Cidades

FISCALIZAÇÃO

Açougue de mercado é fechado devido situações de precariedade

Fiscalização do Procon/MS também apreendeu cigarros e bebidas por divergência nos preços e irregularidades; casos aconteceram no interior do Estado

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A Secretaria Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor (Procon/MS), por meio da Vigilância Sanitária, realizou ações durante essa semana ao redor do interior do Mato Grosso do Sul e fechou o açougue de um mercado, além de apreender cigarros e bebidas por irregularidades na comercialização desses produtos.

A fiscalização feita em um mercado, localizado em Angélica, cidade de aproximadamente 11 mil habitantes, constatou inúmeras anormalidades em seu estabelecimento. Primeiro, foi detectado alguns produtos sendo vendidos com prazo de validade vencidos, como temperos, molhos, farinhas, pães, chocolates e bebidas.

Além disso, peixes e frios, como presunto e queijo, estavam com suas embalagens rasgadas, sendo expostos à contaminação. Ao verificar o açougue do estabelecimento, a vigilância observou que o mercado manipulava e produzia carne de sol e linguiças, de origem bovina e suína, sem alvará de funcionamento, licença sanitária e selo de inspeção municipal. 

Com isso, a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) precisou jogar fora cerca de 1,56 tonelada das chamadas “misturas”, por má conservação dos produtos, o que pode ser muito prejudicial à saúde dos consumidores.

Consequentemente, o Procon/MS determinou o fechamento do açougue por tempo indeterminado, além de descartar os produtos com data de validade expirada. Os proprietários do mercado precisam apresentar a defesa em até 20 dias após a determinação, porém, mesmo assim, não devem ficar isentos das multas aplicadas pela fiscalização durante a ação.

Em outra cidade, agora em Novo Horizonte do Sul, a fiscalização encontrou cigarros sendo vendidos de maneira irregular. Cerca de 598 caixas de cigarro foram apreendidas, por dois motivos: importação proibida no país e por conter aditivos como flavorizantes e aromatizantes. Além disso, latas de fumo, essências vencidas e dispositivos eletrônicos para fumar, que tem venda proibida, foram confiscados.

Sobre as bebidas, 129 garrafas alcoólicas estavam sem rótulo em português e nota fiscal de compra, além de serem, supostamente, produtos de descaminho. Por isso, também foram apreendidas e encaminhadas à Polícia Civil de Ivinhema, mas o responsável pela conveniência tem 20 dias para apresentar seu lado ao Procon/MS.

"Cabe lembrar que é um direito básico nas relações de consumo a proteção a vida, saúde e segurança, como assegura o Código de Defesa do Consumidor. Colocar produtos para a venda fora das normas é prática abusiva”, reforça Angelo Moti, secretário-executivo do Procon/MS.

Caso encontre casos como esse, a denúncia pode ser feita através dos canais oficiais do órgão, como Disque Denúncia 151, aplicativo MS Digital e pelo site www.procon.ms.gov.br.

Pena

Conforme assegura a Lei n°8.137 de 1990, é considerado infração penal "vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo", sob possível reclusão de dois a cinco anos, além de multa.

Além disso, o estabelecimento pode ser fechado ou suspenso por tempo determinado pelo Procon ou pela Vigilância Sanitária, mas depende da gravidade da situação percebida pela fiscalização. Ademais, o consumidor tem direito à devolução do dinheiro e indenização por danos, caso tenha sofrido.

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Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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