Cidades

Cidades

Atendimentos eletivos em urologia seguem paralisados na Santa Casa

Com a suspensão dos atendimentos, apenas os casos de urgência e emergência seguem ofertados pelo hospital

Continue lendo...

Os atendimentos eletivos em urologia permanecem suspensos na Santa Casa. A paralisação  segue mantida, devido à falta de regularização dos pagamentos à empresa Uroclinic Serviços Médicos S/S, responsável pelo serviço. A informação foi prestada pela diretora técnica da instituição, Patrícia Berg Gonçalves, em resposta a questionamento do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS).

Segundo ela, a proposta de renovação contratual com a empresa foi oficialmente recebida em 20 de outubro último, e as informações técnicas sobre o caso foram encaminhadas para análise jurídica da administração hospitalar.

A manutenção da paralisação dos serviços de urologia ocorre em meio à investigação instaurada pela 32ª Promotoria de Justiça de Saúde Pública de Campo Grande, que apura a insuficiência na oferta de vagas para consultas na especialidade de Urologia Adulto no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O inquérito civil foi aberto em julho, após o MP constatar que pacientes da rede pública enfrentam dificuldades para agendar consultas e procedimentos na área desde fevereiro de 2025, quando a Uroclinic suspendeu temporariamente os atendimentos eletivos em razão da inadimplência contratual da Santa Casa.

Na época, a empresa notificou o hospital sobre a decisão de suspender todas as atividades, exceto urgência e emergência, a partir de 10 de fevereiro de 2025, até que houvesse a regularização dos valores devidos.

A Uroclinic destacou, em ofício encaminhado à instituição e a órgãos de controle, que vinha mantendo suas obrigações contratuais mesmo sem o recebimento dos pagamentos, mas que a continuidade dos serviços tornou-se inviável diante da falta de recursos para manter sua estrutura de funcionamento.

O contrato firmado entre a Uroclinic e a Santa Casa data de 7 de novembro de 2019, e tem como objeto a prestação de assistência médica em Urologia, incluindo captação e transplantes renais, a pacientes do SUS e de convênios. A empresa informou que sempre cumpriu integralmente o contrato, mesmo diante das dificuldades financeiras enfrentadas pelo hospital.

Segundo informações prestadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e pela própria Santa Casa ao MPMS, a interrupção impactou diretamente os pacientes na fila de espera.

Até 21 de maio de 2025, 1.572 usuários aguardavam consulta na especialidade, e as agendas para Urologia cirúrgica continuavam fechadas até a mesma data.

Em resposta ao Ministério Público, a Santa Casa confirmou suas dificuldades financeiras e informou que o serviço chegou a ser retomado integralmente, com a reabertura dos atendimentos ambulatoriais. No entanto, diante do novo impasse contratual e da ausência de pagamento, a paralisação voltou a ser mantida.

A Promotora de Justiça Daniella Costa da Silva, responsável pelo inquérito, requisitou informações detalhadas à Sesau, à Secretaria de Estado de Saúde (SES), ao Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), ao Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap/UFMS), à Santa Casa e à própria Uroclinic.

O MPMS solicitou dados sobre a quantidade de vagas ofertadas mensalmente, o número de atendimentos realizados e a previsão de ampliação dos serviços, com o objetivo de garantir a regularização e a continuidade do atendimento à população.

Assine o Correio do Estado

polícia

Falso revendedor de carros pega veículo para vistoria e não o devolve à proprietária

Dono da empresa já havia sido denunciado por outro caso de estelionato semelhante no início do mês

28/12/2025 09h15

Divulgação/PCMS

Continue Lendo...

Uma mulher foi vítima de estelionato em Campo Grande ao anunciar a venda de um carro avaliado em R$ 170 mil nas redes sociais. Após o anúncio, a dona foi contatada por um suposto funcionário de uma empresa de revenda de veículos. Ele pegou o carro sob o pretexto de realizar vistoria cautelar, lavagem, produção de material de divulgação e apresentação a possíveis compradores, mas o veículo não foi devolvido à proprietária.

Venda

Ela foi informada, posteriormente, que o carro teria sido negociado com um suposto empresário do interior do Estado, passando a tratativa a ser conduzida pelo proprietário da empresa de revenda. Foi elaborado um contrato de compra e venda, com previsão de pagamento de 10% do valor na assinatura e o restante em até 15 dias, por meio de carta de crédito ou consórcio.

A vítima, no entanto, não recebeu nenhum valor referente à venda, e diferentes justificativas passaram a ser apresentadas para o atraso.

Além disso, a dona viu que o veículo estava anunciado em outro estabelecimento comercial, já constando como supostamente vendido para outro comprador. Isso levantou a suspeita de fraude e ela denunciou o caso à Polícia Civil na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC/CEPOL).

Recuperação do veículo

Na sexta-feira (26), a vítima apresentou à Polícia Civil a localização do carro por meio de rastreamento por GPS. Uma equipe policial foi até o local indicado e localizou o veículo no interior de um estabelecimento comercial onde o automóvel foi recuperado e apreendido.

O responsável pelo local,  a princípio um terceiro de boa-fé, foi comunicado dos fatos e se comprometeu a comparecer à Delegacia para prestar esclarecimentos. O veículo permanece apreendido e à disposição da Justiça.

Prática constante

A Polícia Civil informou ainda que há outro Boletim de Ocorrência contra o dono da empresa de revenda de veículos, registrado no início de dezembro deste ano na 1ª Delegacia de Polícia de Coxim, o que pode indicar reiteração da prática de estelionato.

As investigações seguem em andamento para esclarecimento completo dos fatos e eventual responsabilização dos envolvidos.

Assine o Correio do Estado

EDUCAÇÃO

Com 6 mil integrantes, Sindicato dos Professores Temporários é fundado em MS

Categoria representa todos os professores do ensino básico (fundamental e médio), regular, técnico, profissionalizante e ensino superior, desde que seja profissional temporário da Rede Estadual de Ensino (REE-MS)

28/12/2025 08h40

Assembleia Geral de Fundação do SINPROTEMP-MS, realizada no dia 18 de dezembro de 2025

Assembleia Geral de Fundação do SINPROTEMP-MS, realizada no dia 18 de dezembro de 2025 Fábio Oliveira

Continue Lendo...

Mato Grosso do Sul ganhou mais um sindicato na área da educação em 2025.

Sindicato dos Professores Temporários (SINPROTEMP-MS) é específico para professores temporários da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul (REE-MS)

Foi criado em Assembleia Geral de Fundação no dia 18 de dezembro de 2025, conforme edital publicado no Diário Oficial da União e no Correio do Estado – jornal de grande circulação em MS.

A classe representa todos os professores do ensino básico (fundamental e médio), regular, técnico, profissionalizante e ensino superior, desde que seja profissional temporário da REE-MS.

Assembleia Geral de Fundação do SINPROTEMP-MS, realizada no dia 18 de dezembro de 2025Identidade visual do Sindicato dos Professores Temporários

Possui 6.229 integrantes, que são professores que integram grupos e associações vinculadas ao SINPROTEMP-MS.

Segundo o integrante do SINPROTEMP-MS, professor Fábio Oliveira Rodrigues, o sindicato foi criado para suprir a falta de defesa e representação nos sindicatos existentes: Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS) e Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP).

O sindicato defende:

  • equiparação salarial com efetivos
  • pagamento correto de 13º
  • férias
  • FGTSs
  • seguro-desemprego
  • manutenção da remuneração durante todo o contrato Plano de Seguridade Social do Servidor (PSS), com licenças (maternidade, paternidade, médica)
  • realização de concursos públicos
  • vínculos bi ou trienais
  • regras claras e transparentes de lotação de professores
  • formação continuada
  • reconhecimento de titulação

De acordo com o integrante do SINPROTEMP-MS, professor Leonardo Pescinelli Martins, a Rede Estadual de Ensino possui aproximadamente 28.800 professores, dos quais cerca de 72% — em torno de 20.160 docentes — atuam em regime temporário.

Segundo Pescinelli, atualmente, um professor efetivo da REE-MS, com carga horária de 40 horas/aula, inicia a carreira com remuneração mensal em torno de R$ 13.380,00. Já o professor temporário, na mesma carga horária, recebe aproximadamente R$ 7.500,00, o que representa uma diferença salarial de cerca de 43%.

“A começar que a contratação temporária de professores, em tese, é uma exceção à regra, como um “botão de emergência”. Nosso Estado fez dessa exceção regra! Somos hoje 72% dos professores”, desabafou Pescinelli.

Segundo o integrante do SINPROTEMP-MS, professor Fábio Oliveira Rodrigues, a Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS) e Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP) não representam ou defendem os interesses dos professores temporários.

"É inaceitável que uma federação e sindicatos que afirmam representar os professores ignorem, de forma sistemática, as reivindicações dos professores temporários. Limitam-se a campanhas de filiação, mas não avançam na defesa concreta dos nossos direitos nem na conquista de melhorias reais para essa categoria no Estado. Somos mais de 60% dos docentes da Rede Estadual de Mato Grosso do Sul e exigimos respeito, representação legítima e compromisso efetivo. Esse respeito não virá de quem nos ignora. Ele será construído a partir do SINPROTEMP-MS, um sindicato criado por e para professores temporários. Estamos cansados da omissão da FETEMS, da ACP e dos SINTEDS. Foram feitas mais de 12 tentativas de diálogo com os Sindicatos existentes para tentar levar as pautas construídas pela própria classe e nenhum desses diálogos sequer saíram do campo da utopia. Era necessário então fazer a luta no campo de batalha e com as mesmas ferramentas, para garantir aos temporários dignidades!”, disse Fábio Oliveira ao Correio do Estado.

O sindicato visa defender os interesses, diminuir as desigualdades e lutar pelos direitos dos professores temporários da rede pública de ensino de Mato Grosso do Sul.

“Diante da repetição de omissões e da naturalização da precarização, eu decidi romper com a lógica do sistema vigente e propor a criação de um sindicato específico para os professores temporários, proposta que foi acolhida e fortalecida pela própria categoria. O SINPROTEMP-MS nasce dessa decisão consciente de transformar indignação em estrutura, reivindicação em proposta e mobilização em institucionalidade. A defesa dos professores temporários não surgiu de uma conjuntura momentânea, mas de uma trajetória construída ao longo dos anos, a partir da escuta direta da categoria e do enfrentamento responsável das desigualdades que se consolidaram no sistema educacional. Desde 2019, esse compromisso se materializou em ações concretas, diálogo permanente e organização coletiva. Mais do que uma entidade sindical, o sindicato expressa a convicção de que políticas públicas só se sustentam quando são construídas com quem vive a realidade da educação todos os dias”, complementou Fábio Oliveira.

O QUE DIZ A FETEMS

A presidenta da FETEMS, professora Deumeires Morais, discorda que a federação não apoia os professores temporários.

"Nós discordamos e não é verdade que a FETEMES e os 74 sindicatos municipais filiados não defendem os direitos dos profissionais temporários da educação. A FETEMES está numa campanha de mobilização desde o mês de abril para a realização de concurso público. O concurso público é para professores efetivos ou para professores temporários? Quando a FETEMS defende o processo seletivo, não está falando para professores efetivos, nós estamos defendendo professores temporários. Então, nós estamos na defesa desses professores quando falamos na realização de concurso público. Inclusive, defendemos que o concurso público, não traz só a igualdade de salário, ele traz a dignidade desse professor de poder ter o direito da carreira, estabilidade, direito de contribuir para a previdência própria, o direito de poder também se associar a Cassems na sua integralidade", explicou a presidenta ao Correio do Estado.

O QUE DIZ A ACP

De acordo com o presidente da ACP, Gilvano Bronzoni, o sindicato campo-grandense luta pelos direitos dos professores temporários e repudia quem os desrespeita.

"A princípio vemos como devaneio de alguns essas ações. Não dividimos a categoria, ao contrário, repudiamos qualquer ação que tente enfraquecer inclusive a parte mais vulnerável que são os professores temporários. A FETEMS a ACP acabaram de ganhar uma ação que contempla os professores temporários da Rede Estadual no que diz respeito a férias entre os anos de 2011 e 2019"

Veja aqui o Edital de Convocação para Fundação, Eleição e Posse da Diretoria do Sindicato da Categoria Profissional Diferenciada dos Professores Temporários de MS, publicado no Correio do Estado, em 27 de novembro de 2025.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).