíveis e o aprimoramento da legislação.

“O setor de bioenergia oferece hoje muitas oportunidades e, com um marco legal bem estruturado, nosso Estado estará preparado para continuar se destacando no cenário nacional e internacional como um polo de inovação e sustentabilidade”, finalizou.

*com informações da assessorialicen

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Saiba as novidades para segunda edição do concurso público unificado

Termo para escolha da banca examinadora deve

01/04/2025 20h00

JOEL RODRIGUES/AGÊNCIA BRASÍLIA

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) anunciou que a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2) usará o código de barras no cartão-resposta para identificar automaticamente o candidato, no lugar do preenchimento de bolinhas com caneta preta, como ocorreu na primeira edição do certame.

A mudança no sistema de identificação do participante foi adotada após diversos candidatos relatarem não ter marcado o tipo de gabarito da prova de agosto de 2024, ou ter deixado de transcrever a frase que constava no cartão-resposta.

Em nota, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, explicou que com o código de barras cada prova será vinculada automaticamente ao candidato “sem risco de confusão". 

"Não é o nome ou número de inscrição, mas a máquina consegue ler e garantir que aquela prova pertence àquela pessoa. Queremos que os candidatos se preocupem apenas com o conteúdo da prova, não com formalidades burocráticas”, detalhou a ministra.

Nova tecnologia

Com a nova tecnologia, cada caderno de questões virá com um código único, que identifica o candidato sem revelar seus dados pessoais aos corretores das provas. O anonimato em processos de seleção tem o objetivo de garantir a imparcialidade e a justiça.

O MGI entende que a alteração será útil quando houver diferentes versões da mesma prova dentro de uma mesma sala de aplicação do concurso público. As versões distintas são resultado do embaralhamento de questões idênticas da prova objetiva.

A expectativa da pasta é que o novo sistema também agilize a correção e a divulgação de resultados dos candidatos. No primeiro concurso unificado, os resultados finais foram disponibilizados pelo MGI e pela banca examinadora, a Fundação Cesgranrio, em 28 de fevereiro, 194 dias após a aplicação das provas objetivas e discursivas.

A previsão inicial do governo federal era que os resultados fossem divulgados em 25 de novembro. Porém, foram adiados após a União firmar acordo judicial com o Ministério Público Federal (MPF), permitindo a volta de 32.260 candidatos ao processo de seleção.

Edital único

Outro ajuste para o CNU 2, baseado nos aprendizados da primeira versão do chamado Enem dos Concursos, será o edital unificado para todos os blocos temáticos, com oito documentos separados.

Na primeira edição CNU, os oito blocos temáticos foram separados conforme áreas das vagas autorizadas para cada um dos 21 órgãos públicos federais participantes do certame. Sendo que sete editais foram para cargos que exigem nível superior de instrução, e apenas o oitavo documento do edital teve foco nas vagas de ensino médio.

Provas em 2025

O termo de referência para a escolha da banca examinadora do CPNU 2 deve ser lançado ainda em abril, e a aplicação das provas deve ocorrer no segundo semestre, prevê o MGI. 

Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministra, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a ministra já havia adiantado que gostaria de repetir as provas do CNU 2 em agosto deste ano, porque é o mês de menor incidência de chuvas na maior parte do Brasil, considerando os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul, em abril e maio de 2024.

A ministra Esther Dweck confirmou que não haverá uma edição do concurso em 2026. 

"Por ser ano de eleição, é muito mais difícil realizar o concurso. Temos que homologar todos os resultados antes do início do período eleitoral", argumentou.

Novas carreiras

O maior concurso público já feito no país ofereceu 6.640 vagas em 21 órgãos públicos federais e teve mais de 2,11 milhões de inscritos confirmados.

A lista de participantes do CNU 2025 ainda está sob análise do Ministério da Gestão e Inovação.

Para a segunda edição, o ministério confirmou que duas carreiras serão incluídas no concurso. As novas carreiras transversais são Analista Técnico de Justiça e Defesa e Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico, ambas de nível superior.

Carreiras transversais são aquelas com atribuições e responsabilidades que podem ser exercidas em diversos órgãos e entidades da administração pública federal.

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