Cidades

UNIVERSALIZAÇÃO DO ESGOTO

Cada R$ 1 investido em saneamento básico economiza R$ 4 em gastos com saúde, aponta especialista

MS planeja se tornar o primeiro Estado na universalização da coleta de esgoto, confira quais são as vantagens

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Com investimentos em saneamento básico representa melhorias diretas para a saúde da população, cada real investido em saneamento básico gera uma economia de R$ 4 em gastos em saúde. Mato Grosso do Sul pretende se tornar pioneiro na universalização dos serviços de esgotamento sanitário no país, confira quais são as vantagens.

 

Aroldo Ferreira Galvão, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária em Mato Grosso do Sul (ABES-MS), aponta que todos os processos necessários para enviar água de qualidade à população fazem parte do saneamento básico, pois garantem melhor condição de vida à população e auxiliam o meio ambiente.

“A água e esgoto tratado é essencial para que haja uma sociedade saudável, equilibrada e com uma expectativa de vida melhor. Com a universalização do esgoto no Estado, teremos uma melhoria na qualidade de vida da população, com impacto direto na redução de doenças epidemiológicas, será uma conquista ímpar”, apontou ao Correio do Estado.

De acordo com o 24º Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, através da Secretaria Nacional de Saneamento e Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) mostra que a cobertura de água em nosso país era de 80,9% em 2008, tendo subido apenas para 83,6% em 2018. 

No que se refere ao esgotamento sanitário, apenas 32,5% era tratado em 2008, tendo este percentual passando para 46,3%, contudo, Mato Grosso do Sul planeja ter todo serviço universalizado até 2031, já em 2022 a cobertura saltará dos 46% para os 70%, de acordo com a Sanesul. 

Galvão explica que a água contém diversos componentes que provêm do ambiente natural ou foram introduzidos a partir de atividades humanas e por isso existem parâmetros para identificar a condição da água. 

“A qualidade da água no Brasil é medida com base em uma portaria do Ministério da Saúde que estabelece os padrões da água, seja físico, químico ou bacteriológico. Essa portaria existe e é renovada constantemente para estar em conformidade com as normas que existem, pois causa um impacto importante para a saúde”, disse.

Últimas notícias

No mês passado foi concluído o período de transição dos sistemas, quando a Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) deixou de executar a coleta e tratamento de esgoto para que a empresa Ambiental MS Pantanal, assumisse os serviços de esgotamento sanitário. 

“A universalização acontece se tivermos entre 92% a 95% de cobertura da área urbana com o serviço de esgoto em execução, Mato Grosso do Sul deve alcançar essa meta até antes”, destacou o especialista.  

Aroldo reitera que o tratamento de esgoto, que faz parte do saneamento básico, é essencial tanto para o ser humano quanto para o meio ambiente, visto que, sua má destinação pode contaminar rios, mares, lagos e represas e, consequentemente, causar doenças em toda população. 

“São vários os benefícios de quando se melhora o tratamento da água, teremos melhora na qualidade de vida, redução de doenças infecciosas, além de aumentar a expectativa de vida de toda população. Esperamos vivenciar isso, porém, esperamos que a população consiga ter acesso a esse serviço em tarifas justas”, alegou.

A parceria é na modalidade de concessão para a prestação de serviço de esgotamento sanitário em 68 dos 79 municípios do Estado. 

De acordo com a última atualização do Plano Nacional de Saneamento Básico (PNSB), o custo para universalizar o acesso aos 4 serviços do saneamento (água, esgotos, resíduos e drenagem) até 2033 foi estimado em R$ 508 bilhões, exigindo, portanto, uma média de aproximadamente R$ 18 bi anuais. 

A empresa Aegea é uma companhia responsável pela concessionária Águas Guariroba, em Mato Grosso do Sul, com serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

A empresa ganhou o direito de assumir o esgotamento da Sanesul em leilão realizado no ano passado na Bolsa de Valores de São Paulo. A empresa venceu o pregão com uma oferta tarifária de R $ 1,36 por m³ de esgoto. 

Cidades

Ana Castela vai processar influenciadoras que questionaram sua sexualidade

O Grupo AgroPlay, que administra a carreira da artista, afirma que avalia medidas jurídicas cabíveis e reforça que a sexualidade de uma mulher não pode ser usada como forma de ataque, humilhação ou estratégia para engajamento nas redes sociais

18/12/2025 15h30

Ana Castela

Ana Castela Foto: Divulgação

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A equipe jurídica da cantora sertaneja Ana Castela, natural do município de Amambai (MS), divulgou, na última quarta-feira (17) uma nota de repúdio após a repercussão de comentários feitos por influenciadoras digitais sobre a sexualidade da cantora.

No comunicado, o Grupo AgroPlay, que administra a carreira da artista, afirma que avalia medidas jurídicas cabíveis e reforça que a sexualidade de uma mulher não pode ser usada como forma de ataque, humilhação ou estratégia para engajamento nas redes sociais.

Segundo a nota, embora a orientação sexual não seja uma ofensa, o contexto em que o tema foi tratado - de forma pública, sem intimidade e associado a críticas à aparência física - ultrapassa os limites da liberdade de expressão e configura agressão e body shaming (ataque ao corpo).

"A internet não é terra sem lei. As medidas judiciais cabíveis estão sendo analisadas, visando não necessariamente uma reparação, mas a responsabilização pedagógica", diz o texto.

A equipe jurídica informou ainda que, até o momento, nenhuma ação judicial foi protocolada, mas que o caso segue em análise. "Respeito é inegociável", reforçou a nota.

Entenda

A polêmica teve início após a circulação de um vídeo em que as influenciadoras Vivi Wanderley, Isadora Raymundi, Duda Wilken e Gabi Medina fazem especulações sobre a sexualidade de terceiros.

Durante a gravação, Ana Castela é mencionada e rotulada pelo grupo como lésbica, apesar de a cantora já ter se declarado heterossexual. Ela teve um relacionamento com o cantor Gustavo Mioto e, atualmente, namora Zé Felipe.

No vídeo, Duda Wilken afirma ter "certeza" sobre a sexualidade da artista e associa a declaração à aparência física de Ana: "A estrutura óssea dela é de sapatão", disse.

O comentário rendeu risadas e concordância das demais influenciadoras presentes. "É verdade. O meu 'gaydar' apita também", declarou Vivi Wanderley.

A fala gerou críticas nas redes sociais, levando Vivi a se pronunciar publicamente no dia seguinte. Em vídeo publicado nas redes, ela afirmou que se arrependeu de ter participado do conteúdo e reconheceu o erro. A influenciadora ainda disse que se desculpou diretamente com Ana Castela.

"Não tenho problemas em reconhecer falhas, e apesar de ser uma pessoa brincalhona, acho muito importante entender quando erramos. A partir do apontamento de vocês, pude repensar tudo isso e perceber que tem brincadeiras que não são de bom tom. Peço desculpas pelo ocorrido a todos os envolvidos", declarou Vivi.

Momentos depois, Zé Felipe se manifestou sobre o episódio ao publicar uma foto ao lado de Ana Castela no Story do Instagram. Na legenda, escreveu de forma direta que a cantora "não é sapatão".

Duda Wilken também reconheceu o erro e afirmou ter pedido desculpas diretamente a cantora. A influenciadora disse ainda lamentar a quantidade de ataques que passou a receber após a repercussão do caso. "Estou recebendo uma quantidade de ataques absurda, desejando até a minha morte", afirmou.

IBGE

MS contabiliza mais de 9 mil fundações sem fins lucrativos em funcionamento

O número foi apresentado pelo IBGE e indica um crescimento de 4,8% no ano de 2023 com relação ao ano de 2022

18/12/2025 15h15

Associação dos Amigos das Crianças com Câncer

Associação dos Amigos das Crianças com Câncer FOTO: Álvaro Rezende/Arquivo Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (18) que, em 2023, foram contabilizadas 9.136 mil unidades de Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos (FASFIL) em Mato Grosso do Sul. 

O número foi apresentado pelo estudo sobre as FASFIL, que constituem uma importante referência de dados e análises para o conhecimento da sociedade civil organizada no Brasil. 

Segundo os dados, os números de Fundações sem fins lucrativos em 2023 cresceram 4,8% com relação a 2022, ou seja, 418 unidades a mais. 

Isso mostra um crescimento exponencial ao longo das décadas do estudo. Segundo o IBGE, entre 1971 e 2010, foram criadas 5.010 unidades locais de FASFIL em Mato Grosso do Sul. 

Associação dos Amigos das Crianças com CâncerFeito por Denis Felipe com IA

Entre 2001 e 2010, foram criadas 2.222 unidades locais. A partir de 2011, o número anual de fundações de FASFIL criadas vem oscilando entre 236 e 457, sendo que, em 2023 foram fundadas 444 unidades locais. 

Campo Grande concentra um terço de todas as FASFIL do Estado. Ao todo, foram contabilizadas 3.074 unidades locais. Em seguida, Dourados tinha 698 e Três Lagoas, 415. 

Associação dos Amigos das Crianças com CâncerEscreva a legenda aqui

PREDOMINANTES

São consideradas FASFIL as organizações existentes no Cadastro Central de Empresas - CEMPRE, como entidades de fins lucrativos e que tenham todos os requisitos abaixo: 

  • Sejam privadas;
  • Sem fins lucrativos;
  • Legalmente constituídas;
  • Capazes de gerenciar suas próprias atividades; e
  • Voluntárias.

Em Mato Grosso do Sul, entre os 10 grupos de FASFIL, o grupo com maior número de entidades era Religião. 

Das 9.136, 3.795 eram classificadas como entidades religiosas, que correspondem a 41,5%. Em seguida, o segundo grupo com maior número veio de entidades de cultura e recreação, com 1.478 (16,2%). Veja os demais grupos na tabela abaixo. 

Associação dos Amigos das Crianças com Câncer

OCUPAÇÕES

De 2022 para 2023, houve aumento no pessoal ocupado nas fundações. Eram 35.016 pessoas ocupadas em 2022 e em 2023, o número passou para 37.137, um aumento de aproximadamente 6,1%. 

O grupo com maior crescimento no pessoal ocupado foi das entidades de saúde, que saiu de 18.573 para 19.930, um crescimento de 1.357 pessoas. 

Do total de todos os ocupados no Estado em 2023, mais da metade eram mulheres. Ao todo, 24.646 pessoas ocupadas nas Fundações eram mulheres (66,4%) e 12.491 eram homens (33,6%). 

A maior parte das pessoas assalariadas (70,5%) não possuíam nível superior, correspondente a 26.184 pessoas, um crescimento de 5,56% com relação a 2022. As que possuíam nível superior passaram de 10.212 em 2022 para 10.953 em 2023. 

SALÁRIOS

De acordo com o estudo, o salário médio mensal nas FASFIL de MS foi de R$ 2.933,44 em 2023. 

Mesmo as mulheres representando a maior parte do pessoal ocupado nas fundações, ainda recebiam um salário inferior aos homens. 

Os homens recebiam um salário médio de R$ 3.065,76, e as mulheres, R$ 2.866,65. Em média, as mulheres recebiam 93,5% do valor pago aos homens. 

De acordo com o nível de escolaridade, as pessoas com nível superior ganhavam um salário médio de R$ 5.085,11, enquanto os trabalhadores sem o nível superior recebiam, em média, R$ 2.019,09. 

NACIONAL

Em 2023, o Cadastro Central das Empresas (CEMPRE) registrou 11,3 milhões de unidades locais das organizações ativas no Brasil. Desse total, 1,2 milhão correspondia a Entidades sem fins lucrativos, que incluem as FASFIL e outras entidades sem fins lucrativos. 

Entre elas, 596.259 unidades (51,6%) eram de FASFIL, representando um aumento de 4% em relação ao ano anterior, de 2022, ou seja, 22,9 mil unidades a mais. 

Esse aumento refletiu também no crescimento de 3,3% no pessoal ocupado assalariado, chegando a 2,7 milhões de assalariados e no aumento de 5,4% no salário médio mensal, que passou de R$ 3.444,21 em 2022 para R$ 3.630,71 em 2023. 

A região sudeste é a com maior presença de FASFIL, com 43,2% de todas as unidades brasileiras. Em seguida, aparece a região Nordeste, com 22%, o Sul, com 19,5%, Centro-Oeste, com 8,6% e a região Norte, com 6,69%. 

Em números absolutos, São Paulo (128,2 mil), Minas Gerais (66,5 mil), Rio de Janeiro (49,2 mil), Rio Grande do Sul (44,5 mil) e Bahia (39,9 mil) são os cinco Estados com as maiores quantidades de FASFIL.
 

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