Um dos apontados como responsável por assalto de joalheria no centro de Campo Grande, no dia 18 de setembro, foi encontrado morto três dias após o crime, na manhã de quinta-feira (21), no bairro Jardim Centro-Oeste.
Ao que tudo indica, Lucas Matheus Novais, de 23 anos, morreu de overdose. Moradores do bairro chegaram a vê-lo "jogado" na calçada durante a madrugada, e o ajudaram oferecendo vestimentas - já que ele vestia apenas uma cueca - e comida. Já de manhã, ao checar o jovem, que permanecia no mesmo local, constataram o óbito. A Polícia Civil foi acionada.
O jovem foi identificado pelo proprietário da joalheria como o assaltante que aparece com uma camisa social rosa nas imagens de câmeras de segurança. Lucas chegou a fazer um orçamento com uma funcionária da loja antes de anunciar o crime. Veja o vídeo:
Motorista morreu em confronto com o Choque
Lucas foi o segundo de três envolvidos no crime que veio a óbito. Pouco mais de 24 horas após o assalto à joalheria, localizada na Rua Padre João Crippa, a 50 metros de uma delegacia, o homem acusado de ser o motorista da dupla responsável pelo assalto, Luciano Rosa da Silva, de 47 anos, morreu em confronto com o Batalhão de Choque no Jardim Noroeste.
Em coletiva realizada após a morte de Luciano, no dia 19 deste mês, o Coronel Rocha do Batalhão de Choque revelou que todos os envolvidos do crime já haviam sido identificados, e que eram faccionados, o que poderia indicar que poderia haver mais envolvidos na dinâmica do assalto.
"Pode ter alguém orquestrando; passando informação; liderando ou gerenciando, mas nessa foram os dois que entraram e o terceiro que estava no Fiesta Hatch pronto para dar fuga", disse.
Conforme o Batalhão, Luciano esperou enquanto os parceiros cometiam o crime, localizado em uma residência na rua do Bananal. Em descrição, ele teria entrado correndo em casa ao perceber a equipe policial.
O relato, segundo Choque, segue detalhando que houve ordem para que ele colocasse as mãos na cabeça, momento em que Luciano teria disparado contra os policiais.
"Em determinado momento tenta a abordagem e já nesse primeiro contato esse indivíduo passa a atirar contra a equipe, onde é prontamente dada a resposta adequada. Ele é atingido, desarmado e socorrido, vindo a óbito posteriormente. Ele tenta correr, mas vê que não vai conseguir e atira contra a equipe. No bairro Noroeste, não sei se falei", justificou o coronel.
Rocha ainda ressalta o que chama de "audácia" dos indivíduos, dada a localização da ação criminosa que, por considerar diferenciada, necessitou do empenho de boa parte do efetivo operacional diário do Batalhão de Choque.
"Batalhão de Choque sempre opera com essa força total, justamente para dar a resposta adequada, de uma forma segura", pontuou o Coronel, tendo em vista que, além do acusado, nenhum agente ficou ferido.
Relembre o caso
Nas primeiras horas da manhã de segunda-feira, 18 de setembro, dois indivíduos entraram em uma joalheria do centro de Campo Grande, que fica cerca de 50 metros da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) da região central.
"Um deles armado, a princípio com um revólver calibre 38, utilizaram arma de fogo para fazer ameaças. Se evadiram, mas não foi identificado ainda o veículo que estavam", expôs o delegado Edgard Punsky, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), após o crime.
Com o primeiro indivíduo entrando bem trajado na joalheria, a criminosa é distraída com o falso comprador enquanto este sinaliza para o comparsa que entra armado na loja e em poucos minutos rendem os funcionários locais.
Câmeras flagraram toda a ação criminosa no interior da joalheria e, já do lado de fora, toda a fuga dos criminosos que saem correndo do local num primeiro momento antes de chegarem ao carro.
Com informações de Leo Ribeiro e Naiara Camargo


