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Bolsonaro indica Augusto Aras para a PGR

Nome não fazia parte da lista tríplice

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O presidente Jair Bolsonaro indicou o nome do subprocurador-geral da República Augusto Aras para o cargo de procurador geral da República, posto máximo do Ministério Público Federal no país. A indicação ainda precisará passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e depois ser aprovado pelo plenário da Casa. O anúncio da escolha foi feito pelo próprio presidente, durante participação dele em evento no Ministério da Agricultura. 

"Acabei de indicar o senhor Augusto Aras para chefiar o Ministério Público Federal. Uma das coisas conversadas com ele, já era sua praxe também, é na questtão ambiental, o respeito ao produtor rural e também o casamento da preservação do meio ambiente com o produtor", disse o presidente. A Mensagem Presidencial com a indicação já foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). 

Com a decisão, Bolsonaro deixou de lado a tradicional lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), e que havia escolhido, em primeiro lugar, o subprocurador-geral Mário Bonsaglia. Por lei, o presidente da República não é obrigado a seguir a lista tríplice. Bolsonaro já havia dado indícios de que poderia escolher um nome por fora da lista. Se confirmado pelo Congresso Nacional, Augusto Aras vai assumir o lugar da atual procuradora-geral da República Raquel Dodge, no cargo desde 2017, indicada pelo ex-presidente Michel Temer. O mandato de Dodge termina no próximo dia 17 de setembro.

Perfil 

Augusto Aras ingressou no Ministério Público Federal (MPF) em 1987 e é doutor em direito constitucional pela PUC-SP. Foi Procurador Regional Eleitoral na Bahia (1991 a 1993), representante do MPF no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), entre 2008 e 2010, e corregedor auxiliar do MPF. O suprocurador também é professor da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) desde 2002 e da Universidade Brasília (UnB), onde leciona direito comercial e eleitoral. Como membro do MPF, Aras também teve atuação em processos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e integrou o Conselho Superior do MPF, além de ter sido titular da 3ª Câmara de Coordenação e Revisão em matéria de Direito Econômico e do Consumidor do MPF.

desencontro

Bilionário, volume das apreensões de cocaína é incógnita em MS

Dados do Governo Federal revelam que foram retidas 57,28 toneladas nos primeiros dez meses, mas autoridades locais informam volume muito inferior

29/12/2024 18h55

Na mais recente grande apreesão, 552 quilos do entorpecente foram encontrados em Ponta Porã. A polícia avaliou a droga em

Na mais recente grande apreesão, 552 quilos do entorpecente foram encontrados em Ponta Porã. A polícia avaliou a droga em

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Relatório divulgado na última sexta-feira (27) pela Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal revela que entre janeiro e outubro deste ano foram interceptados 57,78 mil quilos de cocaína em Mato Grosso do Sul, o que representa uma média diária de 190 quilos e um “prejuízo” estimado na casa dos R$ 10,4 bilhões ao crime organizado.

O comunicado não informa a fonte da informação, mas o volume está bem acima de qualquer estatística disponível nas instituições de segurança pública em Mato Grosso do Sul ou das informações disponibilizadas pelas forças policiais ao longo do ano. 

No site da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que contabiliza apreensões feitas pelas polícias estaduais e a maior parte daquelas feitas pela Polícia Rodoviária Federal, o volume de cocaína interceptado nos primeiros dez meses do ano foi de 13,37 mil quilos, o que é 77% abaixo daquilo que o governo federal informou. 

Essa disparidade, porém, não é de agora e também não é exclusividade entre os órgãos de comunicação estadual e federal. O Anuário da Segurança Pública Brasileira, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e apontado como um dos mais abrangentes e importantes estudos do setor, informou que em 2023 foram apreendidos somente 7.746 quilos de cocaína no Estado. 

Porém, somente a PRF informou ter apreendido 15,5 toneladas naquele ano. A Sejusp contabilizou a retensão de 18 toneladas em 2023. Os volumes são próximos daquilo que foi interceptado ao longo de 2024. 

Na mais recente grande apreesão, 552 quilos do entorpecente foram encontrados em Ponta Porã. A polícia avaliou a droga em FONTE: Secretaria de Comunicação Social 

A assessoria da Sejusp informa que a secretaria contabiliza as apreesões feitas pelos grupamentos estaduais e aquelas que a PRF entrega em delegacias da Polícia Civil. Ou seja, as apreensões feitas pela Polícia Federal e as da PRF entregues em delegacias da PF não são computadas pela Sejusp. 

A PRF, por sua vez, informa que naquelas cidades onde existe delegacia da PF, as drogas são entregues nesta instituição. Nos outros casos, a entrega é feita à Polícia Civil. 

Porém, não existe nenhuma instituição que colete e organize todos os dados relativos ao entorpecente que movimenta algumas centenas de milhões de reais por ano. A PRF, por exemplo, avalia a cocaína em cerca de R$ 180 mil reais o quilo. 

Na maior apreensão já feita em MS, quase 1,9 mil quilos, em fevereiro de 2023, a PRF informou que o prejuízo ao narcotráfico foi de R$ 334 milhões

Então, se realimente tiverem sido apreendidos 57,78 mil quilos nos primeiros dez meses do ano em Mato Grosso do Sul e o valor do quilo é de R$ 180 mil, o narcotráfico teria deixado de faturar algo em torno de R$ 10,4 bilhões somente neste período. Mas, se o número mais aproximado for o da Sejusp (13,37 toneladas), ainda assim o prejuízo seria bilionário, da ordem de R$ 2,4 bilhões.

Porém, as quadrilhas já trabalham com a possibilidade de determinadas perdas, que são insignificantes diante daquilo que chega ao destino. Estimativas da ONU apontam que somente 10% da cocaína produzida no munda é interceptada pelas forças policiais. 

DESCONTROLE

Todas as autoridades de segurança pública ou de qualquer outro setor social  concordam que as políticas públicas precisam ser elaboradas com base em estatísticas. Porém, se não existem estatísticas confiáveis sobre as apreensões de cocaína no Estado é possível concluir que não existe uma política local ou nacional de combate ao narcotráfico, principalmente de cocaína. 

Nos últimos três anos, as interceptações deste tipo de droga dispararam em Mato Grosso do Sul, sendo que a maior parte é procedente do Paraguai, país que até então era notório produtor e “exportador” de maconha. 

E, quando o assunto é maconha, uma droga bem mais barata, a disparidade entre os números federais e estaduais praticamente desaparece.

O relatório do Governo Federal diz que nos primeiros dez meses do ano foram interceptadas 454 toneladas do entorpecente, número que praticamente coincide com aqueles divulgados pela Sejusp (451 toneladas). 


 

JUBILEU 2025

Milhares vão às ruas para celebrar tradição que começou há 725 anos

Realizada a cada 25 anos, a festa religiosa acontece desde 1300 com propósito de assinalar a fé cristã

29/12/2024 18h30

Procissão rumou à Catedral Nossa Senhora da Abadia

Procissão rumou à Catedral Nossa Senhora da Abadia Foto: Paulo Ribas

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Milhares de pessoas foram às ruas de Campo Grande neste domingo (30) para celebrar os 725 anos do Jubileu da Igreja Católica. Realizada a cada 25 anos, a festa religiosa acontece com propósito de assinalar a fé cristã e responder aos desafios de cada época vivenciada pela Igreja Católica.

Neste ano, a procissão do considerado “Ano Santo” foi iniciada às 16h30 na Paróquia São José e seguiu até a Catedral Nossa Senhora Da Abadia e Santo Antônio de Pádua, local da Santa Missa.

“Bodas de prata, bodas de ouro, bodas de diamante, a cada 25 anos nós celebramos com muita alegria a fidelidade de um casal, ou a vida de alguém. Assim também, a cada 25 anos a igreja celebra com solenidade o aniversário de Jesus Cristo e o mistério da encarnação.”, disse Dom Dimas Lara Barbosa, atual arcebispo da Arquidiocese de Campo Grande. O evento contou com a reunião das 54 paróquias da Arquidiocese com 318 capelas.

Tomada de fieis, padres, e bispos, a procissão icomeçou com a apresentação  da cruz peregrina nas escadarias da Paróquia São José, seguiu pela Pedro Celestino, Avenida Afonso Pena, tomou à via pela contramão na 14 de Julho até chegar a catedral, já preparada para receber os muitos católicos que seguiram todo o trajeto com canticos e orações. As milhares de pessoas foram acompanhadas por duas ambulâncias, Guarda Civil Metropolitana, e equipes de apoio que distribuíram água durante todo o trajeto, além de parte da banda do Exército e Polícia Militar.

“A esperança cristã não é esperar em um ponto de ônibus enquanto o ônibus está atrasado, pelo contrário, é a doce expectativa de que o senhor vai realizar na sua vida”, disse Dom Dimas, que salientou que o evento de hoje é uma “manifestação pública de cristo que está no meio de nós, do povo de Deus que caminha.”

Natural da Índia e missionário no Brasil há 14 anos, Durai Aruldoss, é parte da Congregação das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, e atualmente é sacerdote na Paróquia Cristo Rei, da Congregação João Evangelista e aproveitou para falar da importância do evento e da união dos fieis neste momento.  “Ano muito especial, com tema de esperança, o ano inteiro vamos vivenciar essa esperança para nós e para todos aqueles que lutam”, disse.

Cabe destacar que em 2025, a peregrinação contará com duas cruzes, onde, a 1ª delas, a cruz jubilar, permanecerá na Catedral Nossa Senhora Da Abadia e Santo Antônio de Pádua, enquanto a outra segue para o Santuário Estadual Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e será parte de procissões de diversos grupos religiosos durante o mesmo período.

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