Cidades

INFRAESTRUTURA

Agência federal sepulta plano de novo Anel Viário na BR-163, em Campo Grande

Projeto da ANTT prevê a duplicação de 50,3 km da rodovia e descarta a implantação de via fora do perímetro urbano

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O projeto de repactuação da concessão da BR-163, que prevê investimentos de R$ 16,99 bilhões até 2054, abandonou a proposta de construção do Contorno Rodoviário de Campo Grande, optando pela duplicação de 50,3 quilômetros da rodovia, desde a Chácara das Mansões até o Anel Rodoviário Ricardo Trad. 

A decisão consta no Programa de Exploração da Rodovia (PER), divulgado no fim de semana pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). 

O PER também aponta os 92 trechos que vão receber os 147,7 km de pistas adicionais até o nono ano de concessão, com extensão variando entre 120 metros, no km 792, e 6,1 km, no trecho do km 799,9. No primeiro ano, a nova concessionária vai ter de construir 6,14 km de faixas adicionais e, no segundo ano, outros 6,14 km.

O documento também prevê a construção de 19 trechos de vias marginais, totalizando 22,99 km. No primeiro ano, será apenas 1,04 km, sem nenhuma obra desse tipo no segundo ano e o restante a partir do terceiro ano de concessão até 2034, se o processo for concluído até o fim deste ano. 

Entre as obras estão previstas a construção de 129 retornos e 13 intersecções, regularização de 379 acessos à rodovia, construção de 22 passarelas, 56 passagens de animais e 144 pontos de ônibus, além de 467 km de melhoria de acostamentos, implantação de 22,64 km de contornos em pista simples 6,19 km de contornos em pista dupla. 

Fonte: Google MapsFonte: Google Maps

Embora tenha um elevado número de benfeitorias, deste projeto foi excluída a construção do Contorno Rodoviário de Campo Grande, previsto em estudos anteriores. O levantamento, à época, apontou que essa intervenção elevaria em 14% o valor da tarifa de pedágio a ser cobrada pela nova concessionária. 

No início do ano passado, em audiência pública realizada em Brasília (DF), foi apresentado estudo da ANTT que calculou que o valor do pedágio estimado aumentaria de R$ 14,20 a cada 100 km para R$ 16,18, um incremento de quase R$ 2,00. 

Mesmo sem o contorno da capital sul-mato-grossense no PER, a autarquia adicionou cinco desvios da área urbana, que vão elevar a tarifa em 5% para todos os usuários da rodovia. São os de Mundo Novo, Eldorado, Itaquiraí, Vila São Pedro e Vila Vargas, com extensão total de 28,82 km, que só começarão a ser construídos no terceiro ano de concessão, com conclusão prevista até o quinto ano. 

A opção nesse projeto atual da repactuação do contrato, previsto no PER, é duplicar o trecho que corta Campo Grande. Dos 203,7 km a terem pista dupla nos 845,7 km da rodovia, 50,3 km serão na Capital, o que representa 25% do total a ser duplicado em seis anos. 

No primeiro ano, será duplicado apenas 1,6 km na Capital e, no segundo, 5,5 km. No terceiro ano não haverá construção de segunda faixa. No quarto ano, serão 6,3 km, no quinto, 24,3 km e no sexto ano, 12,6 km.

A proposta é de começar no km 452, próximo à Chácara das Mansões, e seguir de forma contínua até o km 503, próximo ao Anel Rodoviário Ricardo Trad. Nesse trajeto, será reformada a rotatória no cruzamento com a Avenida Gury Marques, construída uma rotatória no entroncamento com a MS-040 e uma intersecção com a Rua Marquês de Pombal, serão feitas melhorias no trecho com a BR-262 e acontecerá a reforma do cruzamento com a Avenida Cônsul Assaf Trad.

Essas obras serão executadas no quinto ano de administração da nova concessionária.

REPACTUAÇÃO

A proposta de repactuação prevê que a nova concessionária invista R$ 16,99 bilhões até 2054, e o pedágio vai subir 33,8%, de R$ 7,52 a cada 100 km (valor de hoje) para R$ 10,06, a partir do 13º mês após a assinatura do contrato. 

Nos três primeiros anos, vão ser duplicados 75 km de pista, sendo 5,66 km nos primeiros 12 meses. A concessionária terá de investir R$ 1,21 bilhão até 2026 e mais R$ 1 bilhão nos dois anos seguintes em diversas obras ao longo dos 845 km da BR-163. 

No primeiro ano de concessão será investido R$ 1,21 bilhão em novas obras, chegando a R$ 2,15 bilhões em três anos e a R$ 9,64 bilhões até 2054. Com esses recursos, deverão ser entregues, no primeiro ano, 6,12 km de terceiras faixas (4,14% do total previsto), 1,04 km de vias marginais (4,54% do total) e 5,66 km de pistas duplas, segundo o acordo consensual aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Só que a MSVia só vai subir o pedágio para R$ 10,06 a cada 100 km no primeiro ano com as novas regras da concessão, mais adicionais por obra executada que chegam a um aumento de 5%, caso a execução atinja os parâmetros definidos na solução consensual, que teve suas regras estipuladas pela Portaria nº 848, de 25 de agosto do ano passado. 

A tarifa vai chegar a R$ 15,13 em três anos, desde que a nova concessionária cumpra 90% do estipulado no PER.

Saiba - Audiência Pública

Para discutir os detalhes do projeto de repactuação, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realiza hoje uma audiência pública em Campo Grande, a partir das 8h.

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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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