Cidades

consumo abusivo

Alcoolismo atinge cerca de
5,8 milhões de pessoas no Brasil

Alcoolismo atinge cerca de
5,8 milhões de pessoas no Brasil

AGÊNCIA BRASIL

18/03/2013 - 10h23
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Histórico de consumo abusivo de álcool, síndrome de abstinência e manutenção do uso, mesmo com problemas físicos e sociais relacionados, é o tripé que caracteriza a dependência em álcool, segundo a psiquiatra Ana Cecília Marques, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O tratamento da doença, que atinge cerca de 5,8 milhões de pessoas no País, segundo o Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, de 2005, não é fácil: dura pelo menos um ano e meio em sua fase mais intensiva e tem índice de recaída de cerca de 50% nos primeiros 12 meses.

"Ele precisa preencher os três critérios. Um só não basta para se considerar dependente", destaca a psiquiatra. Ela explica que o consumo contínuo e abusivo leva a uma tolerância cada vez maior do usuário à bebida. "O corpo acostuma-se (com o álcool). Ele resiste mais e, para obter o efeito que tinha no começo com uma lata de cerveja, precisará tomar cinco". A falta do álcool provoca uma série de sintomas graves, como elevação da pressão arterial, tremores, enjoo, vômito e, em alguns pacientes, até mesmo convulsão. Esse é o quadro da síndrome de abstinência.

O terceiro critério para caracterização da dependência alcoólica está ligado aos problemas de relacionamento e de saúde provocados pelo consumo abusivo. "O indivíduo tem problemas no trabalho por causa da bebida. Ele perde o dia de trabalho mas, mesmo assim, bebe de novo". A professora destaca que, além da questão profissional, devem ser considerados diversos aspectos da vida do paciente, como problemas familiares, afetivos, econômicos, entre outros.

Em relação às outras drogas, a psiquiatra informou que o tratamento da dependência de álcool se diferencia principalmente na primeira fase, que dura em média dois meses. "Cada substância tem uma forma de atuar no cérebro, portanto, vai exigir, principalmente na primeira fase do tratamento, diferentes procedimentos farmacológicos para que a gente consiga promover a estabilização do paciente", explica.

"Na segunda e terceira fases, o tratamento entra em uma etapa mais semelhante, que é quando você vai se aprofundar no diagnóstico e preparar o individuo para não ter recaída", acrescenta.

A segunda fase do tratamento, a chamada estabilização, quando se trabalha a prevenção da recaída, dura, em média, de oito a dez meses. Nessa etapa, são percebidas e tratadas as doenças correlatas adquiridas pelo consumo do álcool e, então, o paciente é preparado para readquirir o controle sobre droga.

A psiquiatra destaca que, nesse processo, a recaída é entendida como algo normal e que não invalida o tratamento. "Ele pode ter uma recaída e não é que o tratamento não esteja no caminho certo ou que ele não queira se tratar. Faz parte da doença, é um episódio de agudização dessa doença crônica que é a dependência do álcool. Faz parte recair", esclarece.

No que diz respeito à dependência, eles também estão na frente. O índice de dependentes do sexo masculino (19,5%) é quase três vezes o do sexo feminino (6,9%). A faixa etária de 18 a 24 anos, por sua vez, apresenta os maiores índices, com 27,4% de dependentes entre os homens e 12,1% entre as mulheres.

BRASILÂNDIA

Carro cai em lago e 4 pessoas da mesma família morrem afogadas em MS

Veículo, que ficou totalmente submerso, foi retirado com a ajuda de um trator guindaste

14/01/2025 08h05

Veículo Volksvagen Gol ficou totalmente submerso e de ponta cabeça no lago

Veículo Volksvagen Gol ficou totalmente submerso e de ponta cabeça no lago Crédito: CBMMS

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Alex Genival Soares da Silva, de 32 anos, Monique de Lins Neves, de 32 anos, e seus filhos, de 13 e 10 anoS, morreram afogados após o carro em que estavam cair em uma lagoa, nesta segunda-feira (13), na estrada Cascalho, em Brasilândia, município localizado a 365 quilômetros de Campo Grande.

As quatro pessoas são da mesma família. A suspeita é de que o acidente aconteceu entre a noite de domingo (12) e a madrugada de segunda-feira (13), mas, o carro só foi encontrado submerso na manhã de ontem (13).

Conforme apurado pela reportagem, a família participou de uma confraternização e os pais ingeriram bebida alcoólica na noite de domingo (12).

Veículo Volksvagen Gol ficou totalmente submerso e de ponta cabeça no lagoBombeiros militares retirando os corpos do carro. Foto: CBMMS

Em seguida, saíram da festa por volta das 23 horas e pegaram uma estrada vicinal nas proximidades da BR-158, quando, em determinado momento e por motivos desconhecidos, o carro saiu da pista e caiu dentro de uma lagoa.

A suspeita é de que o motorista tenha perdido o controle da direção, capotado o veículo e caído dentro do lago.

Todos os ocupantes do veículo, presos ao cinto de segurança, morreram afogados. O automóvel, que se tratava de um Volksvagen Gol, ficou totalmente submerso e de ponta cabeça no lago. 

Equipe de mergulho do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) foi acionada e compareceu ao local mas, não havia mais o que fazer, pois todos já estavam mortos há horas.

Polícia Civil, Polícia Científica e funerária estiveram no local para efetuar os procedimentos de praxe. Os bombeiros retiraram os corpos de dentro do veículo.

Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML) de Bataguassu para os exames necessários à determinação da causa oficial dos óbitos.

O carro, que ficou totalmente submerso, foi retirado com a ajuda de um trator guindaste. Após retirada, o ficou às margens do lago. As causas do acidente serão investigadas pela Polícia Civil de MS.

Confira as fotos do carro submerso:

Em 9 de novembro de 2023, outro caso parecido aconteceu em Mato Grosso do Sul. 

Engenheiro agrônomo, Anderson Rezzadori, de 30 anos, desapareceu no Rio Taquari na madrugada desta quinta-feira (9), em Coxim, município localizado a 253 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com o Corpo de Bombeiros (CBMMS), o rapaz conduzia uma Fiat Toro branca, quando se deparou com o rio no fim da rua.

Ele não percebeu que havia um rio à frente e o veículo acabou caindo dentro d’água. Enquanto o carro afundava, chegou a mandar localização e um áudio para os amigos pedindo socorro.

Geralmente, no interior do Estado, muitas ruas finalizam no rio. O condutor acha que é continuação de uma rua, mas, na verdade, é um rio.

Cidades

FUP protesta contra mudança que obriga a três dias de trabalho presencial na Petrobras

Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou que a entidade e os seus sindicatos vão realizar um ato nesta terça-feira, 14, em protesto contra a alteração das regras do trabalho remoto

13/01/2025 22h00

Divulgação FUP

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A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou que a entidade e os seus sindicatos vão realizar um ato nesta terça-feira, 14, em protesto contra a alteração das regras do trabalho remoto. A partir de abril, os trabalhadores terão que realizar o trabalho presencial por três dias, e não dois, como é atualmente.

Segundo a FUP, os protestos vão ocorrer na sede da Petrobras no Rio de Janeiro, e em outras bases administrativas, além de unidades operacionais.

"A FUP se posiciona contra essa mudança determinada unilateralmente e argumenta que as regras de teletrabalho precisam ser adaptadas às atividades específicas de cada trabalhador. A Federação acredita que há funções que podem ser realizadas integralmente de forma remota, enquanto outras exigem presença física", alertou a entidade em nota.

De acordo com a FUP, mesmo com a regra atual, muitos trabalhadores acabam indo para as unidades da Petrobras sem necessidade de interação presencial, caracterizando o que é conhecido como "teletrabalho presencial".

"A Federação propõe que a quantidade de dias de trabalho remoto e presencial seja avaliada de forma mensal e não semanal, oferecendo mais flexibilidade para atender às necessidades dos trabalhadores e da empresa. Para isso, a criação de um comitê em cada unidade para analisar individualmente cada caso é uma das sugestões", explicou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar

"Não há evidências de que o teletrabalho tenha prejudicado a produtividade", reforça Cibele Vieira, diretora da FUP. "Acreditamos que a mudança no modelo de trabalho deve ser discutida de maneira transparente, respeitando os interesses de ambas as partes", diz ela.

Na semana passada, a diretoria executiva da Petrobras aprovou ajustes ao modelo híbrido de trabalho. "Assim, todos que aderiram a esse modelo realizarão trabalho presencial de no mínimo três dias por semana, a partir de abril", informou a companhia.

"Os mencionados ajustes visam aprimorar a integração das equipes e os processos de gestão, além de contribuir para a agilidade na entrega de importantes resultados para a companhia, que está em fase de crescimento de projetos", explicou a estatal em nota.

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