Cidades

PRATICIDADE SABOROSA

Bocaiúva em pó é usada para milk-shake em pesquisa da UFMS

Fruta típica encontrada no Pantanal do Mato Grosso do Sul e outras regiões, ela tem um sabor doce e peculiar; bebida pode chegar ao mercado ainda este ano

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Morango, chocolate, baunilha e até café são os sabores mais comuns de milk-shake, mas os pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) estão desenvolvendo um com sabor de Bocaiúva, fruta típica do Cerrado e Pantanal, sendo fornecida em pó, outra novidade do estudo.

Criado em parceria com o Restaurante e Artesanato Pinheiro de Miranda, o produto está em fases finais de testes físico-químicos para ser rotulado e poder chegar ao mercado até o final do ano. 

Segundo Priscila Aiko Hiane Siroma, coordenadora do projeto, a novidade está em conseguir desenvolver o produto de forma solúvel (em pó) e ele poder ser armazenado e estocado em temperatura ambiente, não necessitando de refrigeração ou congelamento.

Ela ainda cita que o produto feito através da polpa da fruta já foi criado anteriormente pelo cliente, mas em pó é a primeira vez. O intuito é justamente atender a demanda dos consumidores no período de entressafra.

Além disso, a praticidade na preparação do shake é importante, podendo até ser transportado em viagens. De acordo com a professora Juliana Rodrigues Donadon, é necessário misturar o pó apenas com gelo, leite e água, sendo a adição do açúcar a escolha do cliente.

Cristina Moreira, dona do restaurante pioneiro na bebida doce deste sabor, disse que já testou e confirmou que está igual ao feito com a polpa da fruta e que esta proposta veio a partir da ideia do sabor atingir um maior número de empreendimentos.

A BOCAIÚVA

Também conhecida como macaúba, chiclete pantaneiro, chiclete de bugre e chiclete de boi, a Bocaiúva é típica da região sul-mato-grossense e muito explorada pelos Terenas até hoje, com sua polpa macia, amêndoa e óleo sendo bastante utilizados.

A farinha da fruta também é muito famosa e consumida na região, do qual estudos da UFMS já constataram seu alto valor proteico e com bons conteúdos nutricionais, trazendo benefícios para a saúde.

“A utilização do fruto traz também benefícios ambientais, como a manutenção dos biomas de origem e a proteção da espécie aqui no Estado”, reforça Juliana Rodrigues.

Segundo o site Slow Food Brasil, há riscos da fruta desaparecer no futuro, devido ao aumento da área urbana e às intensas práticas da pecuária na região, além de não ter uma força de divulgação de como a Bocaiúva pode ser utilizada na alimentação.

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Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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