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Anac desmente prefeito e aeroporto de Dourados segue sem homologação

Às vésperas da eleição, Alan Guedes chegou a pousar, com avião de pequeno porte, na pista reformada. Mas, segundo a Anac, ainda falta analisar documentos entregues em 16 de outubro

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Ao contrário do que informou o prefeito Alan Guedes, no final de setembro, às vésperas da eleição, o aeroporto de Dourados, fechado desde maio de 2021, segue à espera de autorização para que volte a operar, conforme a Agência Nacional de Avialção Civil (Anac). 

No dia 26 de setembro, o prefeito chegou a publicar em suas redes sociais as imagens de uma aeronave de pequeno porte “reinaugurando” a nova pista e informou que a homologação, que havia sido solicitada ainda em julho, havia finalmente saído. 

“Em menos de 60 dias depois do aeroporto voltar para gestão da prefeitura, passamos para Infraero estivemos na Anac e cumprimos as exigências, a pista está homologada, já realizamos o primeiro pouso, uma conquista muito grande para cidade”, escreveu o prefeito em suas redes sociais naquele dia. 

Porém, como a pista segue fechada para voos comerciais e nenhuma empresa aérea está oferecendo passagens a partir de Dourados, a reportagem do Correio do Estado solicitou informações à Anac se realmente estava tudo homologado. 

Em resposta, a assessoria enviou nota informando que “a Anac esclarece que as obras e serviços para ampliação e restauração da pista de pouso e decolagem do Aeródromo de Dourados (MS), iniciadas em 1º de maio de 2021, ainda estão em curso”, deixando claro que os trabalhos não foram concluídos. 

E a nota ainda informa que no mesmo período em que o prefeito anunciava a homolgação, a agência ainda estava à espera de documentação. “A homologação da ampliação em tela ainda depende da documentação solicitada no final de setembro pela Anac à Infraero, operadora do aeródromo”, esclareceu a assessoria da agência. 

Esta papelada foi entregue, mas ainda não existe uma previsão de data para que esta tão esperada homologação ocorra. “Cabe pontuar que, no momento, a Agência analisa documentação apresentada pela Infraero em 16 de outubro de 2024 sobre a homologação dos PAPIs, condicionante às operações de pouso de aeronaves a jato no terminal”, conclui a nota. 

Essa  PAPIs à qual se refere a nota significa Indicador de Trajetória de Aproximação de Precisão (PAPI). Trata-se de em um conjunto de luzes brancas e vermelhas que indicam ao piloto a altura da aeronave em relação à rampa correta de aproximação.

“A pista foi homologada e as empresas comerciais de aviação podem começar a se organizar para iniciarem a venda de passagens aéreas”, informou, no final de setembro, a diretora-presidente da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), Mariana Souza Neto. 

O Correio do Estado também procurou a Infraero em busca de informações sobre uma possível data para a retomada dos voos comerciais. Porém, três dias depois, a estatal não havia dado retorno. 


HISTÓRICO

A Infraero entregou a documentação inicial à Anac em 10 de julho. À época, a Agência informou que faria a análise em, no máximo, cem dias. A entrega desta papelada aconteceu um dia depois de o prefeito de Dourados, Alan Guedes, formalizar acordo para que o aeroporto passe a ser operado pela Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária).  Até então, o local era administrado pela prefeitura. 

A reforma e ampliação da pista de pouso foi feita pelo Exército e a previsão inicial era de que os trabalhos fossem concluídos em setembro de 2022. Dois anos depois, porém, a obra segue inacabada, embora o Exército já tenha se retirado do local. 

Além do atraso nos trabalhos, no começo do ano passado percebeu-se que havia ondulações na pista e durante período de fortes chuvas, em fevereiro, parte dela apresentou uma série de infiltrações e alagamentos. 

Por conta disso, boa parte do trabalho teve de ser refeito. Na parte antiga da pista foi colocada uma nova camada de recapeamento e na parte nova, mais dois revestimentos para acabar com as ondulações. 

E, além desse recapeamento, o serviço de drenagem no entorno da pista também teve de ser refeito, já que o aeroporto está localizado em uma planície de difícil escoamento da água. 

Inicialmente orçada em R$ 40 milhões, a obra ficou 150% mais cara e acabou consumindo pouco mais de R$ 100 milhões. A pista foi alargada e ampliada para 1.775 metros de comprimento, tamanho suficiente para receber aeronaves de grande porte. 

TERMINAL DE EMBARQUE

Depois da conclusão desta fase, ainda falta a reforma do terminal de embarque, que receberá investimento da ordem de R$ 40 milhões. O recurso foi anunciado em agosto do ano passado, como integrante do Novo PAC.

Conforme o projeto original, o novo terminal terá 3,3 mil metros quadrados de área construída. O novo receptivo será erguido em outra área, ao lado do prédio ainda existente, que continuará operando normalmente quando a pista for liberada.
Depois de iniciadas, a previsão é de que obra fique pronta em aproximadamente dois anos.


 

Cidades

Lista suja do trabalho escravo tem 13 empregadores de Mato Grosso do Sul

Cadastro é atualizado a cada seis meses e manteve o quantitativo da divulgação anterior; Confira a lista

09/04/2025 16h01

Treze empregadores de MS estão inscritos na chamada lista suja do trabalho escravo

Treze empregadores de MS estão inscritos na chamada lista suja do trabalho escravo Foto: Agência Brasil / Arquivo

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Mato Grosso do Sul tem 13 empresas e empregadores na chamada lista suja do trabalho escravo. O Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão foi atualizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nesta quarta-feira (9).

Em comparação com a lista anterior, divulgada em outubro de 2024, o Estado manteve o mesmo quantitativo de propriedades cadastradas.

Em Mato Grosso do Sul, o município de Corumbá concentra a maioria das propriedades onde foram encontrados trabalhadores em situação de escravidão, com seis locais e 22 trabalhadores resgatados.

Também há empregadores de Ponta Porã, Angélica, Porto Murtinho, Aparecida do Taboado, Laguna Carapã, Dourados e Caracol. Somando os trabalhadores resgatados nestas propriedades, foram 81.

Em todo o Brasil, são 745 nomes cadasttrados na lista suja.

Entre as atividades econômicas com maior número de patrões incluídos estão:

  • criação de bovinos;
  • cultivo de café e
  • trabalho doméstico.

Conhecido como lista suja do trabalho escravo, o cadastro é atualizado a cada seis meses com o objetivo de dar transparência às atividades de auditores-fiscais do trabalho no enfrentamento ao problema. 

O Cadastro existe desde 2003 e é regulamentadpo atualmente pela Portaria Interministerial nº 18, de 13 de setembro de 2024.

Empresas e empregadores

De acordo com nota divulgada pelo MTE, os nomes incluídos são de empresas e empregadores que passaram por processos administrativos finalizados e sem possibilidade de recurso.

Após um flagrante, “é lavrado um auto de infração específico que descreve a situação de trabalho análogo ao de escravo. Cada auto dá origem a um processo administrativo, no qual os empregadores têm garantidos seus direitos de defesa, podendo apresentar argumentos e recorrer em duas instâncias”, descreve.

Após a inclusão, o nome permanece publicado por dois anos, conforme determina a instrução normativa que regula a lista.

Na última sexta-feira (4), foram retirados 120 nomes que haviam completado esse prazo.

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Encomenda com pistola e entorpecente é interceptada nos Correios

A apreensão realizada pela GCM ocorreu nesta quarta-feira (9) em uma agência em Campo Grande

09/04/2025 15h33

Arma e drogas vieram da Turquia e foram interceptadas nos Correios

Arma e drogas vieram da Turquia e foram interceptadas nos Correios Foto: Divulgação

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A Guarda Civil Metropolitana apreendeu, na agência dos Correios, uma pistola de origem turca enviada da fronteira e outro pacote com entorpecentes, em Campo Grande.

A apreensão ocorreu nesta quarta-feira (9), na agência localizada na Rua Vasconcelos Fernandes. A GCM foi acionada por volta das 10h para verificar o conteúdo suspeito.

A Gerência de Segurança Corporativa dos Correios repassou aos agentes que se tratava de três encomendas: uma pistola Canik 9mm, de fabricação turca, sem munição, e tabletes de skunk.

A encomenda que continha a arma de fogo foi enviada de uma cidade que faz fronteira com Mato Grosso do Sul, cujo nome não foi divulgado, e teria como destino o estado de Minas Gerais.

Junto com a pistola, havia dois carregadores que não estavam municiados.

Já outra encomenda, postada em Campo Grande com destino ao Rio de Janeiro, continha, em um pote que deveria armazenar proteína em pó, um líquido que passará por perícia para determinar sua composição.

A terceira apreensão, conforme pesagem da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), continha 3,422 kg de skunk, divididos em seis pacotes que estavam dentro de um micro-ondas. A encomenda também foi remetida em Campo Grande com destino à fronteira.

O líquido e o entorpecente foram levados até a Denar, enquanto a pistola foi entregue à Depac Cepol para os devidos procedimentos.

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