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Alta do dólar e queda da Bolsa: Repercussões dos estímulos fracos na China

Operadores julgaram o pacote de medidas chinês insuficiente para colocar a economia de volta aos trilhos; Vale caiu 3%

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O dólar fechou em alta firme de 0,84% nesta terça-feira (8), a R$ 5,532, em dia embalado pela decepção dos investidores com os estímulos econômicos da China e pela sabatina de Gabriel Galípolo no Senado Federal.

A moeda se valorizou globalmente, sobretudo em relação a moedas de mercados emergentes. No índice DXY, que mede a força do dólar em relação a uma cesta de outras seis divisas fortes, a sessão foi de relativa estabilidade.

Já a Bolsa perdeu 0,38%, aos 131.511 pontos, pressionada pela forte queda da Vale e da Petrobras.

De volta de um feriado de uma semana, a China detalhou algumas medidas de estímulos fiscais nesta terça-feira, parte de um pacote de incentivos que visa colocar a segunda maior economia do mundo de volta aos trilhos.

Em entrevista coletiva, o presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, Zheng Shanjie, afirmou que o governo chinês planeja usar 200 bilhões de iuanes (US$ 28,3 bilhões) em gastos orçamentários antecipados e projetos de investimento a partir do próximo ano.

O país também acelerará os gastos fiscais e "todos os lados devem continuar se esforçando mais" para fortalecer as políticas macroeconômicas, acrescentou.
O anúncio foi um banho de água fria para os investidores. "Ficou bem abaixo do esperado. O mercado se decepcionou, e, então, o mal humor se espalhou no exterior, em especial nas commodities", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

Em um esforço para reverter a desaceleração da economia, a China anunciou o pacote de estímulos mais agressivo desde a pandemia. A notícia instalou um frenesi entre os operadores, sobretudo por indicar que a demanda por commodities teria um novo impulso entre os chineses.

Quando anunciadas, antes do feriado de uma semana que fechou os mercados, as medidas levaram à disparada do minério de ferro e do petróleo, e, por consequência, atraíram investidores a mercados exportadores, como o Brasil.

A expectativa de mais apoio fiscal, porém, foi frustrada com as falas de Zheng. "Até agora, a entrevista coletiva da comissão parece não ter dado muitos detalhes com relação às medidas de estímulo. As expectativas foram elevadas, mas a entrega foi decepcionante", disse Christopher Wong, estrategista cambial da OCBC.
Com isso, os contratos do minério de ferro na Bolsa de Dalian perderam 2%. No mercado de câmbio, a queda levou o dólar a ganhar terreno sobre moedas de mercados dependentes do desempenho de commodities, como o real e o peso chileno.
Já na Bolsa brasileira, o reflexo foi no derretimento das ações da Vale (3,03%) e de pares do setor de mineração e siderurgia. Petrobras ainda perdeu 2% com a baixa do petróleo no exterior, ajudando a empurrar o índice para baixo.
Na cena corporativa, o destaque positivo foi a disparada de 7,47% das ações da Azul, em resposta ao acordo com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos. A empresa trocou cerca de R$ 3 bilhões em obrigações de dívida por emissão de novas ações.

Também no radar dos investidores, Gabriel Galípolo foi sabatinado no Senado Federal. O atual diretor de Política Monetária do BC (Banco Central) foi aprovado por unanimidade para assumir a presidência da autarquia no fim do ano, no lugar de Roberto Campos Neto.
Aos senadores, Galípolo afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu que ele terá liberdade para tomar decisões à frente do cargo, privilegiando o interesse do povo brasileiro.

"Toda vez que me foi concedida a oportunidade de encontrar o presidente Lula, eu escutei de forma enfática e clara a garantia da liberdade na tomada de decisões, e [escutei] que o desempenho da função deve ser orientado exclusivamente pelo compromisso com o povo brasileiro."

Ele também ressaltou aos senadores que, ao longo de sua passagem pelo BC, já subiu, cortou e manteve estável a taxa básica de juros (Selic) e voltou a dizer que em momento algum sofreu pressão de Lula em suas decisões.
Bem recebidos pelo mercado, os comentários de Galípolo contribuíram para a redução das curvas de juros futuros.

Na análise de Rodrigo Marcatti, economista e CEO da Veedha Investimentos, Galípolo reforçou "o compromisso com ações técnicas do Banco Central, com a agenda de ancorar a expectativa de inflação".

"Foi um discurso bem protocolar, bem alinhado com a com a conduta esperada de um presidente do Banco Central, sem nenhuma fala polêmica."

Outro fator de relevância para os ativos globais tem sido os conflitos no Oriente Médio.

Desde terça-feira passada (1º), o mundo -e o mercado financeiro- tem estado em alerta para uma possível guerra generalizada na região. O Irã, em retaliação às ofensivas de Tel Aviv contra a Faixa de Gaza e o Líbano, disparou cerca de 200 mísseis contra Israel, que já prometeu uma resposta.

A possibilidade de um ataque ao Irã, um dos maiores exportadores de petróleo do mundo, tem levantado temores de uma diminuição da oferta da commodity. Na semana passada, a cotação do barril do Brent, referência do mercado externo, disparou, e, na segunda, ultrapassou US$ 80.

Nesta terça, porém, a perspectiva de um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hezbollah abriu espaço para uma queda firme do petróleo, superior a 4%, o que também foi um fator negativo para o real, já que o Brasil é exportador da commodity.

A semana ainda guarda dados de inflação do Brasil, na quarta-feira, e dos Estados Unidos, na quinta, cruciais para calibrar as expectativas dos investidores sobre as próximas decisões de juros.

 

*Informações da Folhapress 
 

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Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS

Acidente aconteceu na noite desta sexta-feira (4); homem teve fratura facial e está internado

05/04/2025 16h00

Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS

Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS Reprodução - TL Notícias

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Um peão identificado como Johanderson Britto, representante da cidade de Teodoro Sampaio (SP), sofreu um grave acidente durante uma montaria na noite desta sexta-feira (4), na Festa do Peão de Inocência, município localizado a 337 km de Campo Grande. As informações são do portal TL Notícias.

Durante a apresentação, Johanderson foi violentamente atingido pela cabeça do touro e caiu já desacordado dentro da arena. O competidor foi socorrido imediatamente pela equipe de emergência do rodeio.

Ainda inconsciente, foi encaminhado inicialmente ao hospital de Inocência. Porém, devido à gravidade do impacto, precisou ser transferido com urgência ao Hospital Auxiliadora, em Três Lagoas.

Segundo informações preliminares obtidas pelo TL Notícias, Johanderson sofreu fratura facial e foi sedado por recomendação médica. Apesar da gravidade, ele passou a noite estável, sem alterações clínicas.

Em uma publicação nas redes sociais, a mãe de Johanderson pediu orações e agradeceu o apoio que tem recebido:

"Estamos em orações para sua rápida recuperação. Que Deus esteja com ele e com toda a equipe médica."

Veja o vídeo: 

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Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS

Caso sejam confirmadas as infrações, a empresa poderá ser responsabilizada pela extração ilegal e por eventuais danos ao meio ambiente

05/04/2025 14h30

Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS

Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS Divulgação

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Uma construtora é suspeita de realizar a extração e pesquisa de basalto sem as devidas licenças ambientais no município de Deodápolis - localizado a 264km de Campo Grande. Diante da possível irregularidade, o Ministério Público do Estado (MPMS) instaurou um inquérito civil para apurar o caso e investigar se houve dano ambiental.

Segundo a portaria que deu origem ao procedimento, a empresa possui alvará da Agência Nacional de Mineração (ANM) para a pesquisa e exploração do minério. No entanto, a legislação ambiental brasileira exige, além da autorização da ANM, o licenciamento ambiental específico para esse tipo de atividade o que pode não ter sido obtido pela construtora.

Diante destes fatos, o MPMS encaminhou ofícios à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil e à Polícia Civil de Deodápolis, solicitando diligências no local da extração. As equipes devem verificar se a atividade está sendo realizada de forma irregular, sem a documentação ambiental necessária.

Após a conclusão das diligências e a análise dos documentos reunidos, o Ministério Público decidirá quais medidas tomar. Caso sejam confirmadas as infrações, a empresa poderá ser responsabilizada pela extração ilegal de basalto e por eventuais danos ao meio ambiente.

O que diz a lei ?

De acordo com o art.10 da Lei nº 6.938/1981 Política Nacional do Meio Ambiente, 'atividades modificadoras do meio ambiente estão sujeitas a licenciamento ambiental prévio'. Esse licenciamento deve ser feito junto ao órgão ambiental competente (municipal, estadual ou federal, dependendo do impacto).

Já o Código de Mineração (Decreto-Lei nº 227/1967) e normas da Agência Nacional de Mineração (ANM) diz que a instituição pode conceder alvarás de pesquisa e autorizações de lavra, mas isso não substitui o licenciamento ambiental.

O empreendedor precisa da licença ambiental emitida pelo órgão ambiental estadual - como é o caso do IMASUL, em MS - antes de iniciar a operação.

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