Cidades

CG 119 ANOS - SEGREDO

A vida no Coophasul contada por quem entende do assunto: seus moradores

Residências não mudaram e continuam como há 20 anos em rua do bairro

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O Bairro Coophasul foi criado no dia 3 de dezembro de 1976, uma sexta-feira. Em 2010, sua população chegava a cerca de 30 mil pessoas, divididas em 10 mil residências, uma média de três pessoas por casa, segundo dados da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb). Dentro da área, a Rua Hugo Borges Soares corta o bairro por inteiro. Em unanimidade, os moradores da via confirmam que as casas continuam como há 20 anos. “Mudou pouca coisa, algumas casas foram ampliadas, agora têm varandas, mas continuam do jeito que eram antigamente”, conta o aposentado Edson Alves de Araújo, de 67 anos. Quem mora na rua há mais de 20 anos são os pais dele. Edson nunca chegou a morar no bairro, mas sempre foi presente por ser a moradia de seus progenitores, por isso, conhece bem a região.

Já Antônio Pereira Cabral, de 78 anos, está na região desde que veio de São Paulo para Campo Grande, em 1984. Há 30 anos, ele mora na Rua Hugo Borges Soares e viu o bairro crescer. “Agora tem mais pessoas, mais movimento, mais comércio também. Antigamente não tinha muita coisa aqui, não; agora está bem melhor que antes, as coisas sempre vão mudando”. Mora na casa com a esposa, dois filhos e dois netos, ele diz que não há lugar melhor na Capital. “Eu gosto de morar aqui. Para mim, é o melhor bairro de Campo Grande, por isso sempre morei por essa região”. Ele concorda que as casas que compõem a rua são praticamente as mesmas que há uns anos. “Elas não mudaram nada, foram sempre assim; com os portões de grade, casinhas baixas..”.

A corumbaense Elza Balejo Carvalho, de 73 anos, veio há 10 anos para Campo Grande com a família para ficar com o filho e escolheu o bairro pensando na segurança deles e, também, na da família que o filho vai ter no futuro. “Aqui tem tudo que a gente queria; tinha uma outra casa também, muito bonita e barata, mas que não tinham muitos moradores na região e, como aqui já tinham algumas pessoas morando, é mais seguro”, disse ela, que, após todos esses anos, vai voltar para Corumbá. Em breve, o filho vai se casar e morar com a esposa na residência. Para Elza, as casas da vila têm o mesmo padrão de antigamente e poucas delas foram reformadas. “As casas são financiadas. Enquanto não terminar de pagar, a gente não pode mexer”, revela ela. Tratando-se do bairro, não há reclamações para a corumbaense. “Aqui tem tudo direitinho. Passa lixeiro no dia certo; os garis são muito simpáticos. Tem o caminhão da reciclagem também. O que eu acho que falta é um carro que leve uns entulhos. Lá em Corumbá, a gente tem, mas, aqui, os garis não levam”, disse ela.

Para a aposentada Iracema de Souza, de 74 anos, o bairro cresceu comercialmente com o passar dos anos. “Desde que eu vim para cá, muita coisa aumentou. Tinha uma mercearia grande para lá, que agora é um mercado. Tem bastante farmácia também”, conta ela. Apesar de crescer, o bairro continua com a mesma aparência. “São do jeitinho que elas eram antes. Só mudaram as pinturas. Está tudo do mesmo jeito”, diz ela, que pintou a casa quatro vezes desde que veio da zona rural de São Gabriel do Oeste para Campo Grande, em 1998. A residência era propriedade da sogra que, após falecer, deixou de herança para o marido de Iracema. Ela diz que, quando veio para cá, o local já era bem povoado. “Pelo que eu me lembro, não tinha nenhuma casa vazia; tudo tinha gente morando nelas. Aqui é um bairro muito bom, viu? Graças a Deus.”, relembra ela.

 

Cidades

Projeto de lei quer converter multas de trânsito em doação de sangue e medula

Infrator que optar pela doação não pagará multa, mas outras sanções podem ser mantidas, como pontos na CNH

19/12/2025 18h00

Multas leves de trânsito poderão ser convertidas em doação voluntária de sangue ou medula

Multas leves de trânsito poderão ser convertidas em doação voluntária de sangue ou medula Foto: Arquivo

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Um projeto de lei protocolado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) propõe converter multas aplicadas no trânsito, relativas a infrações de natureza leve, em doação voluntária de sangue ou medula óssea. Como a Casa está em recesso, a matéria tramitará no ano que vem.

Conforme a proposta, de autoria do deputado estadual Junior Mochi, a conversão do pagamento das multas em doação de sangue ou medula teria caráter alternativo e facultativo, não constituindo direito subjetivo do infrator, e deverá ser expressamente requerida pelo interessado, nos termos de posterior regulamentação.

Ainda conforme o projeto, a conversão da multa em doação somente será admitida quando:

  • a infração for de natureza leve, nos termos do Código de Trânsito Brasileiro;
  • não houver reincidência da mesma infração no período de 12 meses;
  • a multa não decorrer de infração que tenha colocado em risco a segurança viária, a vida ou a integridade física de terceiros;
  • a doação seja realizada em hemocentros públicos ou privados conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), ou em instituições oficialmente reconhecidas;
  • haja aptidão médica do doador, conforme critérios técnicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Cada doação de sangue corresponderá a conversão de uma multa de trânsito, assim como a inscrição no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Caso o doador seja compatível com alguma pessoa precisando de transplante e faça a doação efetiva da medula óssea, poderá ser convertida até duas multas de trânsito.

A comprovação da doação ou da inscrição no Redome será realizada mediante apresentação de documento oficial emitido pela instituição responsável, observado o prazo e os procedimentos definidos em regulamento

O projeto veda a compensação parcial da multa, bem como a conversão de penalidades acessórias, como suspensão ou cassação do direito de dirigir.

A conversão será apenas relacionada ao pagamento da multa, mas não exime o infrator das demais obrigações legais decorrentes da infração de trânsito, inclusive quanto ao registro de pontos na Carteira
Nacional de Habilitação (CNH), quando aplicável.

O Poder Executivo poderá celebrar convênios e parcerias com municípios, hemocentros e instituições de saúde, com vistas à operacionalização da lei, caso seja aprovada e sancionada.

Objetivos

Na justificativa do projeto, o deputado afirma que o objetivo é conciliar o caráter educativo das sanções
administrativas de trânsito com políticas públicas de incentivo à doação voluntária de sangue e de medula óssea, "práticas essenciais à manutenção da vida e à efetividade do Sistema Único de Saúde".

"A proposta não elimina a penalidade, mas a ressignifica, convertendo-a em uma ação de relevante interesse social, capaz de estimular a solidariedade, a cidadania e a responsabilidade coletiva. Trata-se de medida alinhada aos princípios da dignidade da pessoa humana, da função social das sanções administrativas e da eficiência das políticas públicas, diz a justificativa.

Em caso de aprovação e sanção, a adesão pelos municípios será facultativa, preservando o pacto federativo.

"Ressalte-se que a iniciativa respeita a autonomia municipal e o Código de Trânsito Brasileiro, limitando-se às infrações leves e excluindo aquelas que representem risco à segurança viária. A adesão pelos Municípios é facultativa, preservando-se o pacto federativo", conclui o texto.

Campo Grande

Investigada por desvio recebeu R$ 1,7 milhão para iluminar "Cidade do Natal"

Construtora JCL venceu licitação há dois meses e será responsável pela decoração natalina da Capital

19/12/2025 17h50

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Investigada em operação que apura suspeitas de fraudes em licitações e contratos de iluminação pública em Campo Grande, a Construtora JCL Ltda. venceu há dois meses a disputa para iluminar a decoração natalina da Capital neste ano, orçamento de R$ 1,7 milhão.

Conforme o Portal da Transparência, a empresa será responsável por fornecer, instalar e desinstalar a decoração natalina na Capital, contrato firmado no dia 17 de novembro e que expira no dia 15 de fevereiro. 

Conforme o edital, a iluminação abarca trechos da Rua 14 de Julho, Avenida Afonso Pena local de apresentações culturais, gastronomia e lazer. Para a decoração natalina está prevista a instalação de mangueiras luminosas de led branco quente (âmbar), verde e azuis pelas avenidas Afonso Pena, Duque de Caxias e Mato Grosso.

Na 14 de Julho, a decoração possui flâmulas natalinas, bolas metálicas iluminadas, árvores naturais de porte médio, árvores em formato de cone, anjo iluminado e pórticos metálicos.

As luzes foram acesas no dia 1º de dezembro deste ano, com desligamento previsto para o dia 15 de janeiro de 2026, datas que, conforme contrato, podem ser adiadas ou antecipadas.

De acordo com a prefeitura, a iluminação decorativa natalina tem como objetivo "trazer o espírito natalino para as ruas, praças e avenidas da Capital, aliando beleza, lazer e sentimento de pertencimento urbano".

Iluminação natalina

A Praça Ary Coelho também foi decorada com os portais de entrada até o coreto, além de iluminação nas árvores naturais.

Complementam a decoração em outras vias estrelas dos mais variados tamanhos, árvores de arabesco, cometas, botas, bicicletas, pirâmides e pórticos, entre outros.

Além dessas, receberão decoração as rotatórias da Ceará com Joaquim Murtinho; Duque de Caxias com a Entrada da Nova Campo Grande; da João Arinos com Pedrossian; Três Barras com Marques de Lavradio; Consul Assaf Trad com Zulmira Borba; Gury Marques na rotatória da Coca-Cola; Filinto Muller no Lago do Amor; dentre outras. A iluminação compreende ainda o Paço Municipal.

 

Contradição

A assinatura do contrato entre a prefeitura e a construtora contraria uma lei sancionada pelo próprio Executivo em agosto deste ano, que detinha o objetivo reduzir gastos e otimizar recursos públicos.

A Lei 7.464/25, sancionada em 4 de agosto, previa que a iluminação e ornamentação natalina em espaços públicos fosse patrocionada por empresas privadas, sem custos para a Prefeitura.

Conforme a lei, as empresas interessadas em iluminar a "Cidade do Natal" em troca, poderiam divulgar suas marcas nos locais iluminados. O programa "Natal de Luz", inserido na lei, tem vigência anual, entre 1º de novembro e 10 de janeiro. 

*Colaborou João Pedro Flores

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