Cidades

MEDIDA PALIATIVA

Assoreado, Lago do Amor receberá novo vertedouro para reduzir transbordamentos

Apesar de o solapamento da barreira ter aumentado nesta sexta-feira, a previsão de iniciar os reparos na segunda-feira está mantida

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Sem previsão para desassoreamento do Lago do Amor, o que seria fundamental para reduzir os transbordamento, a prefeitura de Campo Grande vai instalar um novo vertedouro e assim aumentar a capacidade de vazão toda vez que o nível da água subir muito, segundo o secretário municipal de obras, Domingos Sahib Neto. 

Nesta sexta-feira, em decorrência de uma forte chuva, que chegou a 80 milímetros na região da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em apenas uma hora, o lago voltou a transbordar e o trânsito da Avenida Filinto Müler ficou interditado por cerca de 90 minutos. 

E por conta disso, o solapamento da barragem, que começou no dia 4 de janeiro, voltou a aumentar. Mas, para o secretário, os desmoronamentos desta sexta-feira não terão impacto nenhum na obra de reparação, cujo início continua previsto para esta segunda-feira, ao custo de R$ 3,8 milhões. “Aquilo que caiu ontem já estava comprometido, então, o cronograma, o custo e o prazo para conclusão estão mantidos”, afirmou o secretário na manhã deste sábado. 

Porém, se o lago não for desassoreado, os transbordamentos provavelmente vão continuar e a represa poderá volta a ceder no futuro, admite o secretário. Por isso, além de o dinheiro ser usado para reconstrução da barragem, parte dos R$ 3,8 milhões serão utilizados para instalar uma espécie de “ladrão” para aumentar a vazão da água quando ela atingir determinada altura e desta forma evitar os constantes transbordamentos. Só neste ano já foram pelo menos três.

O secretário, porém, não soube especificar qual será a capacidade de vazão deste novo vertedouro e nem garantiu que isso resolverá o problema em definitivo. E, para aumentar a capacidade de vazão terá de ser instalada nova tubulação sob a barragem e para que isso seja possível será necessário interditar o tráfego na região. Hoje, somente a pista sentido bairro centro está aberta ao tráfego. 


ASSOREAMENTO 

Um estudo do Laboratório de Hidrologia, Erosão e Sedimentos (Heros), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e da Hidrosed Engenharia mostra que o Lago do Amor perdeu 45% da capacidade de armazenamento de água por causa do processo de assoreamento que vem enfrentando ao longo de décadas. 

Conforme este estudo, em 2008 o lago tinha capacidade para armazenar 196.651 metros cúbicos de água. No ano passado, esta capacidade caiu para apenas 108.725  metros cúbicos. Uma perda de de 45% na capacidade de retenção de água. 

Os córregos Cabaça e Bandeira, que nesta sexta-feira transbordaram também na avenida Costa e Silva e Rua Portuguesa (veja vídeo do caminhão desafiando o transbordamento), respectivamente, são os principais afluentes do lago e é por eles que chega a terra que assoreou o lago. Conforme o estudo do Heros, se for mantido o ritmo de crescimento do volume de sedimentos que chegam ao reservatório, que de 2008 a 2022 foi de cerca de 88 mil metros cúbicos, em 15 anos o lago estará completamente tomado pela terra.

O estudo aponta que, por dia, cerca de 0,4 tonelada de sedimentos chega ao lago. Parte disso vai embora com a água, mas 0,28 tonelada por dia de sedimentos está sendo retida. 

Este levantamento, porém, não levou em consideração que praticamente todos os bairros nas cabeceiras destes dois córregos agora estão asfaltados e por isso o volume de sedimentos está menor que em anos anteriores. Por outro lado, a pavimentação também está fazendo com que a água chegue mais rapidamente ao lago e por isso ele transborda. 

Se o processo de assoreamento persistir, novas regiões da Capital podem sofrer grandes impactos com as chuvas, porque o lago é um piscinão que evita alagamentos ao longo do Bandeira e do Rio Anhanduizinho. 

“Como a água não fica retida aqui [no Lago do Amor], toda aquela água vai indo constantemente para baixo. Então, uma área que normalmente não seria atingida por um evento hídrico será atingida com certa frequência”, explica Leonardo Souza, doutorando em Tecnologias Ambientais da UFMS.

O secretário municipal de obras diz não ter conhecimento de nenhum projeto que esteja prevendo a retirada de parte da terra que tomou conta do lago. Mesmo assim, explica, não se pode deixar aquela barragem sem reparos, pois se os solapamentos continuarem aumentando, existe o risco de a barragem toda ruir. 

 

Cidades

Preço dos medicamentos ainda não deve ter alta em MS

Segundo o Conselho de Farmácia do Estado, para que o aumento chegue as prateleiras é necessário que o governo federal publique a tabela com o preço máximo ao consumidor

31/03/2025 18h30

Preço dos medicamentos não deve chegar aos consumidores de MS

Preço dos medicamentos não deve chegar aos consumidores de MS Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O reajuste do preço de medicamentos no Brasil foi publicado ontem no Diário Oficial da União pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Conforme a determinação, a alta será de  até 5,06%, neste caso para medicamentos com concorrência. Porém, de acordo com o Conselho Reginal de Farmácia de Mato Grosso do Sul (CRF-MS) o aumento ainda não deve chegar aos consumidores.

De acordo com o assessor técnico do CRF-MS, Ronaldo de Jesus Costa, para que o novo preço dos medicamentos chegue as prateleiras do Estado, é necessário que o governo federal publique a tabela com o preço máximo ao consumidor, além de outros fatores.

Isso porque os preços dos medicamentos são regulados por força de lei, por um modelo que estabelece o preço máximo que pode ser cobrado por cada produto. A farmácia não pode vender o medicamento por um valor maior do que o seu preço máximo, mas é comum os consumidores comprarem com descontos.   

“Mesmo ao divulgar a nova planilha [do preço máximo ao consumidor], não significa que o fabricante vai repassar o reajuste automaticamente. Tão pouco que a farmácia irá repassar no mesmo dia. Depende da renovação de estoque, de programas de desconto das indústrias, da distribuidora de repassar os valores”, explicou Costa.

Os aumentos autorizados pelo CMED compreendem três faixas de reajuste: 5,06% para medicamentos com concorrência; 3,83% para medicamentos de média concorrência; e 2,60% para medicamentos de pouca ou nenhuma concorrência.

Segundo explicou o assessor técnico, os medicamentos com concorrência são aqueles mais comuns, “que há muitos laboratórios fabricantes, como é o caso de anti-inflamatórios, antibióticos e medicamentos para hipertensão”. 

Já no caso dos remédios com pouca concorrência ou nenhuma são os que ainda estão com patente ativa, “ou seja, somente um laboratório especifico pode produzir, como o Ozempic e Victoza. Esses não tem concorrente”.

“De qualquer forma, é bom lembrar que o usuário do medicamento tem opção de procurar opções mais viáveis, conversando com o prescritor ou com o farmacêutico, na escolha de genéricos ou marcas mais baratas por exemplo, sempre prezando por qualidade”, completou Costa.

O reajuste médio permitido por lei aplicado ao preço de medicamentos será de 3,83% este ano e, segundo o governo federal, esse é o menor percentual desde 2018.

Esse aumento é sempre concedido até o fim de março de cada ano.

Licitações

Novos campi do IFMS custarão cerca de R$ 64,7 milhões

Os novos campi terão três blocos com salas de aula, laboratórios, bibliotecas, auditórios, áreas administrativas, além de refeitórios, áreas de convivência e guaritas

31/03/2025 18h14

Arquivo

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Com licitações orçadas em R$ 64 milhões, as empresas de engenharia interessadas na construção dos dois novos campi do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), nos municípios de Amambai e Paranaíba, já podem enviar propostas.Os avisos foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) da última sexta-feira (28). 

Dentro deste montante, R$ 33,7 milhões destinados à construção do Campus Paranaíba e R$ 31 milhões para o Campus Amambai Povos Originários. Parte dos recursos é proveniente do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

As licitações serão realizados na forma de contratação integrada, com as empresas vencedoras responsáveis tanto pela elaboração dos projetos básico e executivo de engenharia quanto pela execução das obras e demais obrigações, como licenciamento e sustentabilidade.Ambos processos seguem a modalidade de concorrência eletrônica, com critério de maior desconto.

Propostas devem ser enviadas no Portal de Compras do Governo Federal. A abertura dos envelopes está prevista para os dias 30 de junho (Paranaíba) e 2 de julho (Amambai).

Infraestrutura

Os novos campi terão três blocos com salas de aula, laboratórios, bibliotecas, auditórios, áreas administrativas, além de refeitórios, áreas de convivência e guaritas.

Também estão previstas instalações elétricas e para o abastecimento de água, além de sistema de captação e reuso de água da chuva, com foco em sustentabilidade e preservação ambiental.

"Estamos diante de um momento histórico para o IFMS, e a Prodi [Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional] assumirá o papel de garantir infraestrutura de excelência", afirma o pró-reitor substituto,  Diego Silva.

Para o pró-reitor substituto de Desenvolvimento Institucional, Diego Silva, a abertura das licitações representa um importante avanço no processo de implantação dos novos campi.

O gestor lista cinco frentes prioritárias a partir da abertura das licitações: gestão da contratação integrada; controle de prazos e qualidade; atenção às exigências legais e de sustentabilidade, como licenciamento ambiental e urbano; articulação com as diretorias locais; e manutenção da transparência e rastreabilidade dos processos.

Novo PAC - Lançado pelo Governo Federal no ano passado, o programa prevê a criação de 100 novos campi dos Institutos Federais em todo o Brasil. O investimento é de R$ 3,9 bilhões.

*Com informações da assessoria 

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