O analfabetismo entre as pessoas de 15 anos a 29 anos em Mato Grosso do Sul atingiu o menor número já registrado desde o início da pesquisa pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo os dados da Síntese de Indicadores Sociais - Uma análise das condições de vida da população brasileira 2025, divulgado nesta quarta-feira (3), apenas 3,7% da população nesta faixa etária no Estado não sabiam ler ou escrever em 2024, porcentagem menor que a média nacional, de 5,7%
Esse número coloca Mato Grosso do Sul em 8º lugar entre a menor taxa de analfabetismo, sendo as menores pertencentes ao Distrito Federal (1,8%), Santa Catarina (1,9%) e Rio de Janeiro (2%).
Enquanto isso, a região Nordeste apresentou taxa de analfabetismo duas vezes maior que a média nacional, com 11%. Justamente estados do nordeste atingiram as maiores taxas do País, sendo Alagoas com 14,2% e Piauí, 13,8%.
Frequência escolar
A taxa de frequência escolar bruta de Mato Grosso do Sul também aumentou em 2024, colocando o Estado em 9º lugar entre as UFs.
Após o impacto negativo causado pela pandemia do COVID-19, a partir de 2020, o acesso à educação para os grupos de menor idade teve tanto alta quanto queda. A frequência escolar para crianças entre 0 e 3 anos de idade passou de 40,1% para 40,4% entre 2023 e 2024, enquanto para as de 4 e 5 anos de idade, caiu de 92,7% para 91,15.
Ainda na faixa etária da pré-escola, Mato Grosso do Sul tem uma média de 19,9 alunos por turma na rede pública, número um pouco mais alto que na rede particular que chega perto de 15.
Essa diferença mostra alguns desafio da rede pública, como o número de alunos por turmas, somado ao fato de menos recursos disponíveis que as escolas da rede privada de ensino.
Fonte: IBGEJá na faixa etária situada entre 15 e 17 anos de idade, no ensino médio, Mato Grosso do Sul apresentou uma taxa de ocupação de 92,6%, colocando a 12ª posição nacional. Entre os primeiros colocados nessa lista ficaram a Bahia (96%), Rio Grande do Sul (95%) e São Paulo (94,9%).
Jovens
Entre a população entre 15 e 29 anos em Mato Grosso do Sul, 100 mil não estudavam nem trabalhavam em 2024, número inferior aos 112 mil observados em 2023. Isso corresponde a 15,8% dessa população, também registrado como o menor nível da série iniciada em 2012, colocando MS com o 5º menor percentual entre as UFs.
Entre os jovens que só estudam, o percentual é de 22,4%; os que estudam e trabalham é de 16% e os que só trabalham, 45,8%.
Em 2024, cerca de 8,5 milhões de jovens de 15 a 29 anos haviam parado de estudar sem concluir o nível médio em todo o País. Foi, contudo, um número menor do que o verificado em 2023, de 8,9 milhões.
Do total observado em 2024, 431 mil tinham de 15 a 17 anos; 4,2 milhões tinham de 18 a 24 anos; e 3,8 milhões, de 25 a 29 anos.
No caso do abandono escolar das mulheres, em 2024, gravidez e ter de realizar afazeres domésticos e cuidados somaram 32,1%, superando motivos como necessidade de trabalhar (25,2%) e falta de interesse (22,8%).
Já como principal motivo apontado para não frequentar atualmente a escola, os dois primeiros totalizaram 38,0% para elas, novamente superando motivos como necessidade de trabalhar (28,2%) e falta de interesse (20,0%).
Entre os homens, a necessidade de trabalhar apresentou os maiores percentuais, tanto como principal motivo para ter parado os estudos (53,7%), quanto para não frequentar atualmente a escola (61,2%).


