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PROTEÍNA ANIMAL

JBS entra no segmento de ovos com compra de 50% da Mantiqueira Alimentos

Empresa está avaliada em R$ 1,9 bilhão e chegada da JBS ao setor deve ser fundamental para aumentar as exportações do setor

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A JBS anunciou nesta segunda-feira (27) o ingresso no segmento de ovos com um investimento para ter 50% das ações com direito a voto da Mantiqueira Alimentos, em negócio que avalia toda a empresa em R$ 1,9 bilhão.

Com o investimento, a JBS terá o controle compartilhado da Mantiqueira com o sócio fundador, Leandro Pinto.

A Mantiqueira Alimentos possui mais de 3.000 funcionários, capacidade estática de 17,5 milhões de aves em postura e recria, 4 bilhões de ovos produzidos por ano e foco em produção de ovos de galinhas livres desde 2020, de acordo com a JBS.

Com instalações produtivas em seis estados, a empresa também exporta para América do Sul, Ásia, África e Oriente Médio.

A operação precisa do aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e a definição quanto ao total investido pela JBS no negócio ainda depende do fechamento da operação.

Segundo as empresas, a operação estabelece que o valor do investimento será definido pelas regras comuns a este tipo de negócio, tendo por base o valor total da Mantiqueira.

A JBS destacou ainda que, nos últimos anos, a Mantiqueira investiu no fortalecimento de suas marcas, como Happy Eggs e a Fazenda da Toca.

"Este acordo representará para a JBS o ingresso no setor de ovos e reforça sua plataforma global diversificada por geografias e por proteínas", disse a empresa, em fato relevante.

À reportagem o diretor financeiro da Mantiqueira Brasil, Fábio Leite, confirmou que a Mantiqueira irá se transformar em S.A (sociedade anônima) e que o acordo já está definido e aprovado por ambas as partes, apenas devendo aguardar a aprovação dos órgãos competentes.

Depois disso, será definido o valor final da transação, o que deve ocorrer em até 90 dias.

"A Mantiqueira Agropecuária que ficará sob o controle integral da família Cunha, já operava separadamente. Porém, algumas áreas prestavam serviços para os negócios de grãos e pecuária. Até lá a prestação de serviço segue normalmente respeitando a amizade, carinho e respeito existente entre a família Cunha e família Pinto", diz Leite.

A empresa negou a existência de outras propostas anteriores de compra de participação feitas pela JBS.

Segundo a JBS, além de representar para a JBS o ingresso no setor de ovos, o acordo reforça sua plataforma global diversificada.

Atualmente, a companhia já atua em bovinos, frangos, suínos, aquacultura (salmão) e proteínas alternativas (plant-based e cultivada).

De acordo com Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS, o investimento é parte da estratégia de longo prazo da companhia, que prevê a diversificação de seu portfólio, com a entrada novos segmentos de proteína e o investimento em negócios de marca com valor agregado.

A Mantiqueira Brasil classificou o acordo como "um passo decisivo" em sua expansão para os mercados internos e externos e para construir "a maior plataforma de produção e comercialização de ovos do mundo".

Em nota, o fundador e presidente do conselho da Mantiqueira Brasil, Leandro Pinto, disse que a sociedade é um movimento natural e estratégico.

"Teremos mais acesso às oportunidades dos mercados, além de obtermos conhecimento necessário para nos tornarmos um competidor relevante fora do país."

"Nossa atuação será decisiva para reafirmar o potencial do país como fornecedor global e não poderia ser diferente", diz Márcio Utsch, presidente da Mantiqueira Brasil.

Segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), em 2024, a produção de ovos no país foi de 57,6 bilhões de unidades -alta de 9,8% em relação a 2023. Enquanto isso, a produção de carne suína e de frango tiveram aumentos de 3,8% e 1,1%, respectivamente.

Para 2025, o setor projeta produzir até 59 bilhões de unidades de ovos, o que representaria um aumento de 2,4% ante o ano anterior.

As exportações brasileiras (entre in natura e processados) totalizaram 18.469 toneladas em 2024, número 27,3% menor em relação ao ano anterior, com 25.404 toneladas.

Já as receitas das exportações de 2024 totalizaram US$ 39,2 milhões (R$ 232,3 milhões), número 37,9% menor em relação ao mesmo período do ano anterior, com US$ 63,2 milhões (R$ 374,6 milhões), também de acordo com a associação.

(Informações da Folhapress)

democracia

Bolsonaro sabia e concordou com plano de matar Lula, Alckmin e Moraes

De acordo com Paulo Gonet, o plano "Punhal Verde Amarelo" foi arquitetado e levado ao conhecimento de Bolsonaro

19/02/2025 07h38

Braga Neto e Jair Bolsonaro foram denunciados por tentativa de golpe de estado pelo MPF nesta terça-feira

Braga Neto e Jair Bolsonaro foram denunciados por tentativa de golpe de estado pelo MPF nesta terça-feira

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A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), apresentada na noite dessa terça-feira (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF), evidencia que o ex-presidente Jair Bolsonaro estava ciente e concordou com o planejamento e a execução de ações para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. 

De acordo com procurador-geral da República, Paulo Gonet, o plano intitulado “Punhal Verde Amarelo” foi arquitetado e levado ao conhecimento do então presidente da República, “que a ele anuiu, ao tempo em que era divulgado relatório em que o Ministério da Defesa se via na contingência de reconhecer a inexistência de detecção de fraude nas eleições”.

“O plano se desdobrava em minuciosas atividades, requintadas nas suas virtualidades perniciosas. Tinha no Supremo Tribunal Federal o alvo a ser “neutralizado”. Cogitava o uso de armas bélicas contra o ministro Alexandre de Moraes e a morte por envenenamento de Luiz Inácio Lula da Silva”, destaca Gonet.

Além do ex-presidente, a denúncia da PGR inclui mais 33 pessoas pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. As acusações envolvem militares, entre eles Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. 

A denúncia da PGR ressalta ainda que outros planos foram encontrados em posse dos denunciados. Um deles se encerrava com a frase: “Lula não sobe a rampa”.

A prova de que o plano não ficou apenas na fase de planejamento seria a execução inicial da Operação Copa 2022.

“Foram levadas a cabo ações de monitoramento dos alvos de neutralização, o ministro Alexandre de Moraes e o presidente eleito Lula da Silva. O plano contemplava a morte dos envolvidos, admitindo-se meios como explosivos, instrumentos bélicos ou envenenamento”, menciona o procurador-geral da República.

De acordo com a denúncia ao STF, no dia 15 de dezembro de 2022, os operadores do plano, com todos os preparativos completos, somente não ultimaram o combinado por não haverem conseguido, na última hora, cooptar o Comando do Exército.

O dia 9 de novembro de 2022 marcaria o início da fase mais violenta do plano de golpe de Estado. Foi quando o plano “Punhal Verde Amarelo" foi impresso dentro do Palácio do Planalto pelo e-assessor da Presidência da República e general do Exército Mário Fernandes, preso durante as investigações.

O documento foi levado por ele no mesmo dia ao Palácio da Alvorada. As investigações da Polícia Federal mostram registro de entrada de Fernandes no Alvorada à 17h48 do dia 9 de novembro. 

“A ciência do plano pelo presidente da República e sua anuência a ele são evidenciadas por diálogos posteriores, comprobatórios de que Jair Bolsonaro acompanhou a evolução do esquema e a possível data de sua execução integral”, ressalta Gonet.

Um áudio de WhatsApp obtido por policiais federais mostra que Mário Fernandes relata a Mauro Cid que havia estado pessoalmente com Jair Bolsonaro e debatido o momento ideal de serem ultimadas as ações tramadas, conforme a seguinte descrição: “Durante a conversa que tive com o presidente, ele citou que o dia 12, pela diplomação do vagabundo, não seria uma restrição, que isso pode, que qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo. Mas (...), ai na hora, eu disse, pô presidente, mas o quanto antes, a gente já perdeu tantas oportunidades.”

O procurador-geral da República ainda destaca em sua denúncia que o documento apresentado a Bolsonaro indicava a existência de ações de monitoramento já em curso, o que igualmente reforça a ciência prévia da alta cúpula da organização criminosa sobre a ideia que passou a ser operacionalizada segundo o plano “Punhal Verde Amarelo”.

(Informações da Agência Brasil)

democracia

Valdemar, argentino, padre e 4 coronéis ficam fora de denúncia da PGR

A lista de indiciados pela PF no final de 2024 incluiu 40 pessoas no total. Agora, a denúncia da PGR teve 34

19/02/2025 07h18

Valdemar Costa Neto não aparece na lista daqueles que foram denunciados nesta terça-feira pelo MPF

Valdemar Costa Neto não aparece na lista daqueles que foram denunciados nesta terça-feira pelo MPF

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O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, é um dos nomes que constava entre os indiciados pela Polícia Federal, mas que não foram denunciados pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, nesta terça-feira (18).

Além dele, o influenciador argentino Fernando Cerimedo, que ficou conhecido por fazer lives contra as urnas em 2022 não foi alvo da PGR, mas foi indiciado pela PF.

O mesmo se deu com quatro coronéis, sendo dois deles da reserva. Três deles eram apontados como suspeitos de articular carta que pressionava a cúpula das Forças Armadas a dar um golpe contra Lula.

Outro nome que ficou de fora da denúncia foi Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro, que chegou a ser apontado como o líder do chamado "gabinete do ódio" e o padre José Eduardo de Oliveira e Silva, que tinha sido citado na investigação como integrante do núcleo jurídico do esquema golpista.

A lista de indiciados pela PF no final de 2024 incluiu 40 pessoas no total. Agora, a denúncia da PGR teve 34

-Gonet deixou de fora 10 pessoas da lista de suspeitos apresentada em novembro/dezembro, mas incluiu um coronel que não estava nessas listas e três outros nomes que já haviam sido indiciados anteriormente, como Silvinei Vasques, ex-chefe da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e outros dois policiais federais.
Veja nomes indiciados pela PF e que não foram denunciados.

**Valdemar Costa Neto**
Presidente nacional do PL, Valdemar chegou a ser preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo no âmbito da apuração da tentativa de golpe. Desde então, não pode manter contato com Bolsonaro. A investigação coloca o presidente do PL no que chama de "Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral".

Segundo a PF, coube a Valdemar "financiar, divulgar perante a imprensa e endossar a ação judicial que corroborava a atuação da rede de 'especialistas' que subsidiaram 'estudos técnicos' que comprovariam supostas fraudes nas eleições presidenciais de 2022".

**Alexandre Castilho Bitencourt da Silva**
Coronel do Exército, foi apontado pela PF como suspeito de articular carta que pressionava a cúpula das Forças Armadas a dar um golpe contra Lula.

**Anderson Lima de Moura**
Coronel do Exército, foi apontado pela PF como suspeito de articular carta que pressionava a cúpula das Forças Armadas a dar um golpe contra Lula.

**Carlos Giovani Delevati Pasini**
Coronel da reserva do Exército, foi apontado pela PF como suspeito de articular carta que pressionava a cúpula das Forças Armadas a dar um golpe contra Lula.

**Laercio Vergilio**
Coronel da reserva, segundo a PF, atuou para incitar o golpe. Em depoimento, disse que a prisão de Alexandre de Moraes seria necessária para a "volta da normalidade institucional".

**Aparecido Andrade Portella** 
Tenente da reserva, foi indiciado pela PF em dezembro, ele apareceu no relatório final da PF sobre a trama golpista como um dos interlocutores dos manifestantes que pediam golpe de Estado junto ao governo Bolsonaro. Ele é suplente da senadora Tereza Cristina (PL-MS), que foi ministra da Agricultura na gestão do ex-presidente.

**Fernando Cerimedo**
Influenciador argentino que passou a fazer a fazer lives e publicações logo após a vitória de Lula no segundo turno das eleições que tiveram grande alcance. Ele alegava que as eleições brasileiras teriam sido fraudadas.

**José Eduardo de Oliveira e Silva**
O padre foi citado pela PF como integrante do núcleo jurídico do esquema golpista. Segundo a investigação, ele tem vínculo com pessoas e empresas envolvidas na produção de notícias falsas.

**Tércio Arnaud Tomaz**
Ex-assessor de Bolsonaro, Tércio chegou a ser apontado como o líder do chamado "gabinete do ódio", responsável por espalhar fake news e outras informações a favor do governo Bolsonaro. Em operação realizada em fevereiro, a PF apreendeu o telefone celular de Tércio na casa de Bolsonaro em Angra dos Reis (RJ).

**Amauri Feres Saad**
O advogado teria participado das discussões sobre a minuta golpista, segundo a PF. Ele foi apontado por Mauro Cid como uma das pessoas que apresentou um documento pedido por Bolsonaro com uma série de considerandos -um compilado de momentos em que, na visão do ex-presidente, a Justiça teria interferido ilegalmente em seu governo.

(Infornações da Folhapress)

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