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CONTRAVENÇÃO

Após queda de família Name, jogo do bicho deve ser legalizado

Projeto de Lei foi aprovado na CCJ do Senado e, se for sancionado, deve acabar com diversas investigações sobre esquemas de jogatinas em Mato Grosso do Sul

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Cerca de cinco anos após Jamil Name e Jamil Name Filho serem presos, que na época eram apontados como donos do jogo do bicho em MS, o esquema de jogos de azar pode ser legalizado no Brasil. A iniciativa se deu por intermédio do Projeto de Lei n° 2234/2022, que autoriza o funcionamento de bingos e cassinos, e regulariza jogos de azar e apostas.

Se realmente for aprovada e sancionada, a iniciativa deve acabar com diversas investigações sobre esquemas de jogatinas no Estado.

Os jogos de azar são proibidos no Brasil desde 1946, mas é considerado uma contravenção, ou seja, é uma infração penal mais leve, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

No entanto, na maioria das vezes o jogo do bicho quando descoberto vem relacionado a diversos outros crimes, como pistolagem e milícia armada, que foram infrações,segundo a Operação Omertá, feitas pela família Name.

A Omertá foi deflagrada visando desarticular a organização criminosa, em setembro de 2019. Além de crimes como pistolagem e milicia armada, Jamilzinho, como era conhecido, e Jamil Name, foram presos também por porte ilegal de arma de fogo de uso proíbido, corrupção ativa e passiva, dentre outras ilegalidades.

Além dos membros da família Name, a Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), prenderam também outros membros da organização, como os policiais civis Marcio Cavalcanti da Silva e Vladenilson Daniel Olmedo. Além desses, outros agentes da lei como policiais federais e guardas civis também foram acusados de participar do esquema.

Jamil Name e Jamilzinho foram enviados para o Presídio Federal de Mossoró (RN), onde Name morreu em junho de 2021, em decorrência da Covid-19. Já o filho, foi condenado em julho do ano passado a 23 anos e seis meses de prisão pelos crimes de homicídio qualificado e posse ilegal de arma de fogo, resultado da morte de Matheus Coutinho Xavier, em abril de 2019. Ao todo, ele tem 46 anos e 10 meses de prisão, pois também já havia sido condenado por outros três crimes.

A Operação Omertá resultou em 19 ações penais realizadas pelo Gaeco, e atualmente o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) é o responsável pelas investigações do atual grupo mandatário do jogo do bicho.

NOVOS CHEFÕES

Em novembro do ano passado, após a apreensão de 700 máquinas usadas para o jogo do bicho em Campo Grande, o relatório apontou que um grupo de São Paulo é o responsável por todo o esquema de jogos de azar na Capital.

O titular da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antônio Carlos Videira, que teve acesso ao documento, relatou ao Correio do Estado, na época, que revela que o grupo passou a comandar as jogatinas após a prisão de Jamil Name e Jamilzinho.

Na época, uma das investigações que ocorria era se a família Name vendeu o “ponto” para o grupo paulista ou se a quadrilha se aproveitou da prisão dos mandatários para se instalar na Capital. Para não atrapalhar as atividades policiais, não foram repassadas mais informações para a imprensa sobre a atuação.

OUTRO ESQUEMA

Além do grupo paulista, em dezembro de 2023 foi deflagrada a Operação Successione pelo Gaeco, que foi realizada em Campo Grande e Ponta Porã e visava impedir o aumento da disputa entre integrantes de duas organizações que atuavam no jogo do bicho.

Entre os presos na época estavam dois policiais, sendo destes o major reformado da Polícia Militar Gilberto Luiz dos Santos, que atuava como assessor do deputado estadual Neno Razuk (PL), que também havia sido um dos alvos da ação, que também teve 13 mandados de busca e apreensão.

Apesar do Gaeco ter tentado prender o parlamentar, a Justiça negou a apelação. Neno é um dos apontados como chefe de uma das organizações que atuam no jogo do bicho. Outros dois assessores do deputado também foram presos por suposto envolvimento na ação.

O Gaeco relatou que “as investigações constataram , ainda, que a organização criminosa tem grave penetração nos órgãos de segurança pública, e conta com policiais”.

As investigações apontavam uso de arma de fogo, como “forma de subjugar a exploração do jogo ilegal” e roubos de malotes de grupos rivais.

SAIBA

O presidente Lula (PT) disse que deve sancionar o PL do jogo do bicho, caso seja aprovado pelos parlamentares.

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Cidades

Lista suja do trabalho escravo tem 13 empregadores de Mato Grosso do Sul

Cadastro é atualizado a cada seis meses e manteve o quantitativo da divulgação anterior; Confira a lista

09/04/2025 16h01

Treze empregadores de MS estão inscritos na chamada lista suja do trabalho escravo

Treze empregadores de MS estão inscritos na chamada lista suja do trabalho escravo Foto: Agência Brasil / Arquivo

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Mato Grosso do Sul tem 13 empresas e empregadores na chamada lista suja do trabalho escravo. O Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão foi atualizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nesta quarta-feira (9).

Em comparação com a lista anterior, divulgada em outubro de 2024, o Estado manteve o mesmo quantitativo de propriedades cadastradas.

Em Mato Grosso do Sul, o município de Corumbá concentra a maioria das propriedades onde foram encontrados trabalhadores em situação de escravidão, com seis locais e 22 trabalhadores resgatados.

Também há empregadores de Ponta Porã, Angélica, Porto Murtinho, Aparecida do Taboado, Laguna Carapã, Dourados e Caracol. Somando os trabalhadores resgatados nestas propriedades, foram 81.

Em todo o Brasil, são 745 nomes cadasttrados na lista suja.

Entre as atividades econômicas com maior número de patrões incluídos estão:

  • criação de bovinos;
  • cultivo de café e
  • trabalho doméstico.

Conhecido como lista suja do trabalho escravo, o cadastro é atualizado a cada seis meses com o objetivo de dar transparência às atividades de auditores-fiscais do trabalho no enfrentamento ao problema. 

O Cadastro existe desde 2003 e é regulamentadpo atualmente pela Portaria Interministerial nº 18, de 13 de setembro de 2024.

Empresas e empregadores

De acordo com nota divulgada pelo MTE, os nomes incluídos são de empresas e empregadores que passaram por processos administrativos finalizados e sem possibilidade de recurso.

Após um flagrante, “é lavrado um auto de infração específico que descreve a situação de trabalho análogo ao de escravo. Cada auto dá origem a um processo administrativo, no qual os empregadores têm garantidos seus direitos de defesa, podendo apresentar argumentos e recorrer em duas instâncias”, descreve.

Após a inclusão, o nome permanece publicado por dois anos, conforme determina a instrução normativa que regula a lista.

Na última sexta-feira (4), foram retirados 120 nomes que haviam completado esse prazo.

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Encomenda com pistola e entorpecente é interceptada nos Correios

A apreensão realizada pela GCM ocorreu nesta quarta-feira (9) em uma agência em Campo Grande

09/04/2025 15h33

Arma e drogas vieram da Turquia e foram interceptadas nos Correios

Arma e drogas vieram da Turquia e foram interceptadas nos Correios Foto: Divulgação

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A Guarda Civil Metropolitana apreendeu, na agência dos Correios, uma pistola de origem turca enviada da fronteira e outro pacote com entorpecentes, em Campo Grande.

A apreensão ocorreu nesta quarta-feira (9), na agência localizada na Rua Vasconcelos Fernandes. A GCM foi acionada por volta das 10h para verificar o conteúdo suspeito.

A Gerência de Segurança Corporativa dos Correios repassou aos agentes que se tratava de três encomendas: uma pistola Canik 9mm, de fabricação turca, sem munição, e tabletes de skunk.

A encomenda que continha a arma de fogo foi enviada de uma cidade que faz fronteira com Mato Grosso do Sul, cujo nome não foi divulgado, e teria como destino o estado de Minas Gerais.

Junto com a pistola, havia dois carregadores que não estavam municiados.

Já outra encomenda, postada em Campo Grande com destino ao Rio de Janeiro, continha, em um pote que deveria armazenar proteína em pó, um líquido que passará por perícia para determinar sua composição.

A terceira apreensão, conforme pesagem da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), continha 3,422 kg de skunk, divididos em seis pacotes que estavam dentro de um micro-ondas. A encomenda também foi remetida em Campo Grande com destino à fronteira.

O líquido e o entorpecente foram levados até a Denar, enquanto a pistola foi entregue à Depac Cepol para os devidos procedimentos.

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