Cidades

TRÂNSITO, SÓ SINALIZAR NÃO BASTA

Artigo do ex-prefeito e ex-senador Juvêncio César da Fonseca

Artigo do ex-prefeito e ex-senador Juvêncio César da Fonseca

JUVÊNCIO CÉSAR DA FONSECA *

11/08/2012 - 09h45
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Campo Grande é uma bela cidade. A população tem orgulho dos seus traços de metrópole moderna.

Um fato no entanto está a merecer a atenção maior da nossa Capital: a selvageria no trânsito. Cinquenta mortes por ano, com duzentos postes de concreto danificados, aumento assustador dos atendimentos de emergência e de internações nos hospitais. Sessenta por cento dos acidentes com vítimas fatais envolvem motociclistas inconsequentes, sem falar dos motoristas imprudentes

Se a cidade está muito bem sinalizada e conta com equipamentos eletrônicos de última geração, por que os acidentes continuam aumentando de modo assustador?

Ouvi de uma autoridade pública que a solução seria multiplicar a sinalização da cidade. Não acredito nessa solução simplista, que só rechearia ainda mais os cofres públicos.

Esta semana transitava eu pela Duque de Caxias, rumo ao Aeroporto. Um detalhe me chamou a atenção. A avenida conta com uma pista especial e exclusiva para ônibus, ambulâncias e táxis. No entanto vi que um grande número de veículos, leves e pesados, inclusive motocicletas, usavam em alta velocidade a pista para eles proibida. Transgressores da regra, com imprudência e inconsequentes, ofereciam o que é de pior numa cidade: o espetáculo da anarquia, como se o povo não soubesse conviver com um mínimo de disciplina social.

No trajeto não vi nenhum agente de trânsito, orientando ou reprimindo os motoristas faltosos. Ausência completa da autoridade que poderia evitar que a imprudência continuasse a colocar em risco a vida de tantas pessoas.

Procurei saber o por que da ausência dos agentes de segurança. É sabido que uma cidade como a nossa, para que o trânsito seja bem administrado, deveria contar no mínimo com quatrocentos e cinquenta homens nas ruas.

Esta é hoje, agora, a mais significativa solução para toda essa violência. Mas contamos apenas com cento e cinquenta ou seja um terço do necessário. A proposta é conhecida, mas não é objeto de prioridade administrativa.

Os jornais noticiam em manchetes que a Presidência da República já colocou à disposição da nossa cidade cento e oitenta milhões de reais, para a melhoria da nossa estrutura de transporte. Fala-se em viadutos, novas vias asfaltadas, com muitos quilômetros de ciclovias, centenas de novos abrigos, aumento das estações de transbordo e muitas outras obras.

Esse grandioso investimento é uma dádiva para nossa Capital. Seria muito útil que significativa parcela fosse destinada para o aumento do contingente de agentes de trânsito, para tornar visível a sua presença em nossas ruas, não para multar, porque isso a parafernália eletrônica já faz muito bem, mas para orientar e garantir ao nosso povo segurança, poupando vidas que se perdem irresponsavelmente. 

* Ex-prefeito de Campo Grande e ex-senador da República

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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