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Aos 70 anos, Correio do Estado promove debate sobre futuro de Campo Grande

Evento Campo Grande Que Queremos será realizado no dia 7 de agosto e vai ouvir especialistas em diversas áreas

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No ano de comemoração de 70 anos do Correio do Estado, o jornal traz um presente para a cidade, por meio do evento “Campo Grande Que Queremos”, um painel que reunirá especialistas nas principais áreas, como saúde, educação e infraestrutura, e que tem por objetivo debater mudanças para tornar a Capital sul-mato-grossense um lugar melhor.

O evento acontece no dia 7 de agosto e será transmitido ao vivo pelo Youtube no Correio do Estado e pelas redes sociais do jornal e não terá vínculo com nenhum político.

As conclusões e ideias discutidas neste dia serão compiladas pela equipe do Correio do Estado e entregue para todos o candidatos à prefeito de Campo Grande em forma de livro, como uma sugestão para que as medidas propostas entrem em seus planos de governo.

O diretor do jornal, Marcos Fernando Alves Rodrigues, lembrou que a postura do Correio do Estado foi de sempre pautar discussões importantes sobre a cidade.

“O Correio do Estado sempre participou ativamente das discussões das soluções para os problemas de Campo Grande, e desta vez não será diferente. Olhar para o futuro, é uma forma de retribuir tudo o que esta cidade nos proporcionou neste 70 anos”, declarou.

O evento terá oito temas principais: Segurança Pública; Educação; Saúde; Saneamento Básico e Meio Ambiente; Plano Diretor; Planejamento Tático de Cidades e Soluções Sustentáveis no Trânsito da Cidade Trânsito; Inovação de Sistema Construtivo; e Construção Civil.

Cada tema terá um especialista para debater sobre soluções e ideias para o futuro da Capital. Sobre Segurança Pública o responsável será o promotor de justiça Douglas Oldegardo, que é Pós-graduado em Direito Penal e Processual Penal e se destaca por sua atuação no combate à corrupção e na defesa dos direitos fundamentais.

“O evento ‘Campo Grande Que Queremos’, promovido pelo Correio do Estado, é uma oportunidade singular para a sociedade campo-grandense debater seus rumos e suas aspirações, de forma transparente e democrática”, destacou Oldegardo a reportagem.

Quem promoverá a discussão de ideias sobre a Educação será o doutor em Educação e ex-senador Pedro Chaves dos Santos Filho. O empresário é fundador e ex-reitor da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp).

“O ‘Campo Grande que Queremos’ é mais um compromisso com o futuro e o bem-estar da nossa cidade. Este evento oferece uma plataforma crucial para os cidadãos expressarem suas ideias, sugestões e preocupações, com o objetivo comum de impulsionar melhorias significativas em várias áreas vitais. Na educação, podemos debater maneiras para melhorar a qualidade do nosso ensino e para a valorização dos profissionais, além de proporcionar um ambiente de aprendizagem moderno, inclusivo e inovador”, declarou Chaves. 

A Saúde terá como convidado o gerente administrativo do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, Carlos Alberto Coimbra, que é especializado em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e mestre em Gestão de Serviços de Saúde pela Universidade de São Paulo (USP).  Esse assunto também terá a especialista em Neurologia Pediátrica pela Universidade de São Paulo (USP), Gisele Tannus.
Coimbra classificou o evento como importante para promover a discussão sobre problemas da sociedade.

“As vezes o Poder Público está distante demais para saber o que a sociedade está pedindo e esse encontro vai trazer várias pessoas da sociedade, especialistas em várias áreas para discutir problemas. É importante que nós possamos discutir os problemas, mas também sugerir soluções”, afirmou. 

Sobre o Saneamento Básico e Meio Ambiente serão ouvidas ideias do geólogo de formação e atual diretor-presidente da Águas Guariroba, Themis Oliveira. Também estará presente  nessa conversa o empresário, administrador e superintendente da Solurb, Elcio Terra.

Themis Oliveira, diretor-presidente da Águas Guariroba

“Cabe aos prefeitos e vereadores a responsabilidade e o desafio de implantar políticas públicas que contemplem diferentes setores da sociedade. Um debate como este possibilita reflexões importantes, pois os candidatos têm a oportunidade de conhecer e entender os gargalos da população com a visão de técnicos e especialistas em assuntos diversos, podendo assim calibrar suas propostas e ações de forma embasada. É uma poderosa chance que temos enquanto sociedade de enriquecer os planos de governo e incentivar projetos que de fato farão diferença no município”, disse Themis.

O tema Plano Diretor terá como especialistas a diretora-presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), Berenice Maria Jacob Domingues, doutora em Urbanismo pela Universidade de Brasília (UnB), e o arquiteto e urbanista Ângelo Arruda, que ajudou a construir o texto do Plano Diretor da Capital.

“Construir a Campo Grande que queremos é uma tarefa de todos, pois somos nós que vivemos a cidade, razão pela qual é importante reunir diversos setores neste evento, para discutir e traçar perspectivas que consolidem o Município como uma Capital repleta de atributos essenciais para o desenvolvimento econômico, com a garantia da sustentabilidade e da justiça social”, disse Berenice.

Berenice Jacob Domingues, diretora-presidente da Planurb

“Se eu fosse um dos candidatos, absorveria 100% do que for passado neste painel, que terá vários especialistas, e colocaria na minha plataforma de candidato, porque vamos entregar prospotas prontas para a cidade”, enfatizou Ângelo Arruda.

Em relação ao tema Planejamento Tático de Cidades e Soluções Sustentáveis no Trânsito da Cidade Trânsito, os convidados foram o doutor em Planejamento Urbano e Regional pela USP Fernando Madeira e a secretária-adjunta da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Andréa Luiza Torres de Figueiredo da Silva.

O empreendedor com mais de 20 anos de experiência em tecnologia e negócios, Geraldo Moura, falará sobre Inovação de Sistema Construtivo.

Já o último assunto a ser abordado, que será a Construção Civil, terá como especialista o presidente do Sindicato da Habitação de MS (Secovi-MS), Geraldo Paiva, e o presidente da Federação dos Trabalhadores na Construção Civil de Mato Grosso do Sul (Fetricom-MS), José Abelha.

“Campo Grande recebe a vários anos o reconhecimento de estar entre as melhores capitais do Brasil para se investir e morar.  Temos problemas causados pelo crescimento, falta de planejamento e perca de oportunidades o que nos impede de ser a melhor capital para se mora e criar sua família”, afirmou Paiva sobre os desafios da cidade.

A conversa com os especialistas será mediada pela jornalista Laureane Schmidt.

MATO GROSSO DO SUL

Primavera terá recorde histórico de calor e chuva abaixo da média

Estação será extremamente quente, abafada e calorenta, com temperaturas altíssimas e retorno das chuvas

19/09/2024 10h15

Primavera começa neste domingo (22) em Mato Grosso do Sul

Primavera começa neste domingo (22) em Mato Grosso do Sul ARQUIVO/CORREIO DO ESTADO

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Primavera começará às 8h44min de 22 de setembro e terminará às 5h20min de 21 de dezembro de 2024 em Mato Grosso do Sul.

A estação é caraterizada pela

  • Floração de plantas
  • Aumento da umidade
  • Retorno das chuvas
  • Dias mais longos/noites mais curtas
  • Transição entre inverno (seca) e verão (chuvoso)

De acordo com prognóstico divulgado pelo meteorologista Natálio Abrahão, a estação será extremamente quente, abafada e calorenta, com temperaturas altíssimas.

Segundo o meteorologista, outubro será o mês mais quente do ano. Além disso, as chuvas retornam, com possibilidade de tempestades e enchentes.

Há 66% de probabilidade de ocorrência de La Niña de novembro/dezembro de 2024 a março de 2025.

Mas, também há 55% de chance de um evento climático neutro se manter até o final do ano e seguir até o começo do outono de 2025.

CHUVA

As chuvas retornarão, nesta estação de primavera, em Mato Grosso do Sul. Mas, ficarão com volumes abaixo da média.

A precipitação aliviará a seca e estiagem que predominam no estado há meses e resultaram em incêndios no Pantanal Sul-matogrossense.

Com a chuva prevista, queimadas podem reduzir em intensidade e frequência nas regiões centro, sul, sudoeste e sudeste de Mato Grosso do Sul. Mas, chances de ocorrer queimadas não estão descartadas.

O período de chuvas começará com pancadas rápidas, trovoadas e descargas elétricas.

As pancadas ocorrem nas primeiras horas da tarde, prosseguem para o fim da tarde e vão até o começo da noite.

Pode haver tempestades com chuva forte, grandes volumes em curto espaço de tempo, ventos de 60-70 km/h, raios, relâmpagos, trovoadas e granizo. Pode ocorrer enchentes e inundações.

Umidade relativa do ar melhora com a ocorrência de chuvas, mas, pode atingir valores de emergência em alternância, devido à formação de áreas de instabilidade com pancadas de chuvas isoladas e ventos fortes. Valores mínimos abaixo dos 20% são possíveis entre setembro e o mês de outubro.

“Em outubro, o período de chuvas será mais dentro das médias, regular com o prognostico de chuva mais ao Sul e Central e mais irregular em todas as outras regiões. A região Norte e parte do Nordeste deve em atraso no início das chuvas ficar próximo ou ligeiramente abaixo das médias para o estado. Em novembro, há chance de enchentes e as chuvas podem ficar localmente acima das médias em algumas nas regiões do Sul e Sudoeste e dentro das médias nas regiões Norte, abaixo no Nordeste e Oeste do Estado. Pancadas de chuva, trovoadas e rajadas de ventos, até fortes surgem nos fins de tarde e à noite”, explicou o meteorologista.

CALOR

O calor será intenso, nesta estação de primavera, em Mato Grosso do Sul.

Dias serão quentes, abafados e calorentos, com temperaturas altíssimas. Segundo Abrahão, outubro será o mês mais quente do ano.

Temperaturas máximas poderão variar entre 37ºC e 44ºC, em função

da forte radiação solar e da incidência vertical dos raios solares, atingindo os maiores termômetros da história de MS.

Haverá dias muito quentes, mas com menor frequência na região centro, nordeste, oeste e leste do Estado. Ou seja, haverá dias muito quentes, mas não dias seguidos de calor intenso. A radiação ultravioleta atingirá níveis máximos durante a primavera.

VENTO

De acordo com Abrahão, ventos mais fortes e intensos podem ser identificados no Sul, Sudoeste, Sudeste e Centro do Estado, principalmente no mês de outubro e parte de novembro.

Há 90% de probabilidade em ocorrer danos consideráveis no Centro-Sul, 70% nas regiões Sudeste e Leste e de 50% nas regiões Oeste e Norte do estado causados por ventos de rajadas e pancadas muito fortes de chuvas.

A chegada de frentes associadas aos ventos fortes pode trazer também, descargas elétricas, trovoadas e pancadas de chuva associados ao granizo nesses dois primeiros meses da estação.

MATO GROSSO DO SUL

Corpo de indígena segue em perícia 24h após assassinato em MS

Peritos federais realizam o procedimento pericial no corpo de Nery no município de Ponta Porã

19/09/2024 09h59

Kaiowá morto deixa bebê de 11 meses e se junta à triste lista que já vitimou outros 3 na mesma Terra Indígena

Kaiowá morto deixa bebê de 11 meses e se junta à triste lista que já vitimou outros 3 na mesma Terra Indígena Reprodução

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Passado mais de 24 horas da morte registrada na Terra Indígena Ñanderu Marangatu na madrugada de quarta-feira (18), o corpo de Nery Ramos da Silva Guarani Kaiowá ainda segue sem liberação para ser velado por seus patrícios residentes na TI de Antônio João. 

Informações obtidas com o advogado do Conselho Missionário Indigenista apontam que até por volta de 10h da manhã de hoje (19), o corpo de Nery seguia em posse da perícia, sem previsão de quando será liberado para velório. 

Distante cerca de 280,9 km da Capital de Mato Grosso do Sul, importante destacar que a TI foi alvo de homologação ainda em 2005, anulada posteriormente no mesmo ano pelo até então Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim. 

Cabe lembrar que, a mais recente escalada de violência contra os povos originários de Mato Grosso do Sul começou no último dia 12, quando os indígenas fizeram ação para retomada da propriedade onde hoje existe a chamada Fazenda Barra, ocasião em que três acabaram feridos, como bem acompanhou o Correio do Estado

Peritos federais realizam o procedimento pericial no corpo de Nery no município de Ponta Porã.

Conflito 

Nery foi morto durante ação acompanhada por forças policiais sul-mato-grossenses, sendo que desde o primeiro momento já era apontado para uma possível execução, já que o tiro fatal teria atingido a região da nuca do Guarani Kaiowá. 

Diante da violência, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) inclusive emitiu nota, com pedido de afastamento imediato do Policial Militar responsável pelo disparo, acionando inclusive Polícia e Ministério Público Federal, bem como Defensoria Pública da União. 

Importante ressaltar, também, que os agentes da Força Nacional não estavam na Terra Indígena, uma vez que foram destacados apenas para acompanhar membros da Coordenação Regional da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), de Ponta Porã. 

Ou seja, baseados no município de Douradina, no Mato Grosso do Sul, estavam distantes cerca de 182 km de onde aconteceu o conflito que vitimou Nery Ramos da Silva Guarani Kaiowá.  

Assassinado aos 23 anos, Neri Ramos da Silva Kaiowá deixa um bebê de 11 meses, somando-se a outros três nomes mortos desde a década de 80 nessa mesma Terra Indígena de Antônio João, sendo: 

  • 1983 | Marçal de Souza: morto em casa com 5 tiros, na Aldeia Campestre 
  • 2005 | Dorvalino Rocha: morto com 2 tiros por segurança privado de fazendas da região. 
  • 2015 | Simião Vilhalva: morto com tiro na cabeça durante conflito por terras

Briga pela terra

À espera de uma resposta há praticamente 20 anos, a derrubada da homologação em 2005 da Terra Indígena contou com apoio da atual dona da fazenda em que Nery foi morto, segundo informações da Mobilização Nacional dos Povos Indígenas. 

Roseli Ruiz é dona da fazenda que, atualmente, conta com proteção da Polícia Militar por meio de rondas, além de um pelotão designado para proteção dos proprietários e funcionários da propriedade. 

A decisão sob a qual a polícia age foi inclusive estendida, para que as forças policiais garantam o "ir e vir" dos funcionários e "proprietários" da fazenda, desde a rodovia até a sede, num percurso de mais de 10 quilômetros. 

A família Ruiz, como ressalta a Mobilização Nacional Indígena, esteve envolvida na ação de fazendeiros que, em 2015, vitimou o indígena Simeão Vilhalva, que foi baleado na cabeça em dezembro de 2015. 

Com diploma em antrologia, Roseli foi indicada pelos partidos Liberal (PL) e Republicanos, como uma "especialista" para - participar da audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal, marcada para o próximo dia 23, sobre a constitucionalidade do marco temporal. 

Inclusive, a advogada ruralista Luana Ruiz - filha de Roseli Ruiz e Pio Queiroz Silva, proprietários da Fazenda Barra -, como destaca o Conselho Indigenista, atua na assessoria especial da Casa Civil de Mato Grosso do Sul. 

Segundo apuração do Cimi, a advogada atuou na ação deferida pela Justiça Federal de Ponta Porã, em busca da proteção da Fazenda Barra, através da decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) 

Agora, os indígenas pedem revogação dessa decisão que, segundo os indígenas, "ampara, ilegitimamente, a presença violenta da Polícia Militar no território homologado".

**(Colaboraram Alanis Netto e Daiany Albuquerque) 

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