Cidades

APELAÇÃO

Antes de encarar novo julgamento por assassinato, advogada pede para aumentar pena de Jamilzinho

Condenado a 23 anos por mandar matar estudante de Direito, mãe da vítima quer que sentença suba para 35 anos

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Um mês e três dias depois de condenado a 23 anos e seis meses de prisão por ser apontado como mandante do assassinato do estudante de Direito Matheus Coutinho Xavier, então com 19 anos de idade, ocorrido em abril de 2019, em Campo Grande, Jamil Name Filho, o Jamilzinho, 46, terá a sentença examinada pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

É que a mãe do rapaz, Cristiane de Almeida Coutinho, 48, advogada e que atuou no julgamento como assistente do MPMS (Ministério Público de MS), pediu que a pena contra o réu seja aumentada em mais 12 anos. Assim sendo, o réu pegaria 35 anos de cadeia. 

Provável revés na condenação de Jamilzinho, também conhecido como Guri, pode acontecer há meses de outro julgamento, também por homicídio, contra o condenado.  

Já sentenciado a 46 anos de prisão, Jamilzinho, encarcerado em presídio de Mossoró (RN), desde de 2019,  deve ser julgado até dezembro por ter sido o também mandante do assassinato de Marcel Costa Hernandes Colombo, o “Playboy da Mansão”, crime ocorrido na madrugada do dia 18 de outubro de 2018, perto de cinco anos atrás, também em Campo Grande. 

RECURSO POR PRISÃO MAIOR 

Na apelação pelo aumento da pena contra Jamilzinho e os outros dois réus também sentenciados pelo assassinato do estudante de Direito, a advogada e mãe da vítima listou situações como tentativa de incriminar ainda mais os sentenciados. 

Uma delas: 

“Veja que estamos diante de 3 (três) acusados, cuja fama transcende os autos. Jamil Name Filho sempre foi temido por seu comportamento ultrajante e violento, sendo pessoa que se envolveu em inúmeros crimes, inclusive outro júri futuro [o do Playboy da Mansão], onde se noticia outro crime de morte por mera futilidade em razão de uma discussão em uma casanoturna”. 

Ainda segundo o recurso da assistente do MPMS, “... neste ponto, destaca-se, inclusive, que o réu em seu julgamento no próprio plenário do Júri, encarava de forma fixa e ameaçadora para o pai da vítima na hora de seu depoimento, momento em que o Juiz de Direito Dr. Aluísio,interrompeu o depoimento (do pai da vítima Paulo Roberto Teixeira Xavier) para perguntar se preferiria que o réu fosse retirado do plenário”. 

Noutro trecho da apelação, Cristiane de Almeida comenta sobre o outro réu que foi condenado junto com Jamilzinho pela morte do estudante de Direito: 

“Marcelo Rios teve 02 vídeos exibidos durante o julgamento, sendo que em um dos vídeos, agride com socos e chutes um idoso, inclusive quando este último já estava caído no chão, e no outro vídeo agride violentamente um rapaz acuando-o contra a parede. Agressivo, inescrupuloso, a humanidade afastou-se em muito deste ser humano, aliás, em seu interrogatório resta evidente que em suas próprias palavras, sua personalidade e comportamento social são desvirtuados”. 

OS ASSASSINATOS 

O estudante de Direito, segundo apurou o MPMS, foi morto no lugar do pai, Paulo Xavier, que seria o alvo de Jamilzinho. O rapaz tirava a caminhonete do pai da garagem para, depois, seguir com seu carro para a faculdade. Assim que saiu na rua foi fuzilado por pistoleiros, que acharam tratar-se de Xavier.

Xavier, o pai do rapaz, trabalhava para a família de Jamilzinho. Ele é policial militar reformado. 

Noutro julgamento cuja data ainda não foi divulgada, Jamilzinho foi denunciado por mandar matar o conhecido Playboy da Mansão. Pelo apurado, o réu havia discutido com o rapaz, anos atrás numa boate, em Campo Grande.

Em outubro de 2018, a vítima foi baleada pelas costas, num bar, enquanto conversava com um casal de amigos. Morreu ali. 

Jamizinho é apontado como chefe de milícia armada. Antes de preso, em 2019, ele empregava como seguranças, geralmente, integrantes de forças oficiais, como Guarda Municipal, Polícia Civil e Militar. 

 

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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