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A cada 10 ônibus, dois estão velhos em Campo Grande

Com 460 veículos do transporte coletivo, a empresa gestora do serviço na Capital tem uma frota com média de oito anos três anos acima do determinado

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No primeiro dia de oitivas, a nova fase da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o transporte coletivo de Campo Grande confirmou que o Consórcio Guaicurus tem em sua frota quase 100 ônibus acima do limite de idade máxima que é permitido em contrato com a prefeitura.

Segundo informou o diretor de Operações do Consórcio Guaicurus, Paulo Vitor Brito de Oliveira, 97 ônibus da concessionária têm mais de 10 anos de uso (21% da frota).

De acordo com o contrato, se todos os ônibus citados na oitiva forem convencionais, os mesmos não deveriam circular mais, uma vez que já ultrapassaram o limite prudencial de idade.

"Nós temos 97 carros acima de 10 anos. Pelo contrato, a idade média dos ônibus deve ser cinco anos e a máxima, 10 anos para o convencional e de 15 anos para o articulado", disse Oliveira.

Além dos veículos que ultrapassaram a idade máxima, a média atual já passou dos cinco anos. Conforme Oliveira, a média está em oito anos três anos acima do permitido pelo contrato.

Questionado pelos vereadores quais seriam os motivos de o Consórcio Guaicurus manter esses ônibus velhos na frota, indo em desacordo ao que estabelece o contrato de concessão do transporte público, Oliveira declarou que o grupo não compra ônibus novos por falta de condições econômicas e financeiras.

Em meio à CPI, no mês passado, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da sua Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), determinou a retirada de circulação de 98 ônibus do Consórcio Guaicurus por estarem no limite da idade máxima prevista em contrato, com a exigência de que, em 30 dias, os veículos fossem substituídos, além de multa de 5% sobre a receita diária.

Oliveira afirmou que as empresas podem recorrer dessa decisão, pois a substituição de veículos precisa ser feita a partir da compra de veículos com as especificações constatadas em edital, sendo impossível realizar a substituição dos ônibus no tempo instituído na decisão.

No decorrer das 11 oitivas já realizadas, a Agereg chegou a informar, por meio do atual diretor-presidente da agência, José Mário Antunes da Silva, que 65% da frota de ônibus da Capital estava acima do tempo máximo de uso, tendo mais de oito anos de circulação.

Os dados apresentados no mês passado indicaram que 71 ônibus estão abaixo dos dois anos de uso, outros 50 de quatro a seis anos, 20 com sete anos e 11 com oito anos de uso.

A grande maioria dos ônibus (300) operaria acima do limite prudencial de uso, tendo, em média de 8 a 10 anos de uso, podendo ter dentro desse quantitativo veículos que ultrapassem uma década de circulação.

Porém, a Agereg corrigiu essa informação, indicando que não seriam 300 ônibus acima do limite, e sim 197 veículos.

Perguntado sobre esse quantitativo de 197 ônibus irregulares, Oliveira informou que os dados informados pela Agereg podem ter sido feitos com base nos cinco anos de idade média da frota, resultando em números diferentes ao divulgado por ele.

EQUILÍBRIO FINANCEIRO

Durante seu depoimento, Oliveira alegou que o grande motivo de o Consórcio Guaicurus apresentar dificuldades financeiras na operação se dá por conta do desequilíbrio financeiro ocasionado pela falta de revisão do contrato com a prefeitura, que deveria ter ocorrido no sétimo ano de vigência.

"A causa hoje do desequilíbrio financeiro é a falta do estudo do sétimo ano, [além de] todos os marcos contratuais que não foram cumpridos pelo Poder Executivo, que são a construção dos terminais e dos corredores de ônibus", frisou.

Apesar de concordar com o vereador Dr. Lívio de que a permanência dos ônibus velhos na frota inflou o custo de manutenção dos veículos, resultando em um aumento de custos financeiros, Oliveira elencou que o maior gasto do consórcio seria com a compra de óleo diesel, e não com o conserto de veículos.

"Sem dúvida nenhuma, nós temos um impacto na manutenção, mas nunca tivemos um diesel com um preço tão acima da gasolina como está agora, e isso deveria ser levado em conta no calculo tarifário", argumentou.

Defendendo a realização da revisão contratual como meio de reequilibrar o contrato de concessão, feito em 2012, Oliveira listou algumas mudanças que aconteceram no sistema de mobilidade urbana que, na visão do Consórcio Guaicurus, deveriam ser levados em conta em uma possível revisão.

"Estamos em um cenário mais pessimista que o previsto no contrato. Por isso, tenho a certeza do prejuízo, porque quando não se faz a revisão do contrato no sétimo ano, não entra na métrica tudo o que ocorreu de mudanças nesses últimos sete anos nem tudo se realizou na estimativa esperada, como [as construções dos] terminais e o aumento de velocidade previsto. Fora isso, nós tivemos a vinda dos aplicativos que não existiam na época, uma série de trâmites que influenciaram no prejuízo", analisou o diretor de Operações do Consórcio Guaicurus.

Saiba

Até o momento, foram feitas 602 denúncias à CPI sobre o transporte coletivo da Capital, sendo 521 mensagens recebidas via WhatsApp, 32 formulários preenchidos, 46 e-mails enviados, duas ligações telefônicas e uma denúncia presencial.

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ETAPA

Passe da UFMS é realizado hoje com 18 mil inscritos

As provas serão aplicadas na manhã deste domingo (14), das 8h às 13h, em 11 cidades do Estado

14/12/2025 08h00

Mais uma etapa do Passe da UFMS será realiza neste domingo (14)

Mais uma etapa do Passe da UFMS será realiza neste domingo (14) Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Programa de Avaliação Seriada Seletiva (Passe) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul será realizado na manhã deste domingo (14), com mais de 18 mil inscritos em todo o Estado interessados em ingressar no Ensino Superior.

Com característica específica voltada para alunos que estão no Ensino Médio (EM), o "Passe UFMS" é um modelo de prova que avalia o estudante desde o seu primeiro ano da última etapa da escola.

De forma cumulativa, o aluno deve se inscrever e realizar a prova durante o triênio que encerrará sua fase escolar. Então, no último ano do ensino médio, durante a inscrição da avaliação, é possível escolher o curso que deseja ingressar.

Com a soma dos pontos ao longo das três etapas, a classificação para entrar na Universidade Federal do Estado é baseada na média adquirida. A pontuação de cada uma das tapas tem pesos diferentes na somatória para formar a média geral, sendo a 3ª com maior peso.

  • Neste ano, alunos que completaram o 1º ano do ensino médio irão realizar a primeira etapa do triênio 2025-2027.
     
  • Alunos que no ano de 2025 terminaram o 2º ano do ensino médio irão realizar a segunda etapa do triênio 2024-2026.
     
  • Por fim, os que encerraram o ensino médio e saíram do 3º ano, irão realizar a terceira e última etapa do triênio 2023-2025, para no ano que vem ingressar na universidade.

As provas acontecem das 08h às 13h, no horário de Mato Grosso do Sul nas cidades de Aquidauana, Chapadão do Sul, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.

Com 60 questões contemplando as quatro áreas de conhecimento, a pontuação máxima total é de 120 pontos. Cada pergunta equivale a 2 pontos, o que totaliza 30 pontos em cada área, sendo elas:

  • 15 de Ciências da Natureza e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Ciências Humanas e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Matemática e suas Tecnologias - 30 pontos;

Cada fase aborda conteúdos que seguem a proposta curricular do respectivo ano. Além disso, as três etapas incluem uma redação dissertativo-argumentativa que soma a pontuação de cada fase e à média final ao terceiro ano.

Cronograma

  • Divulgação do gabarito preliminar da prova objetiva – 16 de dezembro de 2025;
  • Período de recurso administrativo do gabarito preliminar – 17 e 18 de dezembro de 2025;
  • Divulgação do gabarito definitivo da prova objetiva e dos recursos administrativos do gabarito – 29 de dezembro de 2025;
  • Resultado preliminar da prova objetiva – 08 de janeiro de 2026;
  • Período de recurso administrativo do resultado preliminar da prova objetiva – 08 e 09 de janeiro de 2026;
  • Divulgação do resultado final – 11 de março de 2026.

*Colaborou Noysle Carvalho

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Itaquiraí

Mãe e filha morrem em acidente triplo na BR-487

Colisão ocorreu em trecho conhecido como estrada boiadeira, próximo ao município de Itaquiraí

13/12/2025 16h30

Foto: Portal Conesul

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Gabrieli de Freitas Vieira e sua filha Julia Pereira de Freitas, de apenas 3 anos morreram na manhã deste sábado após um acidente triplo na manhã deste sábado (13), na BR-487, próximo a região do Assentamento Santo Antônio, situado em Itaquiraí, distante 405 quilômetros de Campo Grande.

Conforme a imprensa local, ambas estavam em um Jeep Compass com uma familiar de 40 anos, e seguiam de Maringá (PR) com destino a Dourados, cidade em que possuíam comércio. A família seguia na rodovia sentido BR-163 quando tentou uma ultrapassagem forçada e atingiu a traseira de um veículo Polo, que seguia na mesma direção.

Com o impacto da colisão, testemunhas afirmam que o veículo teria capotado e batido na traseira de uma carreta que seguia na pista contrária, impacto suficiente para arremessar o carro da família para fora da pista, ao lado de uma borracharia. 

De acordo com a imprensa local, o acidente aconteceu por volta das 9h30. Gabrieli e a filha morreram no local. Socorrida, a outra pessoa da família foi levada ao hospital de Itaquiraí, consciente e orientada, apesar de cortes na cabeça.

Os demais motoristas envolvidos não sofreram ferimentos graves e testaram negativo para consumo de álcool.. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e da Perícia estiveram no local. As causas do acidente serão investigadas na Delegacia de Itaquiraí.

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