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DIA DE ZUMBI

Antepassados de Riedel, Tereza e Soraya eram donos de escravos

Investigação inédita da Agência Pública mapeou árvores genealógicas de 116 investigados e listou, entre ex-presidentes, senadores e Governadores, 33 familiares de escravocratas

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Às vésperas do 1º Dia Nacional Zumbi e da Consciência Negra", texto investigativo - publicado originalmente pela Agência Pública (que você confere CLICANDO AQUI) no Projeto Escravizadores - lista antepassados de 33 autoridades políticas ligadas à escravidão, onde aparecem três representantes sul-mato-grossenses: Eduardo Riedel; Tereza Cristina e Soraya Thronicke.

Vale lembrar que, após deputados federais aprovarem o Projeto de Lei 3268/21 em 29 de novembro do ano passado, a partir deste 2024 o dia 20, quando se marca celebração da Consciência Negra, será feriado em todo o território nacional. 

Antes disso, poucos Estados tinham leis próprias que declaravam a data como feriado, enquanto 1.200 cidades miravam o mesmo objetivo, das quais quatro ficam em Mato Grosso do Sul, sendo: 

  • Corumbá,
  • Ladário,
  • Itaporã e
  • Jaraguari.

Na análise das árvores genealógicas de ex-presidentes; senadores da República e Governadores, a investigação inédita da Pública mirou 116 investigados dos quais, pelo menos, 33 teriam esses antepassados com relação com pessoas escravizadas.

Dos destaques, o sexto avô do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, Jerônimo Pereira do Lago, deixou escravizados em seu inventário.

Sua filha, Ana Silvéria do Lago, e o marido, Joaquim Rodrigues Terra, possuíam 15 escravizados em 1831, em Minas Gerais. 

Também compõe a lista a ex-ministra bolsonarista e atual senadora Tereza Cristina (PP), já que seu tataravô, Antonio Côrrea da Costa I, foi proprietário de engenhos e possuía 194 escravizados.

Nascido em 1782, ele também foi presidente da Província de Mato Grosso e deputado. Além disso, tinha 8 mil cabeças de gado e 10 casas em Cuiabá. 

Consta na lista de descendente de escravizadores ainda a senadora Soraya Thronicke, que tem como tataravô Albino Jacinto de Oliveira, que deixou sete escravizados em seu inventário de 1879, incluindo Januário e Damásia, ambos doentes. Ele faleceu em 1879 no Rio Grande do Sul.

Entenda

A pesquisa identificou que, desde ex-presidentes, senadores e governadores, vários políticos descendem de indivíduos que utilizaram mão de obra escravizada.

Importante destacar que, o levantamento foi feito com apoio de genealogistas da Universidade Federal do Paraná e financiado pelo Pulitzer Center, apontando que esses antepassados também estavam envolvidos na repressão de movimentos de resistência negra e indígena.

Dos oito presidentes pós-1964, quase meteade tem vínculos com a escravidão, sendo: José Sarney, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.

Entre os 81 senadores, 16 têm antepassados envolvidos com a escravidão, incluindo Tereza e Soraya, mas também Marcos do Val e Marcos Pontes.

Já sobre os governadores, 13 dos 27 investigados também apresentam têm raízes escravocratas, incluindo além de Eduardo Riedel: 

  • Tarcísio de Freitas (de São Paulo); 
  • Cláudio Castro (do Rio de Janeiro);
  • Ronaldo Caiado (de Goiás); 
  • Romeu Zema (de Minas Gerais) e 
  • Jorginho Mello (de Santa Catarina).

Esse apontamento, do uso de trabalho escravizado em propriedades, se deu após análise de cerca de 5000 documentos históricos (registros de batismo, casamento e testamentos) e vão além das fazendas, com trabalho usado em atividades comerciais e casas dos senhores. 

O tataravô de Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, estava envolvido na exploração mineral, utilizando pessoas escravizadas.

Sendo que esse estudo foi coordenado pelo sociólogo Ricardo Oliveira, usando registros de igrejas e cartórios, o dito Projeto Escravizadores tenta também ampliar a pesquisa e incluir o Judiciário e outros setores políticos nesse crivo. 

Texto: Tero Queiroz/TeatrineTV| Versão original: Bianca Muniz, Bruno Fonseca, Mariama Correia (Agência Pública).

 

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Cidades

Com proibição em MS, conheça opções para substituir murta

Amantes de plantas que exalam perfumes tem outras opções de cultivo sem afetar a produção de citros no Estado

19/11/2024 15h30

Com proibição em MS, conheça opções para substituir murta

Com proibição em MS, conheça opções para substituir murta Foto: Divulgação / extraído da internet

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A lei que proíbe a planta murta em Mato Grosso do Sul foi aprovada, mas enquanto a medida de extermínio não é regulamentada, a planta está sendo substituída aos poucos pela população. 

Essa espécie de dama-da-noite, é hospedeira da bactéria causadora da doença dos citros, "denominada huanglongbing (HLB), que é uma das doenças mais graves e destrutivas da citricultura mundial, tendo em vista que ataca todos os tipos de citros e que, até o momento, não existe tratamento curativo para as plantas doentes".

Comumente usada como “cercas vivas” a planta natural da região asiática compõe atualmente o top 3 de espécies com essa finalidade de cobrir muros e trazer privacidade. De acordo com o mestre em biologia vegetal, Luan Hernandez, a "murta" pode ser substituída esteticamente pelas seguintes plantas: 

  • Tumbérgia Arbustiva 

Com proibição em MS, conheça opções para substituir murtaCerca-viva de Tumbérgia Arbustiva

Muito usada em jardins e cercas vivas, a tumbérgia arbustiva é uma planta de origem africana de porte médio e que produz flores compactas na cor azul com o centro amarelo. Esse arbusto pode ser cultivado em diversos climas, sendo assim uma planta muito versátil para decoração de casas e jardins.

Entre suas principais vantagens estão: 

  • Essa planta pode ser plantada em solo ou em vasos
  • É excelente para formação de cercas vivas e renques junto a muros.
  • Recomenda-se podas de formação
  • Seu aspecto mais compacto é obtido em pleno sol
  • Se desenvolve bem em meia sombra ou sol pleno
  • Seu clico de vida é perene
  • Pode chegar entre 1,8 metros a 2,4 metros 

 

  • Podocarpo (pinheiro de Buda) 

Com proibição em MS, conheça opções para substituir murtaMudas do famoso "pinheiro de Buda"

O Podocarpo (Podocarpus macrophyllus), originário da Ásia e pertencente à família dos pinheiros, é amplamente conhecido como Pinheiro de Buda. Valorizado por sua versatilidade, é frequentemente utilizado em cercas vivas e muros vegetais, além de ser uma excelente opção ornamental em jardineiras e vasos isolados. 

Entre suas principais vantagens estão: 

  • Adequado para cercas vivas de diferentes alturas;  
  • Não perde folhas, tornando-se ideal para áreas próximas a piscinas;  
  • Crescimento rápido e vigoroso;  
  • Alta resistência a diversas condições climáticas;  
  • Proporciona um excelente fechamento visual.  

Sua capacidade de adaptação e facilidade de poda fazem dele uma escolha prática e elegante para diversos projetos paisagísticos.

  • Escova-de-garrafa

A Escova-de-garrafa é o nome popular dado às plantas do gênero Callistemon, que compreende 34 espécies

Com proibição em MS, conheça opções para substituir murtaEscova de Garrafa 

catalogadas, a maioria delas nativa da Austrália. Essas plantas apresentam porte arbustivo ou de arvoreta, podendo atingir entre 3 e 7 metros de altura. Suas folhas, geralmente pequenas, têm formato lanceolado a linear, são verdes, perenes, aromáticas e sésseis, adquirindo uma tonalidade bronzeada com o tempo.

O verdadeiro destaque da escova-de-garrafa está em suas inflorescências, que possuem um formato cilíndrico e são formadas por inúmeros estames longos e coloridos. Essas flores, que surgem esparsamente ao longo do ano e em maior abundância na primavera, são altamente atrativas para beija-flores. No verão, as flores dão lugar a frutos pequenos, lenhosos e fortemente aderidos aos ramos.

Um aspecto curioso dessa planta é seu peculiar mecanismo de dispersão de sementes. Os frutos lenhosos retêm as sementes por longos períodos, liberando-as somente quando as condições ambientais são ideais, como após um incêndio. Esse mecanismo é uma adaptação ao ambiente australiano, onde incêndios florestais fazem parte do ciclo natural de renovação da paisagem.

  • Ipê-Mirim

Com proibição em MS, conheça opções para substituir murtaIpê-mirim

Essa espécie é perene, o que significa que possui grande durabilidade. Suas vibrantes flores amarelas, que lembram as do ipê-amarelo, desabrocham intensamente durante os meses mais quentes e podem persistir até o outono. Além de sua beleza exuberante, essas flores exalam um perfume suave e são altamente melíferas, atraindo borboletas, beija-flores e abelhas.

  • Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical;
  • Origem: América do Norte, América do Sul, Estados Unidos, México;
  • Altura: 3.0 a 3.6 metros;
  • Luminosidade: Sol Pleno;
  • Ciclo de Vida: Perene.

Aroma

Em relação ao cheiro, o professor do Instituto de Biociências da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Flávio Macedo explica que a murta, ela foi muito usada na arborização porque ela é uma árvore pequena, é uma árvore fácil de fazer muda, é uma árvore perene, ela não perde as suas folhas no inverno.

"A murta é uma árvore pequena que você pode plantar embaixo de fiação elétrica, pode fazer podas facilmente nela, que ela não dá cupim e assim por diante. Então, as raízes dela também não são agressivas para a calçada, ela tem várias características muito interessantes para a arborização urbana. No entanto, ela gera muito problema, especialmente porque é uma espécie exótica, realmente ela com o tempo vai ser substituída".

Flávio ainda ressalta que apesar de existirem outras plantas com cheiro marcante, nenhuma pode ser comparada com o cheiro único da murta. Entre as plantas citadas estão: 

  • Dama-da-noite

Com proibição em MS, conheça opções para substituir murtaDama-da-noite (Cestrum nocturnum)

A dama-da-noite (Cestrum nocturnum) é um arbusto semi-lenhoso, de caule ereto e ramificado, conhecido por suas belas e perfumadas flores que desabrocham durante a primavera e o verão. Apesar do nome, é importante não confundi-la com o cacto dama-da-noite (Epiphyllum oxypetalum), que se destaca por produzir apenas uma flor. A dama-da-noite é uma planta vigorosa e de rápido crescimento.

Originário das Antilhas, este arbusto pertence à família das solanáceas, a mesma do tomate. Seu nome é inspirado em seus hábitos noturnos e, assim como uma estrela cadente, a planta é associada a desejos. As flores se abrem ao cair da noite, e há quem acredite que, durante a época de floração, suas pétalas brancas têm o poder de realizar desejos.

  • Aroeira-pimenta

Com proibição em MS, conheça opções para substituir murtaAroeira-pimenta

A Aroeira Pimenteira é uma planta pioneira, frequentemente encontrada em margens de rios, córregos e várzeas, mas também capaz de prosperar em terrenos secos e pobres. Seus frutos são pequenas drupas globosas de cor vermelho-brilhante, muito apreciadas pela avifauna e amplamente utilizadas como condimento na culinária.

Espécies nativas como a Aroeira Pimenteira são altamente recomendadas para projetos de reflorestamento, preservação ambiental, arborização urbana, paisagismo e até plantios domésticos. O reflorestamento, por exemplo, consiste na recuperação de áreas degradadas, seja por ação humana, por fenômenos naturais ou pela passagem do tempo.

No caso de arborização urbana ou paisagismo, é fundamental considerar o espaço disponível para o plantio, evitando problemas como interferência na fiação elétrica ou danos às calçadas.

  • Balsámo

Com proibição em MS, conheça opções para substituir murtaBálsamo

O bálsamo (Sedum dendroideum), originário das Antilhas, é uma planta suculenta de até 60 cm de altura, com folhas brilhantes que enriquecem qualquer jardim. Além de suas características ornamentais, a planta possui propriedades medicinais, sendo utilizada como anti-inflamatório e cicatrizante. No entanto, especialistas alertam: antes de usar medicinalmente, consulte um profissional de saúde.  

  • Local de plantio: Prefere sol pleno, mas também se adapta à meia-sombra. Pode ser cultivado em vasos ou jardineiras com furos para evitar encharcamento.  
  • Substrato: Use um substrato poroso, de baixa densidade, para garantir a drenagem da água.  
  • Regas: Devem ser espaçadas para evitar o excesso de umidade, que pode causar apodrecimento das raízes e infestações fúngicas.  
  • Adubação: Reforce a nutrição com adubação orgânica de 3 a 4 vezes ao ano, complementada por adubos minerais de liberação lenta, seguindo as orientações do fabricante.  

Com esses cuidados simples, o bálsamo pode prosperar e oferecer beleza e funcionalidade ao seu jardim.

Murta proibida

Com proibição em MS, conheça opções para substituir murtaIagro-MS

Essa novela da novela da proibição em Mato Grosso do Sul começou há cerca de quatro meses, após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) listar MS como com registro de ocorrência da chamada doença dos citros. 

Após isso, deputados estaduais aprovaram um projeto de lei que proibia o plantio; comércio; transporte e produção de murta em MS, seguindo onda proibitiva que atingiu várias cidades Estado brasileiros, devido ao potencial destrutivo da hospedeira da doença. 

Com a sanção pelas mãos do governador Eduardo Riedel saindo no fim de agosto, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) ficariam encarregadas de uma série de "próximos passos". 

Seriam funções da Pasta: 

  • Fiscalizar e elaborar um plano de supressão e erradicação da murta em áreas próximas ao cultivo de citrícolas (com substituição por outra);
     
  • Celebrar convênio de cooperação com outros órgãos para conscientizar a população;
     
  • Gestão e operacionalização das medidas necessárias para o cumprimento do plano de supressão e de erradicação de todas as árvores da espécie exótica murta.

Além disso, a Semadesc pode impor condenação, apreensão e destruição da planta, bem como multar de acordo com a quantia em Unidade Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul (UFERMS). 

Caso o infrator seja primário, a pena pode ser convertida em medida socioeducativa com participação em um seminário. 

Setor em desenvolvimento

Resultados do MS Day Internacional em Nova Iorque, feito em maio deste ano, Mato Grosso do Sul tem confirmado a posição de "nova cinturão citrícola" do Brasil, diversificando sua base produtiva e trazendo investimentos para o Estado. 

Como divulgado recentemente pelo Governo do Estado, um desses investimentos somam R$1,2 bilhão, confirmado por representantes da empresa Cambuhy Agropecuária (Grupo Moreira Salles) na data de ontem (05). 

O plantio de laranja na área de Ribas do Rio Pardo, perto de Água Clara, tem investimento previsto ao longo de quatro anos em busca da meta de colher 9 milhões de caixas. 

Conforme o diretor-geral da Cambuhy Agropecuária, Alexandre Tachibana, que traz o negócio de São Paulo para Mato Grosso do Sul, a previsão é que o empreendimento movimente 3,6 mil empregos diretos e indiretos.

Não somente esse empreendimento, como o também gigante do setor, Grupo Cutrale, anunciou em abril deste ano o investimento de R$ 500 milhões para o plantio de 5 mil hectares de laranja em Mato Grosso do Sul. 

Considerada líder em exportações no País, a plantação às margens da rodovia BR-060, na fazenda Aracoara, que fica divisa entre Sidrolândia e Campo Grande, a empresa já previa o plantio de 1.730 milhão de pés de laranja. 

No mesmo mês, Paranaíba recebeu a intenção de plantio de 1.500 hectares do Grupo Junqueira Rodas, que já tinha à época mais 2,5 mil ha previstos para o segundo semestre em Naviraí. 

Titular da Semadesc, como bem esclarece Jaime Verruck, a doença bacteriana conhecida como "greening", que afeta a produtividade, fez muitas empresas migrarem de São Paulo para Mato Grosso do Sul. 

“A citricultura vai bem nas áreas mais arenosas, com menor teor de argila e isso é importante. Como a laranja está vindo com sistemas de irrigação, nós temos aí uma perspectiva de investimentos altos, mas com alta produtividade. Além do clima, solo e áreas disponíveis, notamos em especial a migração de produção de laranjas de São Paulo para MS em função da doença”, explicou.

**(Colaborou Laura Brasil e Léo Ribeiro)

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Cidades

Conteúdo de cofre apreendido no TJMS frustra Polícia Federal

Item foi retirado do prédio do órgão público durante a Operação Ultima Ratio, que investiga possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais no Poder Judiciário de MS

19/11/2024 14h00

Além do cofre, foram apreendidos no TJMS documentos, pastas e bolsas

Além do cofre, foram apreendidos no TJMS documentos, pastas e bolsas Marcelo Victor/Correio do Estado

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Durante a Operação Ultima Ratio, deflagrada no dia 24 de outubro, a Polícia Federal retirou das instalações do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), dentre outros itens, um cofre que aparentava estar pesado, visto que foi transportado por três agentes que o carregavam em uma cadeira de escritório com rodinhas.

Em algumas situações, a Polícia Federal chama um especialista para abrir o cofre no local, a fim de acessar o conteúdo com rapidez e facilidade. Mas, na ocasião, os agentes fizeram uma força tarefa para apreender o item e transportá-lo.

Agora, com exclusividade ao Correio do Estado, o delegado da Polícia Federal, Marcos Damato, revelou que "não havia nada relevante" no interior do cofre.

Confira o momento em que o cofre foi carregado até a viatura policial:

 

Durante a operação, também foram retiradas do prédio do TJMS bolsas cheias de documentos. No entanto, maiores informações a respeito do conteúdo dos demais materiais apreendidos ainda não foram fornecidas.

Ultima Ratio

"Operação Ultima Ratio", deflagrada pela Polícia Federal em 24 de outubro, é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, de 2021, na qual foram apreendidos materiais que levaram as autoridades a identificar a existência de possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.

As investigações resultaram no afastamento de cinco desembargadores, um juiz de primeira instância, um procurador do Ministério Público Estadual (MPE) e um conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE).

De tornozeleira eletrônica

Além de afastados de suas atividades por 180 dias, o Superior Tribunal Federal (STF) determinou que os desembargadores Marcos Brito, Vladimir Abreu, Sérgio Martins (presidente do TJ), Sideni Pimentel e Alexandre Aguiar Bastos façam o uso da tornozeleira eletrônica. Eles também estariam proibidos de manter contato uns com os outros e de acessar as dependências dos órgãos públicos.

Apesar de resistência, na noite do dia 5 de novembro, 12 dias após a operação, os investigados compareceram à Unidade Mista de Monitoramento Virtual da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para fazer a instalação do aparelho de monitoramento.

Apesar da ordem do ministro do STF também incluir restrição de contato entre os investigados, que não deveriam se encontrar, tudo indica que o pedido também não estava sendo respeitado, já que os cinco desembargadores foram juntos fazer a instalação da tornozeleira eletrônica.

O delegado da PF, Marcos Damato, disse à reportagem que a Polícia Federal não realizou inquirições com os investigados, e aguarda posicionamento do STF sobre o prosseguimento das investigações.

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