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Amarelinhos vão usar talão eletrônico

Amarelinhos vão usar talão eletrônico

Redação

03/03/2010 - 05h56
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Além dos policiais militares, os agentes de trânsito da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) também vão trocar os blocos de papel por talonários eletrônicos, computadores de mão com acesso direto ao banco de dados do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran- MS). Serão 60 smartphones em poder dos policiais da Companhia de Policiamento de Trânsito (Ciptran) e dos amarel i n hos. Os agentes respondem por mais de 85% das autuações por infração de trânsito na Capital, média de 6 mil por mês, contra 1.100 feitas por PMs. O Detran-MS já entregou à Polícia Militar 20 equipamentos e mantém outros 10 de reserva para becape. O aluguel de cada talonário vai custar R$ 280,00 por mês, gerando o custo mensal R$ 8,4 mil por todo o lote. “Se houver interesse da Agetran, vamos fazer um convênio para ceder os equipamentos”, informa o diretor-geral da autarquia, Carlos Henrique Santos Pereira. Parceria que é confirmada pelo diretor da Agetran, Rudel Trindade. “Precisamos de 60 talonários, 40 para serem usados pelos 36 agentes que atuam na fiscalização e 20 ficarão de reserva”, informa. O diretor do Detran-MS assegura que o objetivo de recorrer a esta ferramenta tecnológica não vai abrir caminho para reforçar uma suposta indústria da multa. “Queremos usar o equipamento para evitar imprecisões nas notificações, que terão mais consistência, com pouca margem para erros sobre o local, o dia e a hora que a infração aconteceu, porque os talonários têm Sistema de Posicionamento Global (GPS)”, reforça. Santos Pereira admite, porém, que o talonário é também uma forma de fechar o cerco aos proprietários de veículos com algum tipo de restrição – mandado de busca e apreensão, licenciamento vencido, ou mesmo se tiver sido roubado. O acesso ao banco de dados do Detran- MS dá ao policial ou ao amarelinho, em tempo real, a informação completa sobre o veículo e o condutor, no caso de abordagem. O computador de mão em poder dos agentes e policiais de trânsito vai dificultar uma prática comum entre os motoristas multados: a transferência para terceiros (um parente ou mesmo um amigo) da responsabilidade pela infração, para não perder pontos na carteira de habilitação. “A partir da abordagem, o policial faz a notificação e já identifica de imediato o proprietário e o condutor. Não adianta depois levar a CNH do avô, que nem dirige mais, para se livrar do risco de ter a habilitação suspensa”, observa Santos Pereira. De qualquer forma, a possibilidade de transferir a responsabilidade para um terceiro ainda vai existir, quando não se fizer a abordagem do motorista. “No caso, por exemplo, do amarelinho perceber que um veículo furou o sinal vermelho, ele apita, mas dificilmente vai conseguir parar todos os condutores para abordá-los”, admite o diretor da Agetran. Neste caso, persiste o trâmite normal. Depois de feita a autuação, o motorista recebe a notificação em casa e tem 30 dias para apresentar defesa, inclusive eximindo-se de culpa, transferindo-a para um terceiro, que assume (por escrito) a responsabilidade.

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Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024

05/12/2025 19h00

Foto: Emerson Nogueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

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Em crise, os Correios decidiram não renovar este ano um benefício de vale-natal de R$ 2,5 mil aos seus funcionários, valor que foi pago em 2024, após Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A empresa comunicou seus funcionários sobre o não pagamento na noite de quarta-feira. Ao mesmo tempo, a estatal espera a avaliação da equipe econômica sobre os próximos passos nas negociações com os bancos.

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024. Ele vem sendo renovado, enquanto a atual direção negocia novos termos, mas o benefício de Natal foi cancelado em função da crise e da necessidade de cortes de custos. A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

Em paralelo, a empresa aguarda avaliação do Tesouro Nacional sobre o plano de recuperação, para poder voltar a negociar com os bancos um empréstimo na casa dos R$ 20 bilhões. A expectativa era de que isso fosse concluído ainda esta semana, mas o desfecho dessa análise deve ficar para a semana que vem.

Na terça-feira, o Tesouro informou à estatal que não dará aval a um empréstimo de R$ 20 bilhões caso as taxas de juros estejam acima de 120% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). A proposta dos bancos, segundo apurou o Estadão, foi de 136% do CDI. Ou seja: com essa taxa, a proposta foi recusada, dando início a uma nova rodada de negociação.

A equipe econômica estuda uma forma de dar um fôlego de curto prazo para a companhia, para que ela não negocie com os bancos sob forte pressão. Mas o desenho dessa ajuda ainda não foi definido.

Nesta quinta-feira, 4, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que se isso ocorrer com aportes do Tesouro, será dentro das regras fiscais.

Rombo bilionário

Os Correios correm para conseguir a liberação do empréstimo para lidar com uma crise financeira sem precedentes. De janeiro a setembro deste ano, a empresa teve prejuízo de R$ 6,05 bilhões, em uma combinação de queda de receitas com aumento de despesas.

Com o empréstimo, a empresa pretende quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, além de financiar um programa de desligamento voluntário (PDV) e fazer investimentos para tentar recuperar espaço no mercado de encomendas e elaborar novas fontes de receitas.

A estatal também precisa regularizar pendências com fornecedores Isso é visto como crucial pela atual gestão para que a empresa recupere a performance no setor de entregas, a confiança de clientes e tenha aumento de receitas.

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Prefeita sanciona lei que dificulta emissão de atestado médico em Campo Grande

Lei pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestado

05/12/2025 18h45

Foto: Reprodução

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A prefeita Adriane Lopes (PP) sancionou a o Projeto de Lei que endurece e dificulta o acesso a atestado médico aos pacientes da rede municipal de Saúde em Campo Grande.

O texto foi aprovado em regime de urgência e única discussão instituindo o Programa Atestado Responsável, com a finalidade de endurecer a emissão de atestados, proposta  dos vereadores Rafael Tavares e André Salineiro.

Segundo o texto aprovado, a emissão de atestados deverá ocorrer de forma criteriosa e ética, sendo prerrogativa exclusiva do médico, que decidirá sobre a necessidade e o período de afastamento do paciente.

Quando não houver justificativa médica para afastamento, poderá ser emitida apenas uma declaração de comparecimento, comprovando a presença do paciente na unidade de saúde. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica sobre a apresentação deste documento para abonar  a falta no trabalho, ou seja, a empresa não tem a obrigação de pagar o salário do dia.

Conforme a lei, o programa “Atestado Responsável” tem objetivo de promover a emissão de atestados médicos de forma responsável e ética, priorizando as reais necessidades clínicas dos pacientes, contribuir para a redução da sobrecarga de atendimentos nas UPA’s e Postos de Saúde, direcionando os recursos para os casos de maior urgência e gravidade. 

Além disso, pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestados para fins de justificação de ausências sem real necessidade de afastamento laboral, fortalecer a autonomia, a segurança e a responsabilidade do profissional médico na tomada de decisão clínica sobre a necessidade de afastamento do trabalho.

Conforme o texto, o intuito do programa é implementar medidas de controle, registro e transparência na emissão de atestados médicos incluindo o monitoramento da quantidade de documentos emitidos, identificação de padrões de uso e eventuais fraudes, de modo a permitir a avaliação contínua da política pública e seus ajustes futuros.

O que diz as regras da CLT?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica a declaração de comparecimento, exceto em situações específicas, prevista no Artigo 473, em que o trabalhador pode se ausentar sem prejuízo do salário para acompanhar a esposa ou companheira durante a gravidez até dois dias para consultas médicas e exames, ou para acompanhar um filho de até 6 anos em consulta médica, uma vez por ano.

Para outros tipos de consultas e exames, o abono de faltas não é previsto na lei e a aceitação do documento depende da política interna da empresa ou de acordos coletivos.

 

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