Conta a lenda que, certa vez, ao falecer um político e chegando ao outro lado, foi perguntado pelo atendente em que local preferia ficar, pois ele tinha um tratamento diferenciado. Privilegiado, ele poderia escolher entre o céu e o inferno.
Tranquilo e satisfeito pelo atendimento especial e “vip”, o político foi levado até os dois locais para que ele os conhecesse antes de escolher. Primeiramente foram ao inferno, o atendente abriu as portas para que ele visse o local e como viviam as pessoas: “O ambiente era de festa, muita alegria, cerveja, confraternização, muito dinheiro, pessoas felizes, amigas, música, fartura de comida, tudo muito harmonioso”. Em seguida, ele foi levado ao céu; ao abrir as portas: “Ambiente de sofrimento, pessoas tristes, chorando, se lamuriando, trabalhando pesado, sem dinheiro, doentes, ambiente sombrio, muita dor e sofrimento”. O político ficou surpreso! O atendente dirigiu-se então ao político e disse: “O senhor volta amanhã já com a definição de onde quer ficar”.
Feliz por ter a oportunidade de escolha, o político retornou no dia seguinte todo animado e, ao ser perguntado se queria ir para o céu ou o inferno, tranquilo e bem-humorado, respondeu rapidinho: “Quero ir pro inferno!”. Dirigiram-se então ao local e, quando o atendente abriu a porta, o político empalideceu... Não acreditou no que via. O ambiente era outro: “Pessoas se lamuriando, chorando, tristes, doentes, muito sofrimento, trabalho forçado, suor, calor”. Surpreso e chocado com o que viu, o político ficou confuso, não entendeu direito, virou-se para o atendente e perguntou com ar de espanto: “Mas o que aconteceu?”. Ontem, eu vi outra situação, não era esse sofrimento. E o atendente respondeu: “Ontem, foi promessa, como nas campanhas políticas; hoje, é a realidade!”. UGH!
Pois é! Assim caminha a humanidade, ninguém mais sabe o que é verdade e o que é promessa, mas, diante de tantas ofertas, é mister fazer valer a própria escolha na hora do voto. Por enquanto, não tem ninguém indo para o céu ou para o inferno!
A vida tem lá os seus tropeços, dificuldades, e é necessário lutar, trabalhar, vencer e superar obstáculos, mas tudo dentro da normalidade. Quando a situação foge ao controle, o resultado é anormalidade e dificuldade de prosseguir o caminho traçado, mas, como tudo na vida é passageiro, faça agora a sua parte para que a mudança traga bons frutos para todos. Vote consciente e bem pensado, não abra qualquer porta para não se decepcionar com o que vem depois.
Já é hora de dar um basta na omissão e no descaso. As pessoas necessitam de atenção, segurança, saúde, educação, trânsito organizado, e por falar em trânsito, Campo Grande não tem perfil para ter congestionamentos, e eles ocorrem com frequência em determinados horários e por conta da falta de sincronização dos faróis. Resumo? “Não precisaria passar por isso, mas é interessante mostrar que a cidade tem trânsito, muitos carros, afinal, quem trafega por ela que fique sentado à toa... Outra solução seria o farol piscando após meia-noite, isso viabilizaria e tranquilizaria o motorista para que pudesse passar e não ficar parado por tanto tempo!
Existem tantas possibilidades, mas pouca solução! São tantas falhas, mas poucas respostas.
Muitas promessas, pouco resultado... O povo trabalha, pega ônibus para retornar ao lar depois de um dia de trabalho e precisa de conforto, segurança e infraestrutura, como tratamento de esgoto, luz, asfalto, linhas de ônibus, escolas, postos de saúde, entre outras necessidades básicas.
Na verdade, não somos nós que vamos fazer isso, mas somos nós que vamos escolher quem vai fazer isso. E esse poder de decisão ninguém tira de você, portanto, faça valer seu direito, a hora é agora. No momento de fazer a máquina “tocar sua musiquinha” com o número que você digitou, lembre-se: “Céu ou inferno?”.
Campo Grande – Cidade Morena, nosso coração pulsa forte por você!