Cidades

Campo Grande

Bebê ‘morto’ volta a viver e surpreende médicos e família

Bebê ‘morto’ volta a viver e surpreende médicos e família

CELSO BEJARANO

04/09/2013 - 00h00
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Bebê prematuro de seis meses, que nasceu vivo anteontem à tarde, no Hospital Universitário (HU), em Campo Grande, foi tido como morto por cinco horas e ressuscitou. O menino nasceu duas vezes, ou seja, saiu da barriga da mãe vivo, morreu, mas reviveu já perto de o corpo ser levado para o necrotério, segundo informações da família. A criança em questão nasceu com peso de 450 gramas e 25 centímetros de altura, tamanho de um palmo, metade do comprimento do bebê nascido numa gestação normal, de nove meses. O menino ia se chamar Kauã Ismar, mas depois do episódio do ressuscitamento, o pai, o topógrafo Rafael dos Santos Dionízio, 22, mudou de ideia e prometeu registrar o filho com o nome de Kauã Lázaro. A intenção dele é fazer uma comparação àquela passagem bíblica em que Lázaro, amigo de Jesus Cristo, foi ressuscitado quatro dias depois de morrido.

“Ismar era uma homenagem a meu pai, agora, Lázaro, pelo milagre que aconteceu com meu filho”, disse ontem Rafael Dionízio, logo depois de ver o filho, internado no HU. Rafael disse que na quinta-feira passada a mulher Michele Costa, 17, com quem casou-se há oito meses, foi à unidade de saúde do Conjunto Aero Rancho fazer um exame de rotina. “A ideia era saber por meio do ultrassom o sexo do bebê para fazermos o chá de fralda, comprarmos o enxoval da criança”, afirmou o rapaz. No posto de saúde, o médico que atendeu a gestante disse que algo de errado ocorria na gravidez de Michele, segundo o pai. Dali, ela seguiu para o Hospital Universitário, onde o diagnóstico médico sacudiu mulher, marido, que teve de retornar às pressas de Corumbá, onde cumpria tarefa do emprego, e as duas avós da criança.

“Disseram [médicos] que o rim da criança estava comprometido e também foi diagnosticado má formação do pulmão. E que a chance de vida dela era zero por cento”, disse Maria Rosa, mãe de Michele. “Os médicos informaram que a criança devia ser tirada, do contrário a mãe corria risco. O que aconteceu surpreendeu até os médicos. Graças a Deus e a eles [médicos]”, contou Azenith Sena, mãe de Rafael. Anteontem à tarde, Michele foi levada para o HU e, por volta das 16 horas, teve o bebê por meio da cesariana. “Ela saiu da cirurgia chorando. Foi avisada que a criança tinha morrido logo depois de nascer”, revelou Rafael. O pai disse ter ficado na recepção do hospital, aguardando relatório médico sobre o estado de saúde da mulher. “Lá por volta das 21h recebi a informação de que o meu filho estava vivo”, afirmou o rapaz, sorridente, que não dormiu mais naquela noite.

“O bebê nasceu vivo, morreu e os médicos tentaram reanimá-lo, mas não deu. O corpo dele já ia para o necrotério, quando um dos enfermeiros ou médicos percebeu a criança se mexendo. Isso foi um milagre de Deus”, disse a avó Azenith. Ontem à tarde o pai e as duas avós foram para o hospital e saíram de lá felizes, embora ainda comedidos quanto ao histórico clínico do bebê. “Cada dia será uma vitória na vida dele [Kauã, o bebê]. Estou com o pé no chão, Deus tudo pode”, disse animada Maria Rosa, outra avó do bebê. Ontem à tarde, segundo a família do bebê, Kauã Lázaro, que nasceu com 450 gramas, já pesava 465 gramas. “Para Deus nada é impossível. Cada dia será uma vitória, não vamos alimentar expectativas, para Deus nada é impossível”, repetiu a avó Maria Rosa. 

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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