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Agência prevê investimento de mais R$ 13 bilhões na mineração em MS

Aporte nas morrarias de Corumbá, segundo a Bloomberg, viria depois que os irmãos Batista da J&F conseguirem um sócio estrangeiro

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Depois de anunciar, em julho deste ano, investimentos da ordem de R$ 4 bilhões para aumentar a produção de minério de ferro e manganês em Corumbá e Ladário, a J&F, a holding dos irmãos Batista, fala agora em investir outros R$ 13 bilhões na região. 

Um dos primeiros passos para isso foi a contratação do Citigroup para conduzir a venda de uma participação minoritária na LHG Mining, a empresa de mineração e de transporte de minérios pertencente aos irmãos Batista e que atua em Corumbá.

A transação com o Citigroup, conforme informações do canal de notícias Bloomberg, deverá ser para buscar um sócio estratégico, ou seja, com conhecimento no setor.

A J&F já recebeu diversas ofertas não vinculantes de investidores, incluindo grandes mineradoras, fundos de private equity, tradings e siderúrgicas. A expectativa é concluir a transação no primeiro trimestre de 2026, conforme a agência de notícias. 

Uma das condições do processo é que a fatia seja vendida a investidores estrangeiros, não a grupos locais do setor. O tamanho exato da participação a ser negociada vai depender das propostas e da avaliação da companhia, disse a fonte ouvida pela Bloomberg.

A LHG, focada em minério de ferro e manganês, tem duas minas em Mato Grosso do Sul, que foram adquiridas da Vale em 2022, além de um porto próprio.  

A empresa já começou a investir cerca de R$ 4 bilhões (US$ 750 milhões) para elevar a produção a 25 milhões de toneladas, com novas plantas de processamento previstas para entrar em operação até 2030. A capacidade atual é de até 12 milhões de toneladas, embora este volume não tenha sido atingido até agora. 

Boa parcela destes investimentos, bancada por um empréstimo de R$ 3,7 bilhões do BNDES, está sendo destinada à ampliação da capacidade do transporte de minérios. Os recursos são do Fundo de Marinha Mercante e voltados para a construção de 400 balsas e 15 empurradores. 

Depois da consolidação da primeira fase de investimentos e após operar por dois anos nessa capacidade ampliada, a LHG pretende iniciar uma segunda fase de expansão, que pode dobrar a produção para até 50 milhões de toneladas por ano.

Essa segunda etapa demandaria aproximadamente US$ 2,5 bilhões em investimentos, algo em torno de R$ 13 bilhões, conforme a fonte ouvida pela Blomberg. Então, se estes valores se concretizarem, seriam em torno de R$ 17 bilhões em investimentos nas chamadas morrarias de Corumbá. 

A maior parte da produção é escoada pela hidrovia do Rio Paraguai até o Uruguai, uma distância de 2,5 mil quilômetros. Lá, os minérios de alto teor de pureza são recarregados em embarcações maiores e levados à Àsia, Europa e América do Norte.

Com teores superiores a 65% de ferro, o minério extraído na região se posiciona entre os mais puros do planeta.  A LHG Mining (MCR Mineração) projeta viabilidade operacional do empreendimento por até 40 anos.

ENTRAVE

Mas, estes possíveis aumentos na produção esbarram num sério entrave logístico, que é falta de água no Rio Paraguai em determinadas épocas do ano. Nesta quarta-feira (3), por exemplo, o nível do rio na régua de Ladário, que serve como referência, amanheceu com apenas 30 centímetros e seguia baixando.

Depois que o nível fica abaixo de um metro o trasporte fica praticamente inviável. Desde meados de outubro está abaixo disso e mesmo que sejam registradas chuvas acima da média, o que não está ocorrendo, demoraria mais de um mês para que ele volte a superar a marca de um metro.

A saída seria a dragagem de alguns pontos críticos, o que tornaria o rio navegável durante o ano inteiro e permitiria que as chatas trafegassem com maior velocidade. Essa dragagem, porém, ainda não foi autorizada pelo IBAMA. 

Mas, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) está preparando a concessão da hidrovia e  uma das interessadas é a própria LHG, dos irmãos Batista. O pregão deve acontecer no primeiro semestre do próximo ano o vencedor do certame ficará responsável pelo remanejamento dos bancos de areia que dificultam o transporte de minérios. 

Procurados pela Bloomberg, Citi, LHG e J&F não comentaram.

Trilha de Hermes

Operação investiga grupo criminoso que matou informante da polícia

O homem identificado como colaborador policial era Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que se encontrava sob monitoramento eletrônico

04/12/2025 17h45

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie Divulgação: Polícia Civil

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A Operação Trilha de Hermes, deflagrada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON) e da Delegacia Regional (DRP) de Naviraí, investiga a morte de Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que era monitorado com tornozeleira eletrônica. O homem foi identificado por um grupo criminoso como sendo um informante da polícia.

Por este motivo, Aldevan foi sequestrado pela quadrilha e possivelmente morto, de acordo com a Polícia Civil, perdendo o sinal de seu equipamento na área rural de Itaquiraí, de onde partiram as investigações.

A DEFRON e a DRP de Naviraí identificaram uma estrutura organizacional criminosa armada, com estruturada cadeia de comando e divisão de tarefas. As prisões temporárias e a busca domiciliar em desfavor dos suspeitos ocorreram durante a terça (2) e quarta-feira (3).

A Operação Trilha de Hermes resultou no cumprimento de cinco mandados de prisão temporária, duas prisões em flagrante, além da apreensão de veículos de alto valor, armas, munições, dinheiro em espécie e diversos outros objetos.

A quadrilha criminosa é investigada pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, sequestro, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada. As investigações prosseguem para apuração de outros envolvidos e para localização de ativos financeiros que o grupo criminoso auferiu durante sua atividade ilícita.

Balanço

No primeiro dia, foram realizados o cumprimento de cinco mandados de prisão temporária e o cumprimento de 12 mandados de busca domiciliar. A operação ocorreu nas cidade de Itaquiraí, Naviraí e Porto Velho (RO), onde um dos alvos estava no momento da operação.  Duas pessoas foram presas em flagrante pelo crime de posse de arma de fogo e de munições. 
 
Já na quarta-feira, foram realizadas diligências em áreas rurais, com o cumprimento do mandado de prisão de um dos alvos que se mantém foragido. As autoridade utilizaram os meios de locomoção fluvial e aéreo para esta etapa da operação, com apoio do Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA).
 
Ao todo, a operação resultou no cumprimento da prisão de sete pessoas, entre elas os três líderes do grupo, apreensão de armas, munições, seis veículos de alto valor, dez celulares, R$ 8 mil em espécie e documentos a serem analisados.

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Cidades

Polícia barra contrabando na entrada de Campo Grande

Ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras

04/12/2025 17h30

Foto: Divulgação / Policia Civil

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A Policia Civil por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Dracco) interceptou 4 caixas grandes de óculos, 2 pneus de caminhão, bolas de pneus e 12 caixas de cigarros, fiscalização realizada na  Avenida Gunter Hans, saída para Sidrolândia na manhã desta quarta-feira (3).  

A ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras e combate ao contrabando e descaminho no Estado, mercadoria encontrada em uma Fiat/Doblo. 
O material apreendido foi encaminhado diretamente à sede da Polícia Federal de Campo Grande.Dois indivíduos foram conduzidos em flagrante.

A ação faz parte da 3ª etapa da Rede Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), iniciativa nacional de enfrentamento ao crime organizado.

Em todo o país, a organização e preparação da operação envolve ao menos 18 ações estratégicas, que abrangeram desde o encaminhamento de demandas originadas na reunião de alinhamento até a preparação de sistemas e o treinamento de usuários.

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