Cidades

Poder de Polícia?

Após assaltos, comerciantes tiram o CAC para proteger lojas em Campo Grande

Diante do "abandono da região central", a CDL informou que os empresários estão buscando armas para garantir a segurança dos estabelecimentos

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Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande, após uma comerciante ter usado a arma para revidar um assalto, outros empresários estão tirando o registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC).

A CDL justificou que os comerciantes estão intimidados pela presença de usuários de drogas e pessoas em situação de rua que, em determinadas situações, chegam a intimidar lojistas e clientes.

Diante da falta de segurança, a entidade fez um apelo por mais policiamento na região, que neste momento coloca em risco a vida de comerciantes e de quem frequenta a região central para realizar suas compras.

Assalto

No dia 25 de outubro, a empresária Cintia Guandalim foi abordada por um homem que fingiu ser cliente enquanto ela abria o estabelecimento e anunciou o assalto.

A comerciante possui CAC e chegou a efetuar disparos em direção ao assaltante, que fugiu levando apenas um aparelho de celular.

“Tem muito comerciante que está se preparando, está cuidando da própria segurança. Tem muito lojista que é CAC, porque tem medo e cansou. Eu já fui assaltada, é a terceira vez. Por mais que seja CAC, não esperamos que sejamos assaltados. Se eu não tivesse minha arma, eles teriam levado tudo”, pontuou a comerciante e completou:

“Sinceramente, o Centro está abandonado. A bandidada voltou com força. Passam de dois em dois, passam de três, passam sozinhos. Eles passam usando uma camiseta e com a outra já jogada no ombro. Eles não têm nem receio de mostrar para o que vieram. Polícia para pegar moto, pegar carro, para multar tem de sobra; agora, para fazer vigilância aqui no Centro, não tem.”

Falta de segurança

O comerciante tem direito de se proteger, conforme frisou o presidente da CDL, Adelaido Vila, o que acabou levando um número maior de empresários a buscarem meios de defender seu negócio por conta própria.

“Lojistas têm o direito de se proteger, mas isso não significa que o CAC seja a solução total para a insegurança no comércio. Com a falta do policiamento, essa acaba sendo a alternativa para que coisas piores não aconteçam”, disse Vila.

Lojistas se armando

O proprietário de uma loja de tiro esportivo, Kleber da Cruz Peixoto, acredita que toda pessoa do bem deve possuir um CAC.

Diante da sensação de insegurança, ele passou a atender empresários e funcionários no processo documental exigido pelos órgãos para conseguir o registro.

O comerciante tem direito de se proteger, conforme frisou o presidente da CDL, Adelaido Vila, o que acabou levando um número maior de empresários a buscarem meios de defender seu negócio por conta própria.

“Lojistas têm o direito de se proteger, mas isso não significa que o CAC seja a solução total para a insegurança no comércio. Com a falta do policiamento, essa acaba sendo a alternativa para que coisas piores não aconteçam”, disse Vila.

Quem pode ter CAC?

Primeiro, é importante estar atento à diferença entre posse e porte de arma de fogo, que possuem regras estabelecidas pelo Estatuto do Desarmamento, conforme a Lei 10.826 de 2003.

  • Posse de Arma: Autoriza a manutenção da arma de fogo em local privado, seja residência ou local de trabalho do proprietário.
  • Porte de Arma: Nesse caso, a pessoa pode levar a arma em locais públicos e privados, sendo uma situação específica para profissionais de segurança (como policiais e outros grupos).

Para ser CAC, é necessário:

  • Ter idade mínima de 25 anos;
  • Não possuir processos criminais;
  • Comprovação de residência dos últimos 5 anos;
  • O interessado deve realizar um teste psicológico e técnico, garantindo segurança e preparo.

Segurança Pública

“A CDL-CG reconhece que parte dessa problemática é uma questão de saúde pública e de assistência social. Tanto o usuário quanto o morador em situação de rua só seguem o tratamento caso seja de vontade própria.

Por outro lado, abandonar o policiamento da área central só faz aumentar os impactos que esse grupo de pessoas acaba ocasionando.

A CDL também tem buscado alternativas para minimizar os impactos deste cenário preocupante. Uma delas é pedir a presença de policiamento, principalmente, no período noturno. A segurança não é necessária apenas no Centro, mas em toda a Capital.”

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Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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