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USP deixa o topo das universidades da América Latina

Agora, primeiro lugar passou a ser ocupado pela Universidade Católica do Chile. USP caiu para segunda colocada

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A Universidade de São Paulo (USP) não é mais a melhor da América Latina, segundo a Quacquarelli Symonds (QS), especialista global em educação superior. A instituição paulista caiu para o segundo lugar no ranking da consultoria divulgado nesta quarta-feira, 1º.

A Pontifícia Universidade Católica do Chile, em Santiago, lidera o levantamento, que contempla 437 instituições de ensino superior na América Latina e no Caribe. A QS considera como critério a empregabilidade dos alunos, o número de professores por estudante e a reputação acadêmica, entre outros indicadores

A USP destacou que o ranking divulgado nesta quarta se baseia em dados de 2023. "Ou seja, ainda não reflete o desempenho real da universidade em alguns indicadores", destaca a coordenadora do Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico da instituição, Fátima Nunes.

Ela cita o critério que mede a proporção de alunos por professor, que não contabiliza, diz, as contratações recentes realizadas pela Universidade. "Mesmo assim, a USP mais uma vez é a instituição brasileira com a melhor colocação, o que reafirma a liderança", conclui.

Além da USP, a Unicamp (3º), a UFRJ (5º) e a Unesp (6º) aparecem no top 10 da América Latina. As universidades de Campinas e do Rio de Janeiro continuam na mesma posição do ano passado. Já a Unesp subiu duas posições no ranking.

"Já esperávamos ficar entre as cinco melhores. Obviamente que gostaríamos de estar em primeiro. Mas terceiro é bastante honroso", comenta o pró-reitor de Desenvolvimento Universitário da Unicamp, Fernando Sarti. Segundo ele, o indicador que mais pesa para a instituição é o número de alunos.

"A Unicamp tem aproximadamente 35 mil alunos. Isso pode parecer muito, mas ao se comparar com algumas universidades latino-americanas, como USP ou Universidade Nacional do México, as condições são diferentes", explica. Ele ressalta que o ranking é importante para que a instituição tome decisões e pense em estratégias para se desenvolver.

A UFRJ comemorou a posição no ranking, destacando ser a instituição do governo federal que melhor se classificou na análise. "Estamos muito felizes com o resultado porque enfrentamos muitas dificuldades orçamentárias e muitos problemas infraestruturais. Mas ainda assim, graças ao empenho, dedicação e competência do nosso corpo de estudantes, servidores e docentes, mantivemos a nota e a mesma posição da do ano passado. Isso demonstra que se tivermos mais recursos, certamente subiremos nesse ranking", apontou o reitor Roberto Medronho.

"Isso demonstra que se tivermos mais recursos, certamente subiremos nesse ranking", avaliou.

A Unesp também celebrou o resultado. "Desde 2022, a universidade vem subindo posições impulsionada pela boa reputação do seu corpo docente, pelo forte engajamento dos seus discentes e pela influência de seus egressos no mercado de trabalho", afirmou.

A instituição ainda destacou que reforçou o quadro fixo de docentes, com 653 novas contratações nos últimos três anos e meio. Para a instituição, os rankings também se reformularam, passando a considerar mais critérios de políticas de inclusão.

"Por anos, os resultados, que se concentravam principalmente em ensino e pesquisa, vêm aos poucos valorizando mais a integralidade da vida universitária, com espaços para extensão, diversidade, cultura e inovação", aponta.

O Brasil predomina no ranking, com 26 universidades nacionais entre as 100 melhores da região. O Chile, com 16, e o México, com 14, vêm em seguida.

Vice-presidente sênior da QS, Ben Sowter, avalia que o desempenho "excepcional" do Brasil está associado à produtividade e ao impacto de suas pesquisas acadêmicas. Ele também destaca os esforços de combate às desigualdades. "Nos últimos anos, o sistema de ensino superior do País fez avanços importantes em inclusão, acesso e reforma de políticas, enquanto enfrentava desafios persistentes em taxas de conclusão e qualidade", afirmou.

Entre as 26 instituições brasileiras no top 100, seis subiram de posição, 13 caíram e sete permaneceram na mesma colocação. Segundo o levantamento, o Brasil lidera indicadores de pesquisas acadêmicas. Mas não apresenta o mesmo resultado no critério reputação entre empregadores, no qual só a USP figura entre as 10 melhores.

A Pontifícia Universidade Católica do Chile (1º) e a Universidad de Chile (6º) aparecem entre as mais renomadas da América Latina tanto entre acadêmicos como empregadores internacionais. A pontifícia é citada como a instituição mais respeitada entre empregadores internacionais e ocupa o terceiro lugar entre acadêmicos.
 

orçamento secreto

Hugo Motta sai em defesa de ex-assessora de Lira que foi alvo da PF

Presidente da Câmara emitiu nota para defender ex-assessira de Lira que foi alvo de operação da Polícia Federal

13/12/2025 07h38

A nota Hogo Motta contesta a pertinência da operação que foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal

A nota Hogo Motta contesta a pertinência da operação que foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal

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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), divulgou nota na noite desta sexta-feira, 12, defendendo a legalidade das emendas parlamentares e elogiando a servidora da casa que foi alvo de operação da Polícia Federal (PF).

Mariângela Fialek é ex-assessora do ex-presidente da Câmara Arthur Lira. Ela é investigada pela PF por suspeitas de irregularidades no pagamento de emendas parlamentares por meio do chamado orçamento secreto, esquema revelado em 2021 pelo Estadão.

"A servidora Mariângela Fialek é uma técnica competente, responsável e comprometida com a boa gestão da coisa pública. A experiência da servidora é reconhecida por todos os órgãos do Poder Legislativo e do Poder Executivo que elaboram e executam o orçamento federal. Inclusive, a atuação da servidora Mariângela Fialek foi fundamental no aprimoramento dos sistemas de rastreabilidade da proposição, indicação e execução de emendas parlamentares", diz a nota de Motta.

O presidente da Câmara diz que a Casa legislativa respeita as decisões do STF, mas sustenta que o Parlamento vem adotando medidas para melhorar a transparência da execução das emendas de deputados e senadores ao Orçamento.

A operação da PF realizada nesta sexta-feira foi autorizada pelo ministro do Supremo Flávio Dino. Ele é relator de ações que acusam o Legislativo de manter modelo sem transparência e de difícil fiscalização para repassar recursos públicos a redutos eleitorais dos congressistas.

"A Câmara dos Deputados não compactua com ilicitudes na execução de emendas parlamentares. Em virtude disso, juntamente com o Poder Executivo, Senado Federal, Tribunal de Contas da União e Supremo Tribunal Federal, vem aprimorando os sistemas de transparência e rastreabilidade da proposição, indicação e execução de emendas parlamentares", diz a nota de Motta.

"A Câmara dos Deputados respeita o Supremo Tribunal Federal e todas as decisões por ele proferidas. Destaca, no entanto, que uma leitura atenta e correta da decisão proferida pelo ilustre ministro Flávio Dino revela que ali não se aponta nenhum ato de desvio de verbas públicas. Nenhum", acrescenta a nota.

Motta sustenta que não se deve confundir a mera indicação de um parlamentar por meio de emenda orçamentária com a forma como o dinheiro é gasto nos estados e municípios para onde os recursos são destinados.

"A correta execução dos recursos públicos e transferências governamentais, não apenas emendas parlamentares, mas também provenientes do Poder Executivo, pelos seus destinatários finais, deve ser estritamente acompanhada pelos órgãos de controle", defendeu.
 

comando vermelho

Assembleia do Rio de Janeiro liberta deputado preso pela PF

Dos 65 deputuados presentes, 42 votaram favoráveis e 21 foram contrários à soltura do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar

09/12/2025 06h59

Rodrigo Bacellar foi preso acusado de vazar informações de operação que tinha como alvo um deputado ligado ao Comando Vermelho

Rodrigo Bacellar foi preso acusado de vazar informações de operação que tinha como alvo um deputado ligado ao Comando Vermelho

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Em sessão extraordinária, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu por 42 votos favoráveis a 21 contrários pela soltura do presidente afastado da Casa Rodrigo Bacellar (União Brasil). Houve duas abstenções, dos 65 deputados presentes.

O deputado estadual Rodrigo Bacellar foi preso preventivamente na manhã de quarta-feira (3), durante a Operação Unha e Carne, deflagrada pela Polícia Federal (PF), para investigar o vazamento de informações sigilosas sobre a Operação Zargun, que prendeu o deputado estadual TH Joias. TH Joias está preso, desde setembro, acusado de intermediar a compra e venda de armas para o Comando Vermelho.

A ação ocorreu enquanto Bacellar prestava depoimento na sede da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Bacellar é suspeito de envolvimento no repasse de informações que teriam antecipado detalhes da operação que mirava o deputado estadual TH Joias.

Segundo a PF, o vazamento comprometeu o andamento das investigações que resultaram na prisão de TH Joias. 

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