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OPINIÃO

Sônia Puxian: "Realizadores de sonho estão sempre buscando mais "

Jornalista

Redação

29/08/2015 - 00h00
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O ser humano tem que vigiar três pilares que regem sua vida: o que ele pensa, o que come e o que fala. Se comer direito vai ter saúde; se pensar grande vai se desenvolver e evoluir em todos os setores: econômico, social e emocional; e se falar coisas boas vai colher bons frutos. Aquele que se ama não permite abuso, seja de qualquer natureza e está atento a tudo o que se refere à sua pessoa, seja no trabalho, entre amigos e família, mas quando o assunto é sonhar, as coisas mudam de figura. Muitos estão à busca de mudança, mas isso requer conhecimento e coragem.

A importância de buscar cada vez mais novos caminhos e novas conquistas é a mola propulsora do desenvolvimento do ser humano. Acomodar-se é algo que gera inércia e breca o crescimento. Anote aí o que diz César Souza no livro – ‘Você é do Tamanho dos Seus Sonhos’: “Eternos insatisfeitos, realizadores de sonhos estão sempre buscando mais, como se fosse um vício. Vibram com as conquistas, mas não se acomodam. Têm um apetite insaciável por informações novas e por diferentes perspectivas”. As pessoas que apostam no novo estão sempre em busca de oportunidades. “Olham para as pessoas e situações procurando aperfeiçoar seus conhecimentos. Tiram  lições dos erros e acertos. Os tombos não os intimidam e o sucesso não os acomoda. Não conhecem o que se convencionou chamar de‘zona de conforto’”, diz o autor César Souza.

Muitas vezes conhecemos pessoas que atingiram o topo e o sucesso passou a ser o dono do seu destino. Mas o sucesso necessita de alimento assim como qualquer outra conquista. Subir ou atingir o topo significa ter que se manter em primeiro lugar. Acontece que alguns se esquecem disso e delegam essa missão ao destino, mas o destino não regula essa questão que pouco a pouco vai perdendo força e leva aos degraus da descida. Chegar em primeiro lugar é bom, manter a posição é que são elas...

Outro fator preponderante que também regula o nível do seu sucesso e a certeza de que vai crescer ainda mais é a consciência tranqüila. O que vai à sua mente é o alimento que nutre o seu corpo.  “Mens sana in corpore sano”, ou seja, mente sã, corpo saudável. A melhor maneira de manter a mente e o corpo saudável é gerar boas atitudes e desenvolver projetos de crescimento que vão trazer bem estar e consciência tranqüila. O sucesso tem que vir acompanhado de coisas boas, geradas pelo bem. 

Agora se você quer acertar mesmo, anote aí o que diz Tchaikowski: 
“Faz apenas o que amas e serás feliz”. Essa é uma boa receita para deixar a alma tranqüila e o corpo sadio. Já pensou na possibilidade de fazer apenas o que você gosta? Claro que nem sempre é possível, mas se houver a possibilidade de a balança pender mais pra esse lado, o saldo vai ser positivo. Tente ao menos avaliar melhor suas funções para contrabalançar o que deve ou não ser feito e seguir o seu instinto de crescimento quando ele te soprar no ouvido que esse negócio é bom. Então é só arregaçar as mangas e partir para a realização. 

Outro detalhe importante é zelar pela saúde do corpo e da mente. Como? Alimentação saudável, exercícios e caminhada, leitura edificante, bons amigos e muito contato com a família. Esses quesitos vão fortalecer ainda mais o seu sentimento aguçado de sucesso e lhe proporcionar o ambiente correto para colocá-lo em prática. 

Essas palavras aqui descritas parecem simples e sem poder, mas têm um poder grande de fazer você pensar e raciocinar a respeito desse tema tão importante, que traz conseqüências tão agradáveis. Quem não quer apostar e ganhar? Tentar e vencer? Está em suas mãos! O resultado vai aparecer... Tenha ótimos dias e muito sucesso! Ah, e alegrias também, sempre...

ARTIGOS

Eleição sem Bolsonaro? Bolsonarismo sem Bolsonaro? O peso do ex-presidente em 2026

07/04/2025 07h15

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Ao aceitar a denúncia contra Jair Bolsonaro, o STF sedimentou o entendimento de que a eleição presidencial de 2026 ocorrerá sem a presença do ex-presidente na lista de candidatos. A inelegibilidade já era uma realidade, em função da decisão emanada pelo TSE, entretanto, a trilha aberta na semana passada consolida este caminho e afasta praticamente de forma definitiva a candidatura do capitão.

Bolsonaro, entretanto, possui um ativo valioso na arena política: votos. Algo que se tornou importante não somente pela habilidade de eleger representantes, mas pela capacidade de produzir em profusão um milionário fundo partidário e eleitoral, aquilo que faz a máquina e as campanhas funcionarem. No modelo adotado pelo Brasil pós-Lava Jato, que proibiu as doações empresariais, a quantidade de deputados se tornou a conta mais importante de qualquer partido, pois seu resultado é aquilo que indica qual a fatia do bolo ficará com cada agremiação.

Neste jogo, o bolsonarismo tornou-se uma moeda valiosa. Em um primeiro momento, elegeu hordas de deputados na esteira de seu líder, em 2018, com inúmeros nomes desconhecidos que passaram a orbitar o cenário político. Em 2022, o fenômeno se repetiu. Aqueles que romperam com Bolsonaro foram punidos pelo eleitor, já aqueles que optaram pela fidelidade canina foram agraciados com votações robustas. Bolsonaro, que havia sido responsável direto pela eleição de 52 deputados pelo PSL em 2018, ajudou a eleger 99 no PL em 2022.

A força do bolsonarismo se tornou um ativo tão potente em termos eleitorais que muitos deputados tradicionais, já conhecidos do eleitor, abraçaram o ex-presidente como forma de garantir seus mandatos. Alguns migraram para seu partido, enquanto outras siglas encontraram na aliança com o bolsonarismo uma forma de crescer e criar maior envergadura política. Republicanos, Progressistas e até setores do União Brasil embarcaram neste caminho.

Tudo isso tem relação com as eleições de 2026. Com Bolsonaro inelegível, o desenho deste cenário se tornou algo delicado, que precisa ser estudado com atenção, sob pena de perda de fatias importantes de fundo partidário e eleitoral no próximo ciclo. Mais do que isso, ainda é possível contar com a variável da eventual prisão de Bolsonaro, passível de acontecer, em razão do julgamento que ocorrerá no STF.

Bolsonaro diz que segue candidato e que manterá seu nome na disputa até o fim, ou melhor, até o julgamento de sua candidatura pelo TSE, que, em condições normais de temperatura e pressão, seguramente será impugnada, assim como ocorreu com Lula em 2018. Neste cenário, resta saber quem será seu companheiro de chapa, aquele que vai herdar a candidatura e poderá levar seu movimento adiante. Este será aquele nome responsável por impulsionar as candidaturas proporcionais e, eventualmente, vencer a disputa pelo Planalto. Muitos consideram que, nesse cenário, o bolsonarismo pode inclusive se fortalecer ainda mais. A conferir.

Fato é que tudo indica uma eleição sem Bolsonaro na lista de candidatos presidenciais, porém, isto está longe de ser uma eleição sem Bolsonaro. Seu nome, dentro ou fora da disputa, vai balizar cada etapa do pleito de 2026.

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ARTIGOS

Aumento de policiamento e redução das desigualdades, políticas que se complementam

05/04/2025 07h45

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Recentemente, foi noticiado por vários jornais que o atual governo tem acenado para a questão da violência de forma diferente do que se costuma ver em posições políticas orientadas mais à esquerda. Normalmente, nessas vertentes, a violência urbana tende a ser vinculada à questão da desigualdade social, o que, em situações discursivas extremas ou emocionadas, atribui às pessoas que cometem delitos a pecha de vítimas da desigualdade social.

Por outro lado, o discurso político acerca da violência, em posições políticas orientadas mais para a direita, atribui sua causa à impunidade, que, para eles, é própria do sistema judicial brasileiro, acrescida da falta de policiamento ou de um corpo policial mal equipado.

Durante anos, e ainda hoje, o debate político sobre a segurança pública tende a exaltar uma das visões e, como se fosse algo automático, excluir a outra. Apesar do tom eleitoreiro das declarações do atual presidente da República, se fôssemos analisar esse fato com certo otimismo (um erro que cometemos muitas vezes), poderíamos dizer que, finalmente, alguém pode ter enxergado o óbvio: as políticas “opostas” acerca da segurança pública são, na verdade, complementares.

Tem razão a direita ao afirmar que o policiamento fraco e a pouca ostensividade ampliam a atuação criminosa em toda a sociedade, abrindo caminho para o crescimento do já bastante hegemônico crime organizado. Somente com policiamento constante, policiais bem remunerados e bem treinados, especialmente na correta aplicação dos procedimentos de abordagem policial, teríamos alguma chance de mitigar o crime organizado já existente. Daí se percebe, ainda que com certa cautela, o reconhecimento das guardas municipais como agentes de segurança.

No entanto, a esquerda também tem razão ao afirmar que não há contingente policial capaz de conter a criminalidade e seu crescimento em países com alta desigualdade social. Em países capitalistas, como o Brasil, o poder de consumo é a grande meta de seus cidadãos. Contudo, em uma sociedade desigual, uma parcela significativa da população não tem condições – e, em muitos casos, nunca terá – de alcançar um padrão razoável de consumo. Quanto maior for o número de pessoas que desejam consumir, mas não têm recursos para isso, mais “ovelhas negras” optarão pela via rápida para conseguir, ou seja, o crime.

É de se notar, no entanto, que as duas políticas propostas atuam em momentos distintos da criminalidade. A “direita” se preocupa com a criminalidade já existente e constituída, o que exige, naturalmente, uma atuação mais ostensiva e imediata. Nesses casos, a atuação policial não é apenas positiva, mas fundamental para o combate ao crime.

A “esquerda”, por sua vez, busca políticas que evitem o “embrião” do crime, desenvolvido em ambientes periféricos e profundamente desiguais, como bem explorado pela sociologia e criminologia que estudam o tema. A questão que se impõe é: por que não desenvolver uma política de segurança pública que combata ambos os momentos? Por que uma precisa ser aplicada em detrimento da outra?

Como dito, não há contradição nos discursos sobre segurança pública de ambos os lados e, se fossem adotados de maneira concomitante, o quadro da segurança pública nacional certamente seria outro. Nosso otimismo nos leva a crer que, talvez, haja uma esperança.

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