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Após 6 anos em obras, corredor da Brilhante é entregue hoje

O trecho que vai da Afonso Pena até a Marechal Deodoro deve reduzir em até 20% o tempo de viagem, isso porque a velocidade média aumentará para 25 km/h

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Em obras desde 2016, o corredor de ônibus da Rua Brilhante, uma das vias de fluxo mais intenso em Campo Grande, será finalmente entregue nesta segunda-feira.  

O corredor de transporte coletivo faz parte de um pacote de obras pactuado pela prefeitura da Capital em 2011, no valor de R$ 180 milhões, e viabilizado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana para melhorar o transporte coletivo da Capital.  

Em entrevista ao Correio do Estado, o diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Janine de Lima Bruno, salientou que as grandes cidades já adotaram esse modelo. 

“A infraestrutura é para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os motoristas que estacionarem em locais proibidos serão notificados a partir do momento em que o corredor estiver ativado”, explicou.

Segundo a diretora-adjunta da Agetran, Andreia Figueiredo, o corredor vai da Afonso Pena até a Marechal Deodoro, em um trecho de cerca de 7 quilômetros. 

O trecho reduzirá em até 20% o tempo de viagem dos ônibus, isso porque a velocidade média do transporte aumentará de 16 quilômetros por hora para 25 quilômetros por hora.

Mesmo com o benefício da otimização do tempo, ainda há quem seja contra o corredor, como é o caso da comerciante Veronice Aparecida Sbissigo Burgardt, de 43 anos.  

Segundo ela, o corredor não foi instalado de forma inteligente, uma vez que tira pontos de estacionamento e atrapalha a visibilidade dos motoristas, podendo causar acidentes fatais.  

“Já perdi as contas de quantos acidentes aconteceram aqui depois da instalação desses pontos, porque eles tiram a visão dos motoristas e os semáforos não funcionam direito, fora o fato de não ter mais estacionamento, o que me dá muito prejuízo. As pessoas não querem vir aqui, isso está acabando com o meu comércio”, desabafou.

Para o professor universitário e especialista em trânsito Carlos Alberto Pereira, é necessário que se crie novos terminais de ônibus, além da melhoria na infraestrutura dos atuais, para um número maior de usuários utilizar o transporte.

No entanto, ele acredita que a inauguração do corredor de transporte público poderá propiciar uma melhora no trânsito da Capital.  

“Há uma expectativa muito grande em relação aos corredores que serão implementados na região oeste da cidade, na Rua Brilhante e na Avenida Bandeirantes. Talvez nós consigamos assistir naquela região da cidade a um estímulo do uso do transporte coletivo, com redução do tempo de viagem do bairro até o Centro e do número de veículos de transporte individual”, salientou.  

PONTOS

As intervenções na rua para a implantação do corredor foram realizadas inicialmente pelo Exército, por meio de convênio que, posteriormente, em 2018, foi rompido e assumido por empreiteiras.

Desde o começo das obras, o corredor de ônibus na Brilhante causou polêmica pelas estações de embarque e desembarque ficarem na via, e não nas calçadas.

Serão três estações de embarque: nas esquinas com as ruas Cyriaco Maymone, Mario Quintanilha, Manoel Proença e Marechal Deodoro.  

As estações maiores terão 15 assentos, e as menores, seis, além de uma estrutura de concreto na qual os usuários também poderão se acomodar.

DEPREDAÇÃO

Conforme reportagem do Correio do Estado já havia noticiado, antes mesmo de entrarem em operação, as estações de embarque do corredor de ônibus foram alvo de vandalismo. Pichações, sujeira e materiais de construção espalhados marcavam os pontos.

Comerciantes no local reclamaram da situação e pediram por fiscalização nos pontos de ônibus, na tentativa de combater as depredações. 

O titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, relatou que é de conhecimento do poder público as pichações nas estações, no entanto, trata-se de um problema inevitável.

“Essa questão da pichação não é nova, temos isso em todos os pontos de ônibus de Campo Grande. Não conseguimos combater, é triste e é a realidade da Capital. Adoraríamos que isso não acontecesse, assim como sujeiras e estruturas quebradas”, esclareceu Fiorese.

INVESTIMENTO

Do investimento total de R$ 180 milhões para melhoria do transporte coletivo em Campo Grande, R$ 20 milhões foram assegurados para construir cinco terminais, R$ 110 milhões para construção de 68,4 quilômetros de corredores de transporte coletivo, R$ 4,5 milhões para modernização do sistema de controle eletrônico, R$ 40,3 milhões para intervenções viárias e R$ 6 milhões para estações de pré-embarque.

Ainda para este ano, é previsto que também sejam entregues os corredores de transporte público na Marechal Deodoro e na Rui Barbosa. Na Avenida Bandeirantes e na Rua Bahia faltam ainda estações de embarque e semaforização, conforme o titular da Sisep.

Educação

Enade: inscritos devem responder questionários até 23h59 de hoje

Exame teórico será aplicado neste domingo

23/11/2024 20h00

Estudante com prova do Enade

Estudante com prova do Enade Foto: UFT/Divulgação

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Os estudantes que farão o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2024 das Licenciaturas neste domingo (24) devem responder ao Questionário do Estudante até as 23h59 (horário de Brasília) deste sábado (23).

A prova teórica será aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para 283.550 inscritos.

O questionário do Estudante coleta informações que permitam caracterizar o perfil dos estudantes e o contexto de sua formação acadêmica, consideradas pelo Inep como relevantes para a compreensão dos resultados teóricos e práticos dos estudantes no Enade e para subsidiar os processos de avaliação dos cursos de graduação.

O preenchimento completo do Questionário do Estudante é um dos itens que caracteriza a efetiva participação do estudante no exame.

Anualmente, a inscrição no Enade é obrigatória para todos os estudantes de cursos de licenciatura habilitados à avaliação teórica ou à avaliação prática, vinculados às áreas avaliadas, conforme o edital.

A partir desta edição, o exame passa a ter dois tipos de avaliação: a teórica, tradicionalmente realizada, e a nova prova prática dos estudantes de graduações direcionadas à docência.

Cada uma das avaliações terá um cronograma específico.

Áreas de conhecimento avaliadas

O exame das licenciaturas será aplicado em cursos de 17 áreas de conhecimento diferentes. A edição de 2024 avaliará licenciaturas das áreas de artes visuais; ciências biológicas; ciências sociais; computação; educação física; filosofia; física; geografia; história; letras (inglês); letras (português); letras (português e espanhol); letras (português e inglês); matemática; música; pedagogia e química.

O exame terá foco na avaliação dos cursos que formam professores para a educação básica. O Inep informa que o objetivo é aprimorar as avaliações e a formação de docentes no Brasil.

Aplicação da prova
Para saber o local de aplicação da prova, bem como obter informação sobre atendimento especializado e tratamento pelo nome social, quando for o caso, o participante deve acessar o Cartão de Confirmação de Inscrição, disponível no Sistema Enade, com CPF . O acesso ao documento só é liberado após o preenchimento do Questionário do Estudante.

Neste domingo, os portões de acesso aos locais de provas serão abertos às 12h (horário de Brasília) e fechados às 13h. O início da aplicação será às 13h30, com encerramento às 18h para os participantes regulares. Os estudantes que solicitaram tempo adicional e tiveram o pedido aprovado pelo Inep terão mais uma hora para finalizar a prova.

Orientações para o Enade 2024

Neste domingo, o participante deverá comparecer ao local das provas com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, Cartão de Confirmação de Inscrição e documento de identidade original com foto válido.

Antes da participação na prova, é importante que o inscrito guarde, no envelope porta-objetos, o telefone celular e quaisquer outros aparelhos eletrônicos desligados, além de óculos escuros e artigos de chapelaria (boné, chapéu, gorro ou similares), e material de papelaria (caneta de material não transparente, lápis, réguas e borracha, entre outros).

Também não é permitido ficar com celulares e quaisquer outros aparelhos eletrônicos descritos no edital ou fone de ouvido.

O envelope porta-objetos deve ser mantido, durante todo o período de prova, debaixo da carteira, lacrado e identificado.

Enade

Realizado anualmente pelo Inep, o Enade é um dos componentes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

O exame avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos previstos nas diretrizes curriculares, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para formação geral e profissional, bem como o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial.

Decisão

Caixa demite ex-vice-presidente por assédio sexual e moral

Decisão foi publicada no Diário Oficial da União

23/11/2024 18h00

Agência bancária da Caixa Econômica Federal

Agência bancária da Caixa Econômica Federal Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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Por determinação da Controladoria-Geral da União (CGU), a Caixa Econômica Federal demitiu, por justa causa, o ex-vice-presidente Antônio Carlos Ferreira de Sousa. Funcionário de carreira do banco, ele estava afastado do cargo desde julho de 2022, quando sugiram denúncias de assédio sexual e moral durante a presidência de Pedro Guimarães, que comandou o banco entre 2019 e 2022.

A CGU publicou na sexta-feira (22) a portaria do desligamento no Diário Oficial da União. Durante a gestão de Guimarães, Sousa foi vice-presidente de Estratégia de Pessoas e de Logística e Operações.

Além da demissão, o ex-vice-presidente está impedido de ocupar cargos comissionados ou funções de confiança no Poder Executivo Federal por 8 anos. Desde a divulgação das denúncias, Sousa estava afastado do cargo, mas continuava a trabalhar na Caixa.

Na época da divulgação das acusações de assédio moral e sexual por Pedro Guimarães, que pediu demissão em junho de 2022, a Caixa criou um canal interno de denúncias. Com base nos relatos recebidos no Contato Seguro da Caixa, o banco investigou os casos e constatou várias ocorrências de assédio por parte de Sousa.

Em nota, a Caixa afirma que não tolera nenhum tipo de assédio por parte de dirigentes ou empregados. O banco também informou ter começado a investigar os casos por meio da corregedoria interna e que o processo seguiu as regras de administração pública.

“Com a finalização das investigações feitas dentro dos ritos da governança, o banco enviou o relatório conclusivo à Controladoria-Geral da União (CGU) em outubro de 2023. O ex-dirigente já estava afastado do cargo desde julho de 2022. Com a ciência da decisão da CGU, a Caixa iniciará as providências devidas para o cumprimento”, informou a assessoria de imprensa do banco.

Histórico
Em junho de 2022, surgiram denúncias em série de casos de assédio sexual e moral durante a gestão de Pedro Guimarães na Caixa. Imediatamente após a divulgação dos relatos, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho passaram a investigar os casos. Além do então presidente, vice-presidentes e diretores foram acusados.

Guimarães pediu demissão no dia seguinte à publicação das denúncias, e outros vice-presidentes do banco renunciaram em seguida.

Desdobramentos

Em março de 2023, Guimarães virou réu por denúncias de assédio sexual e moral feitas por funcionárias da Caixa. A ação tramita sob sigilo, e a defesa do executivo nega as acusações.

Em uma outra ação, movida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a Caixa foi condenada a pagar R$ 3,5 milhões de indenização por um evento no interior de São Paulo em que Guimarães obrigou funcionários a fazer flexões em estilo militar.

Acordos

Em abril do ano passado, a Caixa fechou um acordo com o Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal para pagar uma indenização de R$ 10 milhões para encerrar a denúncia das funcionárias. Em janeiro deste ano, o banco assinou um termo de ajuste de conduta (TAC), que concedeu vantagens em processos internos de seleção a funcionários que sofreram perseguição na gestão de Guimarães.

O banco foi condenado em outros processos em São Paulo, no Amazonas e no Distrito Federal. Somadas as condenações e os TAC, o banco até agora desembolsou cerca de R$ 14 milhões em indenizações, que poderiam ser mais altas se não houvesse acordo. Sem eles, a instituição financeira teria de pagar multa de até R$ 300 milhões. No ano passado, a Caixa informou que cobraria de Pedro Guimarães, na Justiça, o dinheiro das indenizações.

Em março deste ano, a Comissão de Ética da Presidência da República aplicou uma “censura ética” a Guimarães. Aplicada a autoridades que deixaram o cargo, a penalidade prevê apenas advertência. A ação contra Guimarães na Justiça Federal ainda está na fase de audiências.

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