Não há registro de que, na história da República brasileira, tenha havido um período de tamanha crise econômica e efervescência popular como a que temos assistido atualmente. Um processo de impedimento da Presidente da República que, ao caminhar nos exatos moldes legais definidos pelo Supremo Tribunal Federal, demonstra que, muito ao contrário do se quis fazer crer pelos detentores do poder, o parlamento brasileiro (Câmara dos Deputados e Senado Federal) enxergaram que a crise econômica é puramente fruto da ineficiência do Estado brasileiro. Não se trata de uma vicissitude de mercado, mas sim de uma mácula política.
Logo, chega-se à duas triviais conclusões: a operação Lava-Jato, processo que já se tornou patrimônio do povo brasileiro, não pode ser contida. E o impeachment, instrumento legal disposto na Constituição Federal de 1988, representa que os movimentos de rua geraram resultado. O Brasil se tornou um país mais crítico, felizmente.
Pois bem. Em meio a tantos acontecimentos de amplitude nacional, há outro que impactará diretamente o estado de Mato Grosso do Sul: na terça-feira, 17.05.2016, o economista e empresário Pedro Chaves dos Santos Filho tornar-se-á Senador da República. Afirmo que tal fato impactará o Estado por uma simples razão: o referido economista encontra-se na situação inédita de ser o primeiro Senador sul-mato-grossense a apresentar uma biografia tão rica do ponto de vista empresarial. Nítido que Pedro Chaves apresenta-se como um excelente gestor, afinal, muito embora tenha nascido em um berço absolutamente humilde (o empresário é filho de imigrantes que chegaram ao Brasil sem ostentarem qualquer lastro patrimonial), formou um dos maiores grupos educacionais do Brasil, oferecendo educação em nível infantil, médio, superior e pós-graduação.
Demais disso, suas empresas, conforme é sabido por toda a sociedade sul-mato-grossense, propiciou a geração de uma quantidade expressiva de empregos diretos. Tudo isso, por óbvio, ajudou no desenvolvimento da economia do Estado.
Diante de tais dados, caros leitores, teçamos a seguinte indagação: tal biografia, comprovadamente rica, ajuda Mato Grosso do Sul em quais aspectos? Eis a resposta: na medida em que o empresário de sucesso empresta sua experiência de mercado à vida pública, quem ganha com isso é a própria sociedade. Pessoas com este perfil entendem que a eficiência é a melhor arma para se combater as crises existentes. Cito eficiência no sentido mais elástico do termo, inclusive contemplando o que afirma o art. 37 da Carta da República: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e EFICIÊNCIA”.
Ora, há muito tempo que tais princípios são desrespeitados pelos homens públicos de nosso país. No entanto, trazendo a lógica constitucional para a situação parlamentar sul-mato-grossense, creio que nosso Estado possui motivos para almejar dias melhores. Pedro Chaves entende de eficiência (se não entendesse, como um pobre filho de imigrantes ergueria um império educacional? Como geraria tantos empregos? Como seria um homem tão bem sucedido financeiramente? ).
Portanto, faço votos de que o novo Senador empreste sua vasta experiência de mercado e seu distinto espírito empreendedor à condução dos trabalhos parlamentares, afinal, tal como dizia o também economista Roberto Campos “o mundo será salvo pelos eficientes!”. Avante, Senador!


