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Sônia Puxian: "Sempre! ". Gostei muito de ouvir isso

Jornalista

Redação

10/08/2016 - 02h00
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Dia desses numa conversa informal com um amigo que encontrei casualmente no cafezinho, o que ele disse me levou a pensar um pouco mais na importância do pensamento positivo e na qualidade de vida que advém das atitudes bem elaboradas no dia-a-dia.  

Ao perguntar como vai, está tudo bem com você? - “Sempre!”, ele me respondeu de pronto. Uau! Gostei muito de ouvir isso, soou forte, firme e seguro. Feliz, eu disse que o admirava muito não só pela sua positividade, mas pelo seu jeito de ser espontâneo, natural e verdadeiro. Fiquei entusiasmada. Veja que lição de vida valiosa.

E completou: “Pra mim está sempre tudo bom! ”, explicou com detalhes que me deixaram mais feliz ainda por estar com ele. E assim nasceu esse texto também de forma espontânea para registrar esse momento significativo que me inspirou esse tema tão grandioso que é o pensamento positivo e a confiança. 

Saber viver é muito bom, mas viver de maneira correta, positiva, sem stress e com determinação, seguindo regras básicas de felicidade é muito melhor. Nem sempre acontece, mas com vigilância e alguns itens a serem levados em conta isso se torna possível.

E já que esse amigo é alguém de sucesso anote aí alguns itens significativos. Veja o que diz David Niven, autor do livro ‘100 Segredos das Pessoas de Sucesso’: “Confiança é como um vírus útil que se espalha por todo o seu corpo. Se você o tem, irá contagiar tudo o que faz de forma positiva”.   

É exatamente isso o que se nota nas pessoas bem-sucedidas e de sucesso. A confiança em si e nos seus atos são suficientes para que trilhem o caminho do sucesso, porque ‘sucesso’ nada mais é do que confiança e a certeza de que seus planos vão dar certo. Resultado? Vida feliz.

Isso não significa que vai se viver sem problemas, mas quando eles surgem é possível enfrenta-los com serenidade e sabedoria. Aliás a felicidade é a capacidade de se viver a vida com leveza sabendo driblar os obstáculos quando eles surgem e amenizar as situações adversas ao longo do caminho buscando solução.
Deve-se levar em conta que a capacidade em solucionar as questões nem sempre fáceis de se lidar é um treinamento para se viver bem e feliz. E a confiança em si e nos seus atos é uma ferramenta de muita importância para se chegar a um resultado positivo.

Quantas vezes os obstáculos são apenas alguns passos superados rumo ao sucesso, porque depois da tempestade vem a calmaria. E a autoestima tem papel preponderante no nosso bem viver. Como diz Nathaniel Branden no livro ‘Auto-estima’: “Quanto maior a nossa autoestima, mais ambiciosos tenderemos a ser, não necessariamente na carreira ou em assuntos financeiros, mas em termos das experiências que esperamos vivenciar de maneira emocional, criativa ou espiritual”.

Sucesso, confiança, bem-estar, alegria se unem para dar continuidade ao modo de viver das pessoas positivas e bem-sucedidas, porque o modo de pensar é positivo e a maneira de agir segura.

E destaca Nathaniel Branden: “Quanto maior a nossa autoestima, mais bem equipados estaremos para lidar com as adversidades da vida; quanto mais flexíveis formos, mais resistiremos à pressão de sucumbir ao desespero ou à derrota”.

A maneira como se encara os acontecimentos da vida é a grande responsável pelo resultado que pode ser positivo ou negativo. Se errou, você pode mudar ou corrigir; se acertou, deve continuar e seguir em frente.

E pra finalizar vale a pena levar em conta o que diz Nathaniel: “A importância da auto-estima saudável está no fato de que ela é o fundamento da nossa capacidade de reagir ativa e positivamente às oportunidades da vida – no trabalho, no amor e no lazer. A auto-estima saudável é também o fundamento da serenidade que torna possível desfrutar a vida”. Tenham ótimos dias...

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Eleição sem Bolsonaro? Bolsonarismo sem Bolsonaro? O peso do ex-presidente em 2026

07/04/2025 07h15

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Ao aceitar a denúncia contra Jair Bolsonaro, o STF sedimentou o entendimento de que a eleição presidencial de 2026 ocorrerá sem a presença do ex-presidente na lista de candidatos. A inelegibilidade já era uma realidade, em função da decisão emanada pelo TSE, entretanto, a trilha aberta na semana passada consolida este caminho e afasta praticamente de forma definitiva a candidatura do capitão.

Bolsonaro, entretanto, possui um ativo valioso na arena política: votos. Algo que se tornou importante não somente pela habilidade de eleger representantes, mas pela capacidade de produzir em profusão um milionário fundo partidário e eleitoral, aquilo que faz a máquina e as campanhas funcionarem. No modelo adotado pelo Brasil pós-Lava Jato, que proibiu as doações empresariais, a quantidade de deputados se tornou a conta mais importante de qualquer partido, pois seu resultado é aquilo que indica qual a fatia do bolo ficará com cada agremiação.

Neste jogo, o bolsonarismo tornou-se uma moeda valiosa. Em um primeiro momento, elegeu hordas de deputados na esteira de seu líder, em 2018, com inúmeros nomes desconhecidos que passaram a orbitar o cenário político. Em 2022, o fenômeno se repetiu. Aqueles que romperam com Bolsonaro foram punidos pelo eleitor, já aqueles que optaram pela fidelidade canina foram agraciados com votações robustas. Bolsonaro, que havia sido responsável direto pela eleição de 52 deputados pelo PSL em 2018, ajudou a eleger 99 no PL em 2022.

A força do bolsonarismo se tornou um ativo tão potente em termos eleitorais que muitos deputados tradicionais, já conhecidos do eleitor, abraçaram o ex-presidente como forma de garantir seus mandatos. Alguns migraram para seu partido, enquanto outras siglas encontraram na aliança com o bolsonarismo uma forma de crescer e criar maior envergadura política. Republicanos, Progressistas e até setores do União Brasil embarcaram neste caminho.

Tudo isso tem relação com as eleições de 2026. Com Bolsonaro inelegível, o desenho deste cenário se tornou algo delicado, que precisa ser estudado com atenção, sob pena de perda de fatias importantes de fundo partidário e eleitoral no próximo ciclo. Mais do que isso, ainda é possível contar com a variável da eventual prisão de Bolsonaro, passível de acontecer, em razão do julgamento que ocorrerá no STF.

Bolsonaro diz que segue candidato e que manterá seu nome na disputa até o fim, ou melhor, até o julgamento de sua candidatura pelo TSE, que, em condições normais de temperatura e pressão, seguramente será impugnada, assim como ocorreu com Lula em 2018. Neste cenário, resta saber quem será seu companheiro de chapa, aquele que vai herdar a candidatura e poderá levar seu movimento adiante. Este será aquele nome responsável por impulsionar as candidaturas proporcionais e, eventualmente, vencer a disputa pelo Planalto. Muitos consideram que, nesse cenário, o bolsonarismo pode inclusive se fortalecer ainda mais. A conferir.

Fato é que tudo indica uma eleição sem Bolsonaro na lista de candidatos presidenciais, porém, isto está longe de ser uma eleição sem Bolsonaro. Seu nome, dentro ou fora da disputa, vai balizar cada etapa do pleito de 2026.

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Aumento de policiamento e redução das desigualdades, políticas que se complementam

05/04/2025 07h45

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Recentemente, foi noticiado por vários jornais que o atual governo tem acenado para a questão da violência de forma diferente do que se costuma ver em posições políticas orientadas mais à esquerda. Normalmente, nessas vertentes, a violência urbana tende a ser vinculada à questão da desigualdade social, o que, em situações discursivas extremas ou emocionadas, atribui às pessoas que cometem delitos a pecha de vítimas da desigualdade social.

Por outro lado, o discurso político acerca da violência, em posições políticas orientadas mais para a direita, atribui sua causa à impunidade, que, para eles, é própria do sistema judicial brasileiro, acrescida da falta de policiamento ou de um corpo policial mal equipado.

Durante anos, e ainda hoje, o debate político sobre a segurança pública tende a exaltar uma das visões e, como se fosse algo automático, excluir a outra. Apesar do tom eleitoreiro das declarações do atual presidente da República, se fôssemos analisar esse fato com certo otimismo (um erro que cometemos muitas vezes), poderíamos dizer que, finalmente, alguém pode ter enxergado o óbvio: as políticas “opostas” acerca da segurança pública são, na verdade, complementares.

Tem razão a direita ao afirmar que o policiamento fraco e a pouca ostensividade ampliam a atuação criminosa em toda a sociedade, abrindo caminho para o crescimento do já bastante hegemônico crime organizado. Somente com policiamento constante, policiais bem remunerados e bem treinados, especialmente na correta aplicação dos procedimentos de abordagem policial, teríamos alguma chance de mitigar o crime organizado já existente. Daí se percebe, ainda que com certa cautela, o reconhecimento das guardas municipais como agentes de segurança.

No entanto, a esquerda também tem razão ao afirmar que não há contingente policial capaz de conter a criminalidade e seu crescimento em países com alta desigualdade social. Em países capitalistas, como o Brasil, o poder de consumo é a grande meta de seus cidadãos. Contudo, em uma sociedade desigual, uma parcela significativa da população não tem condições – e, em muitos casos, nunca terá – de alcançar um padrão razoável de consumo. Quanto maior for o número de pessoas que desejam consumir, mas não têm recursos para isso, mais “ovelhas negras” optarão pela via rápida para conseguir, ou seja, o crime.

É de se notar, no entanto, que as duas políticas propostas atuam em momentos distintos da criminalidade. A “direita” se preocupa com a criminalidade já existente e constituída, o que exige, naturalmente, uma atuação mais ostensiva e imediata. Nesses casos, a atuação policial não é apenas positiva, mas fundamental para o combate ao crime.

A “esquerda”, por sua vez, busca políticas que evitem o “embrião” do crime, desenvolvido em ambientes periféricos e profundamente desiguais, como bem explorado pela sociologia e criminologia que estudam o tema. A questão que se impõe é: por que não desenvolver uma política de segurança pública que combata ambos os momentos? Por que uma precisa ser aplicada em detrimento da outra?

Como dito, não há contradição nos discursos sobre segurança pública de ambos os lados e, se fossem adotados de maneira concomitante, o quadro da segurança pública nacional certamente seria outro. Nosso otimismo nos leva a crer que, talvez, haja uma esperança.

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