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Bombeiros resgatam família ameaçada pelo fogo no pantanal

Resgate ocorreu em meio a uma série de incêndios que seguem fora de controle em diferentes regiões do Pantanal, que está há dois meses sem chuva

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Em meio a incêndios sem precedentes para um mês de junho no pantanal, bombeiros tiveram de interromper as ações diretas de combate ao fogo para resgatar uma família das margens do Rio Paraguai que estava sendo ameaçada pelo fogo descontrolado. 

O resgate aconteceu na tarde desta sexta-feira, no Sítio Pioval, que fica a cerca de 90 minutos de barco da cidade de Corumbá, subindo o rio Paraguai. No local estavam uma mulher e três crianças. 

Mulher e três crianças foram levadas de barco para a cidade de Corumbá

Ao mesmo tempo em que eram colocadas num barco e levadas à área urbana de Corumbá, outros bombeiros tentaram apagar o incêndio que ameaçava a família. Mas, por causa do vento forte e da baixa umidade do ar, o fogo continuou avançando e tudo o que puderam fazer foi proteger a casa. 

Utilizando a água do rio Paraguai e uma motobomba fizeram uma espécie de barreia úmida com cerca de 200 metros e ficaram durante a noite inteira monitorando o local para impedir que o fogo chegasse à moradia de onde fora resgatada a família horas antes. 

FOGO FORA DE CONTROLE

Mas este é somente um dos focos de incêndio que estão atingido a região pantaneira. Ao todo, são 96 militares dos bombeiros em diferentes regiões do pantanal. Três deles são responsáveis pela operação da aeronave Air Tractor, que atua principalmente no reconhecimento dos focos.

Além disso, segundo nota emitida na manhã deste sábado (15) pelos bombeiros, eles passaram a contar com o apoio de dez militares do Exército.

O comando do Exército, por sua vez, informou na sexta-feira que cerca de 90 militares estavam atuando no combate às queimadas, já que havia um foco próximo ao Forte Coimbra, onde os militares têm uma base. Em Mato Grosso do Sul e em parte de Mato Grosso o Comando Militar do Oeste tem em torno de 15 mil homens. 

E, de acordo com os bombeiros, o foco próximo ao forte continuava ativo até a manhã deste sábado. Do lado boliviano do pantanal, outra grande queimada estava fora de controle. Na região, onde não chove desde meados de abril, os fortes ventos dos últimos quatro dias estão dificultado os trabalhos de combate.

E, além do foco próximo ao local onde a família foi retirada e da região do forte, nesta sexta-feira os bombeiros também  atuaram em um incêndio no Assentamento São Domingos e às margens da BR-262, com apoio de caminhão-pipa da empresa de mineração J&F. A BR-262 é a única via asfaltada de acesso a Corumbá e Ladário. 

 

POR TODOS OS LADOS

No município de Miranda, um foco surgiu no dia 12, na região da fazenda Caimã. Os funcionários da propriedade estavam combatendo, mas o fogo se alastrou foi solicitado auxílio do Corpo de Bombeiros. Uma guarnição foi empenhada no período vespertino para auxiliar no combate naquela região.

Na região do Paraguai Mirim, ao norte de Corumbá, apesar da implantação de uma série de aceiros, as chamas continuavam se alastrando nesta sexta-feira. E, em vez de conseguir fazer o controle, uma das equipes teve de abandonar a região porque corria risco de ser atingida pelas chamas. Só restou eles se abrigarem na sede de uma fazenda e impedir que o fogo destruísse o imóvel. 

Bem ao sul do pantanal, em Porto Murtinho, uma das equipes realizou reconhecimento de um incêndio que ocorreu em uma propriedade no dia 13, que possivelmente foi ocasionado após  arrebentar um fio de energia, devido aos ventos fortes. Mas, com ajuda de moradores da região, o foco foi extinto. 

RECORDE
 

De janeiro até esta terça-feira (11), 372 mil hectares foram destruídos por incêndios. Isso é 54% maior do que a afetada pelas chamas no mesmo período em 2020 -considerado o pior ano de queimadas no bioma-, quando 241,7 mil hectares queimaram até a data.

Os dados são do Lasa (Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais), do departamento de meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Até esta sexta-feira (14), o bioma já teve, em 2024, 2.019 focos de incêndio, segundo a plataforma BD Queimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Em comparação, em 2023, durante o mesmo período, foram 133 focos.

Já em relação a 2020, apesar de a atual área de devastação ser maior, havia focos mais no mesmo período quatro anos atrás, 2.206.

MATO GROSSO DO SUL

Estado indeniza em mais R$ 2,7 milhões empresa que apareceu na 'turn off'

Indenizações têm sido periódicas, com valores repetidos para além do pregão faturado de R$ 36,99 milhões por ano para aluguel de tomógrafos da rede de urgência e emergência de MS

08/04/2025 12h01

Em contrato para Rede Digital de Imagens Estadual, o MPMS apontava prática de sobrepreço da Health, que teria alugado todos os equipamentos e programas por lote ao invés de individualmente. 

Em contrato para Rede Digital de Imagens Estadual, o MPMS apontava prática de sobrepreço da Health, que teria alugado todos os equipamentos e programas por lote ao invés de individualmente.  Reprodução/Internet

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Pela edição de hoje (08) do Diário Oficial, o Governo do Estado trouxe à público mais uma parcela de indenização à empresa Health Brasil, que é envolvida em irregularidades desde que venceu licitação pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), aparecendo até entre a operação "Turn Off". 

Conforme extrato de termo de reconhecimento de dívida, publicado hoje no Diário Oficial do Estado, a indenização repete o montante de R$2.758.766,00 para a empresa Health Brasil Inteligência em Saúde Ltda., com assinatura que data da última sexta-feira (04). 

Essas indenizações têm sido periódicas, com os valores sendo repetidos para além do pregão faturado pela Health Brasil Inteligência em Saúde, de R$36,99 milhões por ano para aluguel de tomógrafos que atendem a rede de urgência e emergência do Estado. 

Em junho de 2024, por exemplo, diante da publicação do extrato de indenização de R$2,7 milhões referente ao mês de abril do ano passado, a Secretaria de Estado de Saúde foi questionada a respeito do assunto. 

Pela nota retorno, a SES foi categórica em resumir que "o pagamento do reconhecimento de dívida é referente ao contrato de prestação de serviços que a empresa teve com a pasta", sem acrescentar qualquer apontamento a respeito. 

Escândalos e irregularidades

Em atividade desde 2010, a Health venceu licitação de 2015 da locação de computadores e software para a implantação da Rede Digital de Imagens Estadual (REDIME), que passou a "amargar" a situação da empresa, inclusive com o Ministério Público de MS recomendando a não prorrogação, como bem abordou o Correio do Estado.

Antiga HBR Medical, a Health descreveu as primeiras operações "atendiam pontualmente os principais hospitais do Mato Grosso do Sul, por meio da locação de equipamentos e softwares de gestão de imagens", estendendo o serviço, com o passar do tempo, para cada vez mais para clínicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) locais e nas macrorregiões do Estado.

Ainda em 2021 até mesmo a continuidade de exames de raio-x e ultrassonografia, em unidades de Saúde da Campo Grande e no Hospital Regional do Estado, foi ameaçada, já que o fim de contrato colocou em risco a locação infraestrutura completa para implantação da Redime. 

Desde 2020 tanto a Pasta da Saúde quanto a Secretaria de Administração e Desburocratização (SAD) já haviam sido notificadas, pelo Ministério Público, quanto às irregularidades no processo de licitação. 

Entre essas irregularidades o MPMS apontava, por exemplo, uma prática de sobrepreço por parte da Health, que teria alugado todos os equipamentos e programas por lote ao invés de individualmente. 

Antes disso, porém, os autos da conhecida "Operação Turn Off" de combate a esquema de corrupção; fraude; lavagem de dinheiro, entre outros crimes - evidenciaram flagrante favorecimento para que a empresa Health Brasil Medical saísse vencedora do pregão de aluguel de equipamentos de imagem. 

Para que a empresa saísse vitoriosa do pregão eletrônico, os irmãos Coutinho - (Lucas e Sérgio, presos pela Turn Off) que não têm relação societária com a Health Brasil -, atuaram fortemente com o contato deles dentro da Secretaria de Estado Administração (SAD), Simone de Oliveira Ramires Castro.

Justamente esse possível esquema de corrupção afastou de uma licitação para alugar tomógrafo, à época, até mesmo a multinacional alemã Siemens, que impugnou vários itens do pregão, mas não teve suas solicitações atendidas e caiu fora da disputa.

Foi aberta também investigação criminal do contrato de quase R$37 milhões com a Health Brasil, instaurada em junho de 2023 e prorrogada em setembro do mesmo ano, após indícios de fraude em licitação. 

Investigada ao lado da Isomed e Isototal, a empresa "saiu ilesa" das buscas e apreensões feitas na época da operação, porém, ainda em dezembro os promotores de Justiça passaram a analisar os dados apontando para corrupção

 

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Atraso

Campo Grande amanhece com "sumiço" e recolhimento exagerado de ônibus

Após ônibus não aparecer em três horários previstos, passageiros fecharam terminal para protestar

08/04/2025 11h00

População fechou Terminal para protestar após nenhum ônibus aparecer por mais de uma hora

População fechou Terminal para protestar após nenhum ônibus aparecer por mais de uma hora Marcos Vello

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No início desta terça-feira (8), passageiros que aguardavam a linha 072 (T. Morenão/ T. Nova Bahia) realizaram um protesto devido ao atraso do ônibus por mais de uma hora. A população fechou os portões e tomou a pista do Terminal Nova Bahia.

O motivo da revolta foi a falta de ônibus entre as 5h10 e as 6h10. De acordo com informações do site Moovit, três ônibus da linha deveriam ter aparecido nesse intervalo de tempo. Eram previstas partidas às 5h25, às 5h43 e às 6h02.

A linha 072 é uma das principais a conectar os subúrbios da capital a bairros nobres como Carandá Bosque, Santa Fé e Chácara Cachoeira.

Ligando os Terminais Nova Bahia e Morenão, a linha é majoritariamente utilizada por prestadores de serviço como empregadas domésticas, que tiveram um grande prejuízo com o atraso do transporte.

Veja os vídeos do protesto:

 

 

1, 2, 3, 4... RECOLHE

População fechou Terminal para protestar após nenhum ônibus aparecer por mais de uma horaFonte: Antônio Carlos / Correio do Estado

Outro problema enfrentado na manhã desta terça-feira por usuários do transporte público de Campo Grande foi o número exagerado de ônibus sendo recolhidos. 

Passageiros que aguardavam nos pontos da Rua 13 de Maio, no Centro da capital, relatam terem presenciado até quatro veículos seguidos com o letreiro "RECOLHE" ligado em pleno horário de pico, entre as 7h e as 8h.

População fechou Terminal para protestar após nenhum ônibus aparecer por mais de uma horaFonte: Antônio Carlos / Correio do Estado

Justificativa

Em nota, a assessoria do Consórcio Guaicurus informou que a falta de ônibus na linha 072 ocorreu em virtude da falta de um motorista. "Houve uma falha no processo operacional pelo motorista de plantão, o que acarretou na manifestação de alguns passageiros no terminal".

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