Brasil

rotas de desenvolvimento

Fundo para financiar integração regional terá US$ 10 bilhões no total

Recuros para bancar a via de acesso à ponte sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho, fazem parte deste fundo

Continue lendo...

A ministra do Planejamento e Orçamento (MPO), Simone Tebet, e o presidente do BNDES, Aloisio Mercadante, apresentaram nesta quinta-feira, 7, o PAC Integração - projeto de integração regional da América do Sul, que terá cinco rotas e financiamento de US$ 10 bilhões. Do total, US$ 3 bilhões virão do BNDES; US$ 3 bilhões, do CAF; US$ 3,4 bilhões, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e US$ 600 milhões do Fonplata, informou Mercadante.

O projeto e o pacote de financiamento foram anunciados durante a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e de Estados Associados, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, com a presença do presidente Lula e outras autoridades regionais.

O presidente do BID, Ilan Goldfajn, destacou que os países estão empenhados em fortalecer o processo de integração regional. "Vamos ajudar com financiamento e também com estruturação de projetos. Agora há estratégia coordenada", disse, frisando que a instituição vai participar com cerca de R$ 17 bilhões para os projetos nas cinco rotas de integração.

Simone Tebet informou ainda que amanhã começam as tratativas com países sócios dos bancos de fomento envolvidos. Do lado brasileiro, já há recursos assegurados, disse a ministra. "Chegamos a 124 obras relacionadas às rotas, que já estão no PAC, portanto com orçamento para serem iniciadas ou continuadas "

As rotas de integração são "sonhos de década" e que 11 estados brasileiros serão beneficiados, disse Tebet, frisando que uma das rotas já existe parcialmente na região Sul. "Outras duas rotas (Sul e Capricórnio) acreditamos que podemos entregar até 2026. A integração regional tem data para começar, mas não tem prazo para terminar."

Mercadante afirmou que o projeto prevê estradas, ferrovias, hidrovias, pontes. Disse ainda que o BNDES vai financiar projetos da fronteira brasileira para dentro. "Outros bancos vão financiar da fronteira para fora." Além disso, informou que os valores aportados pelo banco de fomento brasileiro se aplicarão a financiamentos nos próximos três anos.

A Rota 1 liga o Amapá, Roraima, Pará e Amazonas à Guiana e à Venezuela. A Rota 2 abrange Pará, Amazonas, Colômbia e Equador. A Rota 3 liga Mato Grosso a Peru, Bolívia e Chile. A Rota 4 inclui Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, chegando a Argentina, Chile e Paraguai. A rota 5 envolve o Rio Grande do Sul, o Uruguai, o Paraguai, a Argentina e Chile. As rotas 2, 3, 4 e 5 alcançam o Oceano Pacífico. A 5 chega também ao Atlântico.

Tebet disse também que a rota do Oceano Pacífico ao Atlântico, passando pelo Paraguai, já está em andamento. "Estamos prontos para assinar a ordem de serviço do contorno da ponte entre Brasil e Paraguai, de R$ 400 milhões. Só falta a assinatura do presidente." A licitação prevê investimento de R$ 472 milhões na via de acesso à ponte sobre  Rio Paraguai em Porto Murtinho.

A ministra disse que o presidente Lula bateu martelo sobre rotas de integração regional: "São as que interessam ao Brasil".

"Não tenho dúvida que das maiores riquezas que podemos ter na América do Sul é a convivência pacífica", disse a ministra, destacando que os países da região concordam em trabalhar pelo incremento do comércio entre as nações e em buscar soluções para desafios como o combate à fome, à miséria e à discriminação.

Mercadante, por sua vez, destacou que o presidente Lula havia manifestado o desejo de criar, ainda em sua gestão, o maior fundo financeiro de integração da América do Sul.

comando vermelho

PF prende desembargador por suposto elo com o deputado TH Joias

O presidente da Assembleia do Rio de Janeiro, Rodrigo Bacellar, que na chegou a ser preso no começo do mês, voltou a ser alvo da operação

16/12/2025 07h28

O desembargador Macário Judice Neto foi relator do caso que levou TH Joias à prisão e é suspeito de vazar informações

O desembargador Macário Judice Neto foi relator do caso que levou TH Joias à prisão e é suspeito de vazar informações

Continue Lendo...

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira, 16, o desembargador Macário Judice Neto, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que abrange o Rio de Janeiro, por suspeitas de irregularidades envolvendo a condução do processo do ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos, conhecido como TH Joias.

A defesa do desembargador ainda não foi localizada para comentar. O espaço está aberto para manifestação.

A operação Unha e Carne 2 foi deflagrada por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) e é um desdobramento da ação que havia prendido o presidente de Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Rodrigo Bacellar, por suspeitas de vazamento do caso. Ele é alvo de busca e apreensão.

O desembargador Macário atuou na Operação Zargun, deflagrada em setembro para investigar uma organização criminosa de tráfico internacional de drogas e armas e que resultou na prisão do então deputado TH Joias por vínculos com a organização criminosa.

A operação da PF desta terça-feira, 16, também apura novas suspeitas de vazamento nessa investigação, dessa vez envolvendo o próprio desembargador. De acordo com comunicado da PF, essa nova fase foi deflagrada “para investigar a atuação de agentes públicos no vazamento de informações sigilosas que culminou com a obstrução da investigação realizada no âmbito da Operação Zargun”.

Além da prisão do desembargador, também estão sendo cumpridos dez mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.

orçamento secreto

Hugo Motta sai em defesa de ex-assessora de Lira que foi alvo da PF

Presidente da Câmara emitiu nota para defender ex-assessira de Lira que foi alvo de operação da Polícia Federal

13/12/2025 07h38

A nota Hogo Motta contesta a pertinência da operação que foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal

A nota Hogo Motta contesta a pertinência da operação que foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal

Continue Lendo...

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), divulgou nota na noite desta sexta-feira, 12, defendendo a legalidade das emendas parlamentares e elogiando a servidora da casa que foi alvo de operação da Polícia Federal (PF).

Mariângela Fialek é ex-assessora do ex-presidente da Câmara Arthur Lira. Ela é investigada pela PF por suspeitas de irregularidades no pagamento de emendas parlamentares por meio do chamado orçamento secreto, esquema revelado em 2021 pelo Estadão.

"A servidora Mariângela Fialek é uma técnica competente, responsável e comprometida com a boa gestão da coisa pública. A experiência da servidora é reconhecida por todos os órgãos do Poder Legislativo e do Poder Executivo que elaboram e executam o orçamento federal. Inclusive, a atuação da servidora Mariângela Fialek foi fundamental no aprimoramento dos sistemas de rastreabilidade da proposição, indicação e execução de emendas parlamentares", diz a nota de Motta.

O presidente da Câmara diz que a Casa legislativa respeita as decisões do STF, mas sustenta que o Parlamento vem adotando medidas para melhorar a transparência da execução das emendas de deputados e senadores ao Orçamento.

A operação da PF realizada nesta sexta-feira foi autorizada pelo ministro do Supremo Flávio Dino. Ele é relator de ações que acusam o Legislativo de manter modelo sem transparência e de difícil fiscalização para repassar recursos públicos a redutos eleitorais dos congressistas.

"A Câmara dos Deputados não compactua com ilicitudes na execução de emendas parlamentares. Em virtude disso, juntamente com o Poder Executivo, Senado Federal, Tribunal de Contas da União e Supremo Tribunal Federal, vem aprimorando os sistemas de transparência e rastreabilidade da proposição, indicação e execução de emendas parlamentares", diz a nota de Motta.

"A Câmara dos Deputados respeita o Supremo Tribunal Federal e todas as decisões por ele proferidas. Destaca, no entanto, que uma leitura atenta e correta da decisão proferida pelo ilustre ministro Flávio Dino revela que ali não se aponta nenhum ato de desvio de verbas públicas. Nenhum", acrescenta a nota.

Motta sustenta que não se deve confundir a mera indicação de um parlamentar por meio de emenda orçamentária com a forma como o dinheiro é gasto nos estados e municípios para onde os recursos são destinados.

"A correta execução dos recursos públicos e transferências governamentais, não apenas emendas parlamentares, mas também provenientes do Poder Executivo, pelos seus destinatários finais, deve ser estritamente acompanhada pelos órgãos de controle", defendeu.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).