Cidades

PREVENÇÃO

Após ano de tragédias ambientais, União e Estado se preparam para 2025

Em reunião, governadores e ministro da Casa Civil discutiram sobre ações e recursos para secas e cheias no próximo ano

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Por considerar que intensificar qualquer ação de combate às queimadas este ano é perder tempo, governo do Estado e a União, em parceria com os municípios, vão focar em aumentar as ações preventivas para as calamidades climáticas de 2025, tanto as cheias quanto a seca. A proposta foi debatida na tarde da última quinta-feira (19), em Brasília, em reunião de nove governadores com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Nesse encontro, parte dos governadores criticou o pouco recurso disponibilizado pelo governo federal para ações de combate as calamidades climáticas especialmente a seca, que atinge a maior parte do país. Mesmo com a liberação de R$ 514 milhões anunciada pela União na quarta-feira (18), na avaliação dos gestores estaduais o recurso é considerado pequeno em virtude da gravidade da situação.

Além deste recurso, o ministro Rui Costa afirmou após a reunião de quinta-feira que a proposta do governo é liberar mais recursos, citando um crédito de cerca de R$ 400 milhões via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Embora o governo federal fale em mais dinheiro, para os gestores, entre eles o de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, o recurso dificilmente será utilizado ainda este ano no combate às queimadas, uma vez que o período de estiagem está chegando ao fim e para usar os recursos serão necessários seguir requisitos legais, que demoram um certo tempo. 

Na avaliação do governador Mauro Mendes, de Mato Grosso, "não  posso dizer que o governo federal não esta agindo tardiamente. Essa reunião é bem-vinda. Mas todo mundo que conhece a administração pública sabe que, se liberar hoje um recurso na conta de qualquer estado, dificilmente você consegue comprar veículos, comprar equipamento, alugar aeronaves para que em 15 dias tudo isso esteja funcionando", alega.

"Embora tenhamos um regime de urgência e de emergência que acelera os processo de contratação, eles precisam ser feitos com algum nível de critério e de transparência, seguindo o mínimo  do burocracia pública", disse o governador de MT, enfatizando que para 2025, tem certeza que essa reunião poderá produzir bons resultados.

Já Riedel destacou que a reunião foi importante por mostrar um panorama geral, com cada governador presente apresentando suas demandas,  sobre a infraestrutura global que é preciso para combater as queimadas, destacando que "nós já estamos pensando no ano que vem. Nessa reunião também houve essa discussão para que estado, União e municípios possam estar atuando em um programa de prevenção que nós já estamos trabalhando para o ano que vem, independente do que ocorra."

Ele explicou que, agora, estão chegando praticamente ao fim das queimadas com as chuvas que ocorreram. "Claro que a presença total das nossas forças de segurança, principalmente o Corpo de Bombeiro Militar; a União continua lá presente com os brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), nós vamos continuar dando essa atenção, mas nós já tá estamos pensando no ano que vem", alega Riedel.

PANTANAL

Riedel enfatizou que atualmente há um trabalho conjunto com objetivo de combater as queimadas no Pantanal. "Desde abril nós estamos investindo e o governo federal também tem investindo lá no estado de Mato Grosso do Sul. Nós trabalhamos juntos sobre uma única coordenação", alega o governador de MS

Ele ainda pontuou que diversos setores, como Corpo de Bombeiros, Exército, brigadistas, Marinha, Secretaria de Segurança Pública, o Ministério do Meio Ambiente, estão focados em minimizar os efeitos do incêndio no Pantanal.

"Então, nesse sentido, a União fez a parte dela, nós estamos fazendo a nossa parte e os resultados têm aparecido", destacou Riedel, que acrescentou ainda que vão continuar trabalhando e não querem politizar a situação em nenhum momento para nenhum tema que está posto.

Para o governador de MS "esses R$514 milhões dão sequência de maneira imediata a uma série de despesas. É claro que uma estruturação, o avanço a longo prazo vai demandar um novo aporte para o ano que vem, que é dos estados também. Ai pediram (Governo federal) que a gente enviasse projetos via estados ou via consórcios (entidades que representam os estados) para esta estruturação  e a gente possa elevar o combate", finalizou.

Influenza

Mesmo com hospitais lotados, procura pela vacina é baixa em Campo Grande

Prefeitura monta força-tarefa para desafogar atendimentos nas UPAS

02/04/2025 14h00

Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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Na tentativa de frear o número de internações, evitar o colapso na saúde municipal, e elevar a cobertura vacinal contra a Influenza, a Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realizou nesta quarta-feira (2), a 1ª reunião do Centro de Operações de Emergências de Saúde Pública (COE).

O debate abordou os temas de aumento dos Casos de Vírus Respiratórios, tanto em crianças quanto em adultos, reflexo da sobrecarga enfrentada pelas unidades de urgência e emergência no município. 

A reunião contou com a presença da prefeita Adriane Lopes, a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, além de autoridades da área da saúde de Campo Grande, representantes do Conselho Municipal de Saúde, Ministério Público e Defensoria Estadual, e alertou para a importância da cobertura vacinal contra a Influenza, na capital, atualmente em 6%.

Iniciada no último dia 27, com a distribuição de 25.300 doses para as 74 unidades de saúde do município, a administração municipal imunizou apenas 18.122 pessoas até o momento. 

“Quero dizer a todos que estamos vendo a importância de se vacinar as crianças e os idosos neste primeiro momento para diminuir o número da incidência de vírus e das doenças respiratórias na capital.”, destacou a prefeita Adriane Lopes.  

Com 562 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em 2025, a secretaria municipal de saúde alerta que, apesar da queda de 44% em relação ao número de casos registrados em relação ao ano passado, a “virulência” dos casos deste ano é representativamente maior.

“O ano passado nós vimos um aumento na gravidade, principalmente sobre a Influenza A. Esperamos que isso não ocorra, mas se ocorrer, crianças podem apresentar uma gravidade maior”, destacou a secretária. 

Outro ponto abordado pela prefeitura foi a ampliação de profissionais dentro das unidades de saúde, que atualmente contam com 36  equipes volantes, formadas especificamente para desafogar a superlotação das unidades de saúde, que apesar de atenderem em média 3,6 mil pessoas, já assistiram 5 mil por dia. 

Leitos

O déficit de leitos na capital também é outro ponto crítico da administração. Neste momento, são 1,3 mil leitos ocupados, e a fila de espera por um ponto de internação é de 213 pessoas, sendo 195 adultos e 18 crianças, entre pacientes da capital e do interior do Estado. 

“Nós temos déficit de leitos, nós estamos numa emergência de vírus respiratórios que causa as doenças respiratórias e continuamos com o problema. Hoje nós temos aproximadamente 1.300 leitos, eles estão todos ocupados, aí vem aquela história das filas das cirurgias eletivas, além de nossa capital também registra muitos acidentes”, disse a titular da Sesau, que afirmou que, neste momento, 80% da superlotação das Unidades de Pronto Atendimento são casos que poderiam ser resolvidos via Pronto-Socorro. 

Proteção 

A prefeita frisou que outro ponto em debate é a criação de uma espécie de ronda nas UPAS, sobretudo para garantir a segurança dos pacientes. “Assim como criamos a ronda escolar, estamos em fase de licitação para que o médico possa acionar através de seu celular, um  aplicativo que permita a Guarda Municipal chegar na unidade de saúde em torno de dois, três minutos.  O município contratou 56 médicos na última semana, todos devem assumir postos de trabalho já nos próximos dias.

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OPORTUNIDADE

Bioparque abre processo seletivo com 23 vagas e salários de mais de R$ 5 mil

As vagas são para quem possui ensino médio, técnico e superior

02/04/2025 13h20

Bioparque Pantanal, maior aquário de água doce do mundo, localizado nos altos da Avenida Afonso Pena

Bioparque Pantanal, maior aquário de água doce do mundo, localizado nos altos da Avenida Afonso Pena FOTO: GERSON OLIVEIRA

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Nesta quarta-feira (02), foi publicado no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul, o processo seletivo simplificado de contratação temporária para o Bioparque Pantanal.

Foram divulgadas 23 vagas no total, sendo 15 para atendente de visitante/ condutor, seis vagas para gestor de atividades ambientais e duas vagas para técnico de atividades ambientais.

Para o cargo de atendente de visitante/condutor, requisito básico é de nível superior completo em Turismo ou Biologia. Para essa função, cinco vagas são para pessoas bilíngues. Neste caso, além da formação, é necessário ter fluência em uma segunda língua, espanhol ou inglês. O salário é de R$ 5 mil para a primeira oportunidade e R$ 5.500,00 para vaga bilíngue.

Já para o cargo de gestor de atividades ambientais, é necessário ter formação em Ciências Biológicas, Medicina Veterinária, Zootecnia ou Engenharia de Aquicultura, com inscrição no registro no respectivo conselho de classe. O salário é de R$ 5 mil.

Por último, o edital prevê duas vagas para técnico de atividades ambientaiss com salário de R$ 3.232,82. O requisito para o cargo é ensino médio e curso de auxiliar de veterinária ou técnico profissionalizante de técnico em agropecuária, meio ambiente ou técnico agrícola.

Todas a vagas têm jornada de 40 horas semanais. Os interessados devem acessar o site do E-CONCURSO MS, através do endereço www.econcursoms.ms.gov.br, e acessar a área do candidato.

ANIVERSÁRIO

Na semana passada, dia 28 de março, o Bioparque Pantanal, maior aquário de água doce do mundo, comemorou três anos de inauguração.

O complexo foi inaugurado em 28 de março de 2022 e aberto o público em 2 de maio de 2022, após 11 anos em obras.

De acordo com dados divulgados pela assessoria de comunicação, em três anos, o complexo abrigou 458 espécies, sendo 80 reproduzidas no local, entre elas, algumas ameaçadas de extinção e outras que não podem mais ser reinseridas na natureza.

Em 13 de dezembro de 2024, o local celebrou a marca de um milhão de visitantes. Até a data citada, o local havia recebido turistas de mais de 3,5 mil municípios, 27 estados brasileiros e 120 países.

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