Cidades

TECNOLOGIA NO TRIBUNAL

Campo Grande é pioneira ao realizar 1º julgamento digital do País

Campo Grande é pioneira ao realizar 1º julgamento digital do País

Lucia Morel e Taryne Zottino

02/09/2011 - 14h00
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A Capital de Mato Grosso do Sul foi pioneira ao realizar hoje (2) o primeiro julgamento digital do Brasil. A audiência, presidida pelo juiz Aluísio Pereira dos Santos, disponibilizou notebooks para os sete jurados, auxiliando no acesso ao processo. De acordo com os magistrados e as partes, a ferramenta garantirá maior conhecimento do caso ao júri, facilitando a consulta e avaliação diária do caso.

Segundo o promotor Douglas dos Santos, a mudança ajudará no conhecimento dos jurados sobre o processo, que antes era apresentado ao júri em calhamaços encadernados. “Era disponibilizada apenas uma cópia do processo para todos os jurados, o que dificultava as vistas e o conhecimento do conteúdo”, declarou. A expectativa também é que o pronunciamento da sentença seja acelerado, já que o tempo gasto será reduzido.

O juiz Aluísio Pereira foi quem teve a iniciativa da realização de um julgamento totalmente digital. Ele acredita que além da facilidade de acesso ao processo, o júri digitalizado também ajudará o meio ambiente, promovendo a economia de papel. “A principal renovação é a substituição da caneta pela assinatura digital, que é chamada de toquem. O segundo grande benefício é o acesso ao processo sem ter que imprimí-lo, evitando o desperdício de papel”, avalia. A iniciativa da realização totalmente digital do julgamento foi do próprio magistrado.

Os advogados também aprovaram a nova idéia. Ronaldo Franco, que fazia a defesa do réu que foi julgado, vê na rapidez na avaliação dos jurados o principal benefício da novidade. “Em julgamentos normais eu teria uma cópia impressa para mim, outra para o promotor, outra para o juiz e apenas mais uma para os jurados. Nesse caso, para avaliar o fato, esses jurados teriam que passar o processo de mão em mão para ter um prévio conhecimento do caso, o que atrasa e ainda dificulta a avaliação”.

O advogado também destaca que os jurados não têm conhecimento do fato e são apresentados ao caso no momento da audiência. “Sem dúvida, com a disponibilidade do processo para cada um dos jurados eles poderão ter uma visão mais clara do que realmente aconteceu e não terão que depender do que eu falo ou do que o promotor fala para decidir a vida do réu”.

Caso
O julgamento de ontem (1º) foi de um caso de homicídio ocorrido em 9 de janeiro deste ano. Na data, Dener Souza Ruiz, 19 anos, matou com um tiro Rafael Silva de Almeida, na época com 22 anos de idade. O réu chegou de moto em frente ao Clube da Saudade, no bairro Coronel Antonino, às 5 horas da manhã e disparou contra a vítima, que morreu na hora.

Antônio João

"Pix" de R$ 27 milhões cai na conta e fazendeiros deixam terra indígena em MS

14/11/2024 18h10

Repasse foi finalizado na tarde desta quinta-feira (14)

Repasse foi finalizado na tarde desta quinta-feira (14) Foto: Divulgação

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Nesta quinta-feira (14), os fazendeiros Roseli Ruiz e Pio Silva foram os últimos a deixar a Terra Indígena (TI) Ñande Ru Marangatu, em Antônio João, saída que acontece após a União finalizar o pagamento indenizatório de R$ 27 milhões aos produtores rurais que viviam na terra situada na fronteira com o Paraguai, próximo à faixa de 150 quilômetros paralela à linha divisória do território nacional.

Anunciada pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni por volta das 17h, a retirada dos produtores encerra um ciclo de conflitos de 27 anos entre fazendeiros e indígenas, uma vez que o pagamento torna a terra de 9.317,216 hectares propriedade da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). 

“Encerra 27 anos de conflito para ambos os lados, tanto para os produtores como para os indígenas.  Hoje, o Governo Federal depositou todo o valor das benfeitorias, e agora estamos fazendo aqui a retirada da Roseli, as últimas coisas dela, entregando definitivamente a posse para a Funai. A saída aconteceu por volta das 17h, a propriedade agora pertence à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).”, disse Bertoni em uma rede social. 

Em acordo indenizatório histórico realizado em setembro último, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia determinado que a área é território ancestral indígena, imbróglio iniciado em 2005.

Como anunciado na última terça-feira (12) pelo Correio do Estado, os proprietários da fazenda tinham cerca de 15 dias para deixar o local, que deve receber presidente Lula já no próximo dia 25, data prevista para a assinatura de homologação da terra.

Ao todo, a União repassou R$ 27.887.718,98  a título das benfeitorias apontadas em avaliação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2005, valores  corrigidos pela inflação e a Taxa Selic.

Os proprietários também devem receber indenização, pela União, no valor de R$ 101 milhões pela terra nua. O Estado deverá efetuar, em depósito judicial, o montante de R$ 16 milhões, também a serem pagos aos proprietários, previstos para janeiro de 2025. 

O acordo prevê a extinção de todos os processos em tramitação no Judiciário envolvendo a disputa da TI, processos a serem extintos sem resolução de mérito.

No dia 18 de setembro, após o assassinato do indígena Neri Guarani Kaiowá, de 23 anos, a última etapa do processo demarcatório do território indígena do povo guarani-kaiowá, que estava paralisada há 19 anos, voltou a ser revista por meio de uma petição do MPI, fator que acelerou o desfecho do repasse do território.

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Evento no Bairro

Feira Sagarana terá brechó kids com peças a partir de R$ 5

Com diversos expositores e atrações, o evento ocorre neste domingo (17), no Portal do Panamá, em Campo Grande

14/11/2024 18h00

Foto: Divulgação

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A 1ª Feira Cultural Sagarana será neste domingo (17), com peças para bebês a preços acessíveis, outros expositores e atrações diversas, na praça Antônio Papi Neto, no bairro Portal do Panamá.

Responsável pelo Brechó Kids João e Maria, Sônia de Medeiros conversou com a reportagem do Correio do Estado e contou que irá expor peças de segunda mão para recém-nascidos até crianças de 12 anos.

Com preços a partir de R$ 5,00 e o mais caro, R$ 35,00, é uma oportunidade para quem precisa renovar o guarda-roupa com moda sustentável.

São roupas como bodies, macacões, calças e mijãozinhos, com preços de R$ 5,00 a R$ 15,00. Já para crianças maiores de 1 ano, ela tem opções como camisetas, vestidos, shorts e calças jeans, com valores de R$ 6,00 a R$ 35,00.

Reprodução Redes Sociais

Além disso, a feira contará com expositores de artesanato, ação do Instituto Sangue Bom, adoção de pets e espaço kids. Está achando que acabou?

Para animar o domingão, a Feira Cultural Sagarana abre alas com show de samba ao vivo com o grupo Sabadoniran.

Conscientização

Durante o evento, o Instituto Sangue Bom promoverá ações explicando para os presentes a importância da doação de sangue e medula óssea.

Organização

Com o objetivo de fomentar a economia e promover atividades diferenciadas para moradores do bairro e vizinhos, a organização está por conta de quatro amigas empreendedoras: Beatriz, Dagmar, Luzia e Meliza, que resolveram montar a própria feira.

Programação

Praça Antônio Papi Neto

  • Abertura: 9h
  • Música ao vivo: 10h às 13h
  • Ação com o Instituto Sangue Bom: 13h às 13h30
  • Encerramento: 15h
  • Ruas: Sagarana, Otávio Mangabeira, Lenin Flores Bergozi e Tv. Pacaty.

 

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