Cidades

NARCOTRAFICANTE

Beira-Mar lava R$ 31 milhões em empresa de Ponta Porã

Narcotraficante foi condenado a mais de 300 anos

EDUARDO PENEDO

15/07/2019 - 13h05
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Mesmo preso na Superintendência da Polícia Federal de Brasília, o narcotraficante Luiz Fernando da Costa, “Fernandinho Beira-mar", comandava a empresa J.E. Exportadora e Importadora – EPP, que era fachada para branqueamento de capitais vinculados ao tráfico de drogas e de armas. A empresa sediada em Ponta Porã movimentou em apenas um ano R$ 31 milhões. Diante disso, a Justiça Federal de Mato Grosso do Sul condenou Beira-Mar a mais sete anos, oito meses e 22 dias de prisão cerca de R$ 70 mil em multa por lavagem de dinheiro. A sentença proferida pelo juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, foi publicada na edição desta segunda-feira (15) Diário do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3).  

Segundo consta na sentença, a empresa movimentou dos dias 02/01/2006 a 15/08/2007 R$ 31.001.088,30. A Polícia Federal (PF) constatou que houve 31 depósitos não identificados totalizando os exatos R$ 42.000,00.6. Os bandidos fracionaram os depósitos usando envelopes em caixas de autoatendimento. Foram 25 depósitos no valor de R$ 1,5 mil e dois, de R$ 1 mil. Essas informações foram interceptadas durante conversa por mensagens entre Beira-Mar e seus comparsas. Nas conversas Beira-Mar pede a confirmação dos depósitos via fax. 

A empresa Comercial JE pertenciam a João Espíndola e Marcelino Mendes ambos mortos, sendo que Espíndola morto a tiros de fuzil em Ponta Porã e Mendes foi encontrado morto em Pedro Juan Caballero. A empresa consta como atividade principal a venda de gêneros alimentício. 

De acordo com juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, Beira-Mar manteve o filho Felipe Alexandre da Costa morando em Pedro Juan Caballero (Paraguai), responsável pela administração da distribuição de dinheiro da quadrilha. A família usaria a empresa Comercial J.E. Exportadora e Importadora para lavagem de capitais. Lembrando que desde 2017 Costa cumpre pena da Penitenciaria Federal de Porto Velho, em Rondônia.  

As investigações começaram em 2006, quando Fernandinho Beira-Mar teria se utilizado de celulares para enviar mensagens a números de Mato Grosso do Sul. Beira-Mar e seus comparsas para tentar despistar a Polícia Federal nas interceptações telefônicas mudavam com frequência o chip do telefone com isso fazendo com que a PF perdesse o monitoramento.  

O advogado que defende Beira-Mar, Luiz Gustavo Bataglin Maciel, tentou desqualificar os argumentos do Ministério Público Federal (MPF) dizendo que o então juiz federal Sergio Moro não autorizou o monitoramento dos números telefônicos. Fato este que foi refutado pelo MPF dizendo que o monitoramento foi no celular e não chip. 

Fernandinho Beira-Mar está cumprindo pena no Presidio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Ele que está condenado a mais de 300 anos de prisão estava cumprindo pena  em Porto Velho, mas de lá ele ainda continuava comandando as ações da quadrilha por mensagens codificadas. 

 

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Paraguai entra para o horário de Brasília e fica uma hora à frente de MS

O presidente do Paraguai, Santiago Peña, assinou um decreto nesta quarta-feira (15) para que a população aproveite melhor a luz natural; medida causa confusão na fronteira

15/10/2024 17h45

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras Reprodução/

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Enquanto os brasileiros discutem a possibilidade de retornar o horário de verão devido à crise hídrica que preocupa especialistas, no Paraguai, o presidente Santiago Peña (Partido Colorado) decretou, nesta terça-feira (15), a adoção do horário de verão de forma oficial durante todo o ano.

Buscando fortalecer o comércio no país e aproveitar melhor a luz natural para reduzir o consumo de energia elétrica, o Paraguai adotou o horário de verão em outubro deste ano. Agora, o país terá o mesmo fuso horário de Brasília durante todo o ano.

A partir de agora, com a nova lei, o Paraguai está migrando do fuso horário -4 GMT (quatro horas atrás do Meridiano de Greenwich) para o fuso -3 GMT, o mesmo adotado em Brasília, na Argentina e no Uruguai.

A mudança de horário pode desorganizar ainda mais o comércio na fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, uma vez que ambos os municípios operam de forma integrada, separados apenas por uma rua.

No lado brasileiro, a discussão é semelhante. A reinstauração do horário de verão ajudaria a reduzir a conta de luz dos brasileiros, especialmente em um momento em que o país enfrenta uma severa crise hídrica devido às ondas de calor extremo e à falta de chuvas em diversas regiões.

O horário de verão no Brasil foi extinto em 2019, quando o presidente Jair Messias Bolsonaro revogou a prática por meio de um decreto. O texto justificava a medida com base em recomendações do Ministério de Minas e Energia, que indicou a pouca efetividade da prática na economia de energia.

O retorno do horário de verão será decidido a partir de amanhã (16). O tema se tornou um ponto de debate entre senadores e deputados, que argumentam a favor da reinstauração para aproveitar melhor a luz natural e também para alinhar os horários com os demais países do Mercosul.

Se o horário de verão for adotado novamente, Mato Grosso do Sul passará a compartilhar o mesmo horário do Paraguai. Caso a reinstauração do horário de verão não seja aprovada no Brasil, os horários entre os dois países funcionarão com uma hora de atraso em relação ao Paraguai.

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras

 

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Mato Grosso do Sul

Tráfico: PF dá sequência à operação que respinga no "mais louco do Brasil"

Operação é desdobramento de investigação que respingou em "prefeito mais louco do Brasil"

15/10/2024 17h38

Polícia Federal desencadeou operação nesta terça-feira (15)

Polícia Federal desencadeou operação nesta terça-feira (15) Divulgação

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A Polícia Federal prendeu uma pessoa e cumpriou mais três mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (15) na cidade de Ivinhema. A ação policial, denominada Operação Defray, é um desdobramento da Operação Lepidosiren, deflagrada em 8 de agosto último. 

Os policiais federais combatem na cidade uma organização de traficantes internacionais, que transportam maconha e cocaína do Paraguai para o Brasil. Conforme os policiais federais existe na cidade “uma associação criminosa responsável pela organização, logística e financiamento do tráfico transnacional de entorpecentes local”.

Casa do prefeito apreendida

A operação que deu origem à ação desencadeada nesta terça-feira (15) respingou no prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), tucano que se autoproclama “o mais louco do Brasil”. A casa que o prefeito mora acabou “apreendida” (bem bloqueado) pela Justiça Federal. 

“Durante as diligências, foram identificados e apreendidos um imóvel no valor de R$ 458 mil e uma caminhonete avaliada em R$ 519 mil, além do bloqueio de bens totalizando R$ 100 milhões, pertencentes aos envolvidos”, informou a Polícia Federal.

Diante dos fatos, os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, tráfico transnacional de entorpecentes e financiamento ao tráfico.

A Operação Lepidosiren, que resultou na prisão de Luiz Carlos Honório ocorreu em 8 de agosto deste ano. Segundo a Polícia Federal, ele seria integrante de uma quadrilha e proprietário de um carregamento de  3,4 toneladas de maconha interceptado em junho de 2021.

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