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Acidente com embarcação em Corumbá vitimou quatro pessoas da mesma família

Bombeiros localizaram seis corpos até a manhã deste sábado; turistas eram de Rio Verde (GO)

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O naufrágio do barco-hotel Carcará vitimou os moradores de Rio Verde (GO), sendo eles Geraldo Alves de Souza, o irmão dele Olímpio Alves de Souza; Thiago Souza Gomes, neto de Geraldo Alves; e o pai do adolescente, Fernando Gomes de Oliveira. 

Ele também é genro de Geraldo Alves. A outra vítima é Fernando Rodrigues Leão, amigo do grupo. Todos estavam como turistas em Corumbá e participavam de pescaria na embarcação. 

As outras duas vítimas são moradores de Corumbá e trabalhavam na tripulação: o comandante Vitor Celestino Francelino e o piloteiro Mauro Rodrigues Canabarro.

O acidente aconteceu por volta das 14h desta sexta-feira (15). O barco voltava para Corumbá e estava a cerca de 5 km do Porto Geral, na região do Tagiloma.

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Ventos fortes conseguiram virar o barco de repente. No total, 21 pessoas estavam na embarcação, entre 12 turistas e 9 tripulantes. 

Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) houve rajadas de vento que alcançaram 145 km/h no horário que ocorreu a tragédia.

O Corpo de Bombeiros e a Marinha do Brasil iniciaram a operação de resgate ainda na tarde de sexta-feira. 

A primeira vítima sem vida encontrada foi Geraldo Alves de Souza. Ele já foi vereador em Rio Verde, município de 247 mil habitantes em Goiás e distante 1030 km de Corumbá. 

Atualmente ocupava o cargo de presidente do sindicato rural no município. Outros cinco corpos foram localizados na manhã de sábado (16). 

As vítimas estavam dentro da embarcação e nas margens do rio Paraguai.

A equipe de socorro, que é formada por Bombeiros e militares da Marinha do Brasil, divulgaram que entre os corpos encontrados estão Geraldo Alves e Fernando Gomes. 

As demais vítimas não foram identificadas oficialmente. Apesar disso, em Rio Verde, a Prefeitura decretou luto de três dias pela morte dos cinco moradores do município. 

A Câmara Municipal também emitiu nota lamentando o acidente e deu como certo o falecimento dos cinco turistas em Corumbá. 

“A Prefeitura de Rio Verde se solidariza com os familiares e amigos e decreta Luto Oficial por três dias em virtude do falecimento de Geraldo Alves de Sousa, Olímpio Alves de Sousa, Fernando Rodrigues Leão, Fernando Gomes de Oliveira e Thiago Souza Gomes”, publicou o decreto, assinado pelo prefeito Paulo Faria do Vale.

As buscas pela sétima vítima do naufrágio prossegue no rio Paraguai e caso não haja a localização, ela deve ser suspensa com o começo da noite e vai ser retomada por volta das 5h de domingo (17).

O barco Carcará pertence a um consórcio de empresários de Rio Verde e os pacote de viagens eram vendido quase que exclusivamente para moradores daquele município. 

Em Corumbá há outras empresas do ramo com sede na cidade e têm atuação não só no Estado, mas também em outras localidades do país. 

As saídas de barcos que estavam programadas para a sexta e o sábado foram adiadas. Haverá partidas a partir deste domingo.

A Marinha do Brasil vai instaurar procedimento administrativo para averiguar as condições da embarcação e também averiguar os motivos do acidente. 

A Polícia Civil em Corumbá também vai instaurar inquérito para investigar o caso.

Pelo menos três carros com familiares dos turistas atingidos pelo naufrágio vieram para Corumbá ainda na sexta-feira e os parentes já chegaram na cidade para dar apoio tanto no translado dos corpos como levar os veículos que foram utilizados pelas vítimas para chegarem à Capital do Pantanal.

Em Porto Murtinho, mas também no rio Paraguai, um tornado causou acidente de proporções semelhantes em 2014.

Na época, 13 pessoas ficaram desaparecidas quando o Sueño del Pantanal virou e arremessou as 27 pessoas que estavam na embarcação na água. 

Os 10 turistas que desapareceram moravam em Londrina e Alvorada do Sul. Também desapareceram três tripulantes. Nesse acidente, houve rajadas de vento de 93 km/h.

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"Mais louco do Brasil" recebe ultimato para combater megaerosão

Justiça impôs multa diária de R$ 100 mil caso o prefeito de Ivinhema e a Agesul não tomarem providências para combater erosão

20/12/2025 19h30

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica Ivinotícias

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Apesar de uma gigantesca erosão estar ameaçando destruir uma rodovia estadual, a MS-141, que está sob a responsabilidade do Governo do Estado, o prefeito Juliano Ferro, que se autodenomina "o mais louco do Brasil, também recebeu um ultimato da Justiça para que tome providências para tentar acabar com o problema. 

Segundo denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça, a erosão ocorre porque falta drenagem no conjunto habitacional Salvador de Souza Lima e no Residencial Solar do Vale. A água destes dois bairros acabar descendo pela margem da MS-141, na saída de Ivinhema para Angélica, e provoca a erosão que se estende por cerca de 3,8 quilômetros.

E, por conta do risco de acidentes e por causa do grande volume de terra que foi arrastado para propriedades rurais vizinhas, a Justiça determinou multa diária de R$ 100 mil para a prefeitura, a Agesul (resposponsável pela manutenção da rodovia) e ao Governo do Estado caso não adotem medidas imediatas para conter a erosão. 

Mesmo com liminar anteriormente deferida, as fortes chuvas das últimas semanas agravaram o cenário e ao longo da última semana a promotoria realizar novas diligências no local e voltou à Justiça para exigir a imposição da multa, no que foi atendida..

Durante as vistorias, foram identificadas valas com cerca de 10 metros de largura e até dois metros de profundidade às margens da rodovia, além da exposição de tubulações de esgoto, que ficaram vulneráveis a rompimentos. 

De acordo com a promotoria, a situação representa risco concreto e iminente de acidentes de grandes proporções, inclusive com possibilidade de vítimas fatais, em um trecho por onde trafegam diariamente ônibus, veículos leves e caminhões pesados.

Diante dos novos fatos, o Promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa Arakaki peticionou nos autos destacando a piora do quadro e a ameaça à segurança viária, à saúde pública e ao meio ambiente.

Ao analisar os documentos e fotografias apresentados pelo MPMS, o juiz Rodrigo Barbosa Sanches acolheu os pedidos e determinou que os requeridos iniciem, em até cinco dias, ações emergenciais para conter o escoamento das águas pluviais, realizem a manutenção dos sistemas de drenagem e apresentem, em até 60 dias, relatório técnico com as providências adotadas e os resultados obtidos.

Além da atuação judicial, o MPMS também dialogou com proprietários rurais afetados pelos danos, esclarecendo que prejuízos patrimoniais individuais poderão ser objeto de reparação específica.

Por conta desta terra e de outras erosões, o Córrego Piravevê, que desemboca no Rio Ivinhema e separa os municípios de Angélica e Ivinhema, praticamente desapareceu. O leito foi completamente tomado pela terra e a promotoria também já recorreu à Justiça para tentar obrigar a prefeitura e o Governo do Estado a fazerem a recuperação.

O Correio do Estado procurou o prefeito Juliano Ferro em busca de informações para saber se alguma providência já foi adotada nos dois bairros que dão origem à erosão, mas ele não deu retorno. 

 

 

atraso nas chuvas

Nível do Rio Paraguai começa a subir e traz alento à mineração

Nos últimos 12 dias subiu 24 centímetros na régua de Ladário, mas ainda está longe de alcançar o nível ideal para o transporte de minérios

20/12/2025 18h30

Parte dos embarques de minérios é feita próximo da área urbana de Ladário, mas o volume maior ocorre em Porto Esperança

Parte dos embarques de minérios é feita próximo da área urbana de Ladário, mas o volume maior ocorre em Porto Esperança

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Depois de chegar a 3,31 metros na régua de Ladário no dia 16 de julho, o nível do Rio Paraguai estava baixando ininterruptamente até o dia 8 de dezembro, quando atingiu a mínima de apenas 24 centímetros. Depois disso, começou a subir, mas tardiamente. No ano passado ele começou a subir quase dois meses mais cedo.

E, apesar de até agora as chuvas terem sido escassas na região norte de Mato Grosso do Sul e no sul de Mato Grosso, o nível do rio está melhorando nos últimos 12 dias e neste sábado amanheceu  em 54 centímetros. O nível ainda está longe do necessário, mas já traz alívio para o setor de transporte de minérios, que está praticamente parado faz dois meses. 

Nos dez primeiros meses do ano foram escoados, segundo dados da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), 7,6 milhões de toneldas de minérios pela hidrovias, batendo todos os recordes de movimentação. Incluindo grãos e outros produtos, o volume transportado pelo Rio Paraguai chega a 8,2 milhões de toneladas em dez meses de 2025.

Em 2023, que até então era o melhor ano do setor, o volume de minérios havia chegado a 5,6 milhões de toneladas nos dez primeiros meses do ano. Naquele ano, porém, havia muito mais água no rio e o pico da cheia chegou a 4,24 metros. Depois que ultrapassa os quatro metros em Ladário o rio começa a transbordar e a alagar a planície pantaneira.

No ano passado, quando atingiu seu pior nível da história, com 69 centímetros abaixo de zero na régua de Ladário, as chuvas fortes chegaram mais cedo e o Rio Paraguai começou a subir já a partir do dia 17 de outubro. 

Por conta disso, no dia 20 de dezembro já estava em 94 centímetros, o que é 40 centímetros acima do nível em que amanheceu neste sábado (20). Estas chuvas logo no início da temporada, em setembro do ano passado, foram fundamentais para que o transporte de minérios fosse retomado logo no começo de 2025.

O cenário, porém, será diferente no começo de 2026. Sem as dragagens que estão previstas no projeto de concessão da hidrovia, o nível ideal para o transporte é acima de 1,5 metro. Porém, as barcaças ainda descem pela hidrovia, com volume menor, até que o rio tenha em torno de um metro na régua de Ladário. 

E, como até agora os rios subiram pouco na região sul de Mato Grosso, a pespectiva é de que o nível em Ladário só chegue a 1,5 metro depois de janeiro, atrapalhando o transporte de minérios no primeiro mês do ano. Em janeiro de 2025, por exemplo, foram despachadas 521 mil toneladas de produtos. No final do mês o rio já estava em 1,34 metro. 

O nível se manteve acima de um metro até o dia 20 de outubro deste ano. No dia primeiro daquele mês ainda estava em 1,79 metro, mas recuou rapidamente e no final do mês estava em apenas 66 centímetros. Mesmo assim, segundo a Antaq, ainda foram despachadas 678 mil toneladas de minérios, o que equivale ao volome de cerca de 14 mil carretas bi-trem somente em outubro. 

TRIBUTÁRIOS IMPORTANTES

Embora os rios Miranda e Aquidauana desemboquem no Rio Paraguai abaixo da régua de Ladário, a água destes dois tributários é fundamental para melhorar a navegabilidade. E, esta semana foi a primeira vez que ambos superaram a marca dos quatro metros, segundo dados do Imasul. 

Na sexta-feira (19), em Aquidauana, o rio com o mesmo nome da cidade alcançou 4,56 metros, o que ainda é 1,5 metro abaixo do nível de alerta. Somente quando supera os 7,3 metros é que entre em situação de emergência. Ou seja, já se passaram quase quatro meses do período de chuvas e o Aquidauana não encheu nenhuma vez. 

Situação parecida ocorreu com o Miranda. Após as chuvas do começo da última semana, ele chegou a 4,48 metros na régua instalada próximo à cidade de Miranda. Ele também só entra em situação de emergência depois que ultrapassa os 7 metros, o que não aconteceu nenhuma vez na atual temporada de chuvas. 

O Rio Coxim, por sua vez, chegou a entrar em nível de alerta ao longo da última semana, ultrapassando os quatro metros. Mas, depois de alcançar 4,16 metros começou a baixar. Somente depois que ultrapassa os cinco metros é que se considera que ele encheu. 

O Rio Piquiri, na divisa com Mato Grosso, que entra em situação de emergência somente depois que ultrapassa os 5,8 metros, estava em apenas 2,12 metros nesta sexta-feira, apesar das chuvas que atingiram a região ao longo da semana. 


 

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