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Apesar do reajuste, arrecadação de IPTU em Campo Grande encolhe

Estimativa da administração municipal era de aumento da ordem de 29%. Na prática, porém, o faturamento recuou 0,6%, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (15)

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Apesar do reajuste de 4,12% no valor do IPTU emitido no começo do ano em Campo Grande e dos novos imóveis sobre os quais passou a incidir o imposto ao longo de 2024, a arrecadação com o imposto sobre os imóveis na Capital encolheu 0,6% na comparação entre os doze meses encerrados em abril na comparação com igual período do ano anterior. 

Dados relativos ao primeiro quadrimestre deste ano, publicados nesta quinta-feira (15) no diário oficial da prefeitura de Campo Grande, revelam que o IPTU garantiu R$ 640,4 milhões aos cofres públicos nos últimos doze meses. Nos doze meses encerrados em abril do ano passado, por sua vez, o mesmo imposto havia gerado R$ 644,2 milhões.

Se forem levados em consideração somente os quatro primeiros meses deste ano em comparados com o mesmo período de 2024, o faturamento até que apresenta um leve aumento, de 2,2%, índice inferior ao da inflação do período, de 5,5%. No primeiro quadrimestre do ano passado entraram R$ 224,8 milhões, ante R$ 220,1 milhões. 

O mau desempenho na arrecadação também fica evidente quando forem levados em consideração as estimativas da prefeitura, que espera arrecadar R$ 1,2 bilhão em 2025. Em abril do ano passado, esta previsão era de R$ 930 milhões. Ou seja, havia expectativa de aumento de 29%. Na prática, porém, ocorreu recuou de 0,6%. 

SALVAÇÃO DA PÁTRIA

Mas, se a receita com IPTU está em declínio, o faturamento com ISS, que incide sobre prestadores de serviço como oficinas, salões de beleza, bancos, concessionárias de serviços públicos, entre outras, não para de crescer e passou a ser a principal fonte de recursos da administração municipal. 

Entre maio do ano passado e abril deste ano o ISS garantiu R$ 688,2 milhões ao caixa municipal, ante R$ 621,9 milhões nos doze meses anteriores. Isso representa aumento 10,6%. O ritmo do crescimento, porém, foi menor que nos anos anteriores. Ao final do primeiro quadrimestre do ano passado, a alta havia sido de 15,8%.

Os dados relativos ao primeiro ano da atual gestão da prefeitura Adriane Lopes à frente da prefeitura ajudam a mostrar a importância que o ISS vem tomando nos cofres municipais. Ao final do primeiro quadrimestre de 2023 (um ano depois da renúncia de Marquinos Trad), o ISS havia rendido R$ 373 milhões em 12 meses. Na comparação com o balanço divulgado nesta quinta-feira, o aumento é de 84,5%. 

Uma das principais explicações para este aumento é a contratação de cerca de 60 auditores fiscais, que fizeram da fiscalização sobre o ISS sua principal bandeira de atuação. 

REPASSE ESTADUAL

Já com aquela que é terceira principal fonte de recursos, o ICMS, a situação é semelhante à do IPTU. Os repasses diretos do Governo do Estado para a prefeitura de Campo Grande seguem recuando em valores reais, já que o aumento foi inferior ao índice da inflação. 

Ao final de abril do ano passado haviam sido R$ 514,8 milhões, ante R$ 521,7 milhões agora. Isso representa alta de  apenas 1,4%. Se ao menos a inflação tivesse sido reposta, o repasse de agora teria de ter subido para R$ 543,1 milhões. Ou seja, em valores reais, Campo Grande perdeu R$ 21,4 milhões no que se refere aos repasses diretos de ICMS. 

A tendência, porém, é de que essa situação melhore. Na comparação entre o primeiro quadrimestre do ano passado e igual período de 2025, os repasses de ICMS tiveram alta de 9,4%, passando de R$ 159,2 milhões para R$ 174 milhões. 

Isso ocorre porque a Capital passou a receber fatia um pouco maior do bolo do ICMS. Da arrecadação total, 25% o Estado divide entre os municípios. Deste montante, Campo Grande recebe 12,2%. No ano passado, este índice, que vinha em queda havia mais de uma década, foi de 11,9%. 

No primeiro ano da administração de Adriane Lopes, que no segundo turno de 2024 teve apoio do governador Eduardo Riedel para sua reeleição, o repasse de ICMS havia sido de R$ 457 milhões. Em três anos, a alta foi de 14%, o que não repõe a inflação. 


 

MATO GROSSO DO SUL

'Cabeça' do tráfico no interior, "Grego" é preso por policiais do Denar

Mandado de prisão foi cumprido contra homem apontado como líder da organização criminosa, há aproximadamente um ano sob a mira de investigações

20/12/2025 13h01

"Grego" foi preso longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital, em Três Lagoas Reprodução/PCMS

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Durante cumprimento de mandado de prisão nesta última sexta-feira (19), policiais da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) prenderam um indivíduo popularmente conhecido como "Grego", identificado como o "cabeça" em um esquema de tráfico de drogas no interior de Mato Grosso do Sul, longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital. 

Em Três Lagoas, conforme divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, o mandado de prisão foi cumprido contra o homem apontado como líder da organização criminosa, que está sob a mira de investigações há aproximadamente um ano. 

Essas apurações, ainda segundo a PCMS, identificaram uma verdadeira "teia" criminosa que atuava por diversos municípios sul-mato-grossenses, agindo desde o transporte até a distribuição das substâncias entorpecentes. 

Esquema no interior

Informações repassadas pela Denar detalham os levantamentos da Delegacia, que indentificou um transporte do tráfico que começava na região do fronteira da Bolívia, na "Cidade Branca" de Corumbá. 

A partir do "coração do Pantanal", as substâncias eram distribuídas e abasteciam desde Ribas Rio Pardo, Inocência e Três Lagoas, chegando até mesmo à "Cidade Morena" Capital do MS, tudo através de "rotas previamente definidas e com divisão de tarefas entre os integrantes do grupo", explica a PCMS em nota. 

Além disso, segundo apurado nas investigações, até mesmo casas de prostituições serviriam como pontos usados pelo grupo, servindo especialmente como espaços para a comercialização dos entorpecentes, mas também para movimentar os valores ilícitos e dificultar o restreamento do dinheiro movimentado pela quadrilha. 

Com as investigações a autoridade policial pÔde representar pela prisão preventiva de "Grego", o que foi deferido pelo Poder Judiciário, para posterior monitoramento prévio realizado pelos agentes policiais em Três Lagoas. 

Como esse investigado cumpria uma pena em regime aberto, os policiais identificaram que ele não estaria residindo nos endereços cadastrados e, após a confirmação da sua localização o homem pôde ser preso preventivamente. 

"Cabeças caindo"

Essa, vale lembrar, não é a primeira vez neste ano que forças de segurança pública sul-mato-grossenses "derrubam" indivíduos identificados como "cabeças" em esquemas criminosos. 

Ainda em agosto as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal (PC, PM e PRF), junto da  Coordenadoria de Perícias e Grupo Aéreo, prenderam Melquisedeque da Silva no município de Sonora, a 360 quilômetros de Campo Grande. 

Investigações identificaram esse homem como o então atual líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) no município, envolvido em um caso recente de homicídio na cidade de Coxim.

Já no começo desse mês, agentes da Polícia Federal prenderam em Três Lagoas um portugês foragido do País lusitano, incluído inclusive na difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), "condenado por estar envolvido em uma rede transnacional de distribuição de entorpecentes", segundo a PF. 

Além disso, há cerca de dez dias a Operação "Casa Bomba II" também prendeu chefes de organização criminosa, em uma ação que envolveu helicóptero, o batalhão de choque e o Canil.

Foram cumpridos dois mandados de prisão para os chefes da organização, e outras quatro pessoas foram conduzidas à Delegacia de Maracaju por estarem com porções fracionadas da ‘mercadoria’.

 

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SAÚDE

Mato Grosso do Sul tem três casos confirmados da gripe K

Casos foram confirmados em Campo Grande (1), Nioaque (1) e Ponta Porã (1)

20/12/2025 12h00

UPA Tiradentes em Campo Grande

UPA Tiradentes em Campo Grande MARCELO VICTOR

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Ministério da Saúde confirmou três casos da gripe K, nesta sexta-feira (19), em Mato Grosso do Sul.

O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MS) identificou a presença do vírus e enviou a amostra para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo (SP), onde positivou para o subclado K da Influenza A (H3N2).

Os casos foram confirmados em Campo Grande (1), Nioaque (1) e Ponta Porã (1). Os infectados são:

  • bebê de cinco meses, do sexo feminino
  • mulher de 73 anos
  • homem de 77 anos

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS), dois pacientes não apresentavam comorbidades, enquanto um possuía histórico de hipertensão e diabetes.

Apenas um dos casos evoluiu para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com necessidade de internação hospitalar. Atualmente, todos já estão bem, já se recuperaram e estão em casa.

Os três pacientes não possuem registro de viagem internacional, contato com viajantes ou relato de deslocamento para outros estados.

Até o momento, quatro casos foram confirmados no Brasil, sendo três em MS e um no Pará. Após a confirmação, a SES-MS emitiu alerta epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do Estado.

Veja a nota compartilhada pelo Ministério da Saúde:

"Ministério da Saúde intensificou as ações de vigilância da Influenza A (H3N2), em especial do subclado K, que, na América do Norte, tem sido mais frequente em países como Estados Unidos e Canadá. A medida ocorre em resposta ao alerta epidemiológico emitido pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), que aponta aumento de casos e de internações por gripe em países do hemisfério norte associados a esse vírus, incluindo países da Europa e da Ásia.

No Brasil, até o momento, foram identificados quatro casos do subclado K: um importado, no Pará, associado a viagem internacional, e três no Mato Grosso do Sul, que seguem em investigação para confirmação da origem. A amostra do caso do Pará foi analisada pela Fiocruz/RJ, laboratório de referência nacional, enquanto as amostras do Mato Grosso do Sul foram processadas pelo Instituto Adolfo Lutz (SP). Nas duas situações, os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) dos respectivos estados identificaram a presença do vírus e enviaram para os laboratórios de referência nacional para sequenciamento, conforme os protocolos da vigilância".

Veja a nota compartilhada pela SES-MS:

"A SES (Secretaria de Estado de Saúde) informa que, considerando a Nota do Ministério da Saúde e o Alerta Epidemiológico emitido pelo Estado, foram detectadas três amostras do subclado K da Influenza A (H3N2) em Mato Grosso do Sul. Ressalta-se que não se tratam de casos suspeitos, uma vez que todos já foram confirmados laboratorialmente por meio de vigilância genômica. As amostras foram inicialmente processadas pelo Lacen/MS (Laboratório Central de Saúde Pública), que identificou a presença do vírus Influenza A. Conforme os protocolos estabelecidos pela vigilância em saúde, as amostras biológicas foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz (SP), laboratório de referência nacional, onde foi realizado o sequenciamento genético que permitiu a identificação do subclado K, uma variante do vírus Influenza A (H3N2).

Quanto à existência de casos suspeitos no estado, a SES esclarece que não é possível afirmar com precisão, uma vez que a Influenza A (H3N2) é um vírus que já circula regularmente. Pessoas com síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave podem estar infectadas por diferentes vírus respiratórios, como Influenza A (H1N1 ou H3N2), Influenza B, covid-19 ou outros agentes. A identificação do subclado ou da variante do vírus somente é possível por meio do sequenciamento genético, realizado no âmbito da vigilância laboratorial. Diante da confirmação dos casos, a SES, por meio da Coordenadoria de Emergências em Saúde Pública, emitiu Alerta Epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do estado".

GRIPE K

Gripe K é uma variação genética da Influenza A (H3N2) e não se trata de um vírus novo.

As vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protegem contra formas graves de gripe, inclusive as causadas pelo subclado K.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o subclado K tem apresentado crescimento acelerado na Europa e Ásia.

Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum:

  • febre
  • dor no corpo
  • dor de cabeça
  • dor de garganta
  • tosse
  • cansaço
  • falta de ar

As principais formas de evitar a doença são:

  • vacinação
  • ventilação de ambientes
  • uso de álcool gel
  • higienização das mãos
  • uso de máscara para pessoas infectadas

Até o momento, não há indícios de gravidade ou alarmismo. 

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