Com a fiscalização mais eficiente nas rodovias brasileiras, os traficantes tiveram de alterar rotas para escoar entorpecente. Por Mato Grosso do Sul passam 60% da maconha e 40% da cocaína que chega ao Brasil, segundo a Polícia Federal. Na semana passada um grande carregamento de cocaína pura, avaliado em 2,560 milhões, foi apreendido em Itaporã, no Estado. A droga tinha origem na Bolívia, mas o carregamento havia saído do Paraguai, mostra reportagem na edição de hoje (22) do jornal Correio do Estado.
A pergunta é: por que a droga não é levada diretamente da Bolívia, um dos maiores centros produtores de cocaína do mundo, como apontam relatórios internacionais como o das Organizações das Nações Unidas (ONU), para a fronteira com o Brasil ?
Na apreensão da semana passada, a cocaína pura saiu da Bolívia e desviou de rota para o Paraguai e então entrar em território brasileiro.
Algumas apreensões vêm sendo feitas com essa característica, segundo o Departamento de Repressão ao Tráfico de Entorpecentes da Polícia Federal em MS. Os motivos, revelam os policiais, é o trânsito de entorpecentes mais facilitado entre o Paraguai e a Bolívia do que em solo nacional. Os traficantes preferem explorar os territórios dos países vizinhos e evitam ao máximo ingressar no Brasil. A reportagem é de Michelle Rossi.