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Campo Grande pede ajuda do Exército para combater epidemia de dengue

Capital registrou 3.384 casos confirmados de dengue; nos três meses deste ano, uma pessoa morreu da doença

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A Prefeitura de Campo Grande solicitou ao Exército Brasileiro a ajuda de militares para o combate à dengue na Capital, após a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) fazer um alerta sobre a cidade já viver uma epidemia da doença, com aumento de 20% nos atendimentos a pessoas que apresentam sintomas da enfermidade.

De acordo a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, uma reunião foi marcada entre a prefeitura e o Exército, mas ainda não há previsão de quando essa parceria seja concretizada.

A ideia, segundo Veruska, é que os militares sejam treinados para atuar como agentes de endemias, percorrendo as residências campo-grandenses, orientando a população e eliminando todo e qualquer recipiente que possa servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti, que é o transmissor de dengue, zika e chikungunya.

“Eles poderão tanto fazer parte de equipes de agentes de endemias quanto irem sozinhos nessas visitas, vista a boa aceitação que os militares têm entre a população”, explicou Veruska.

A medida ajudará a aumentar as equipes presentes nas ruas para combater o mosquito, que contam atualmente com 425 agentes de endemias que atuam em toda a cidade. Além deles, a superintendente acrescenta que os agentes de saúde, que são mais de 1,6 mil colaboradores, também contribuirão com o controle dos insetos durante as visitas.

“Temos agentes de endemias que atuam no Centro de Controle de Zoonoses [CCZ] e os que fazem as visitas domiciliares, mas também temos apoio dos agentes comunitários, que informam ao colaborador de endemia os locais mais críticos”, detalhou.

EQUIPES

Quando a parceria for colocada em prática, será de grande ajuda para esses servidores municipais, uma vez que Campo Grande tem quase 1 milhão de habitantes e essas pessoas precisam passar pelos imóveis pelo menos uma vez a cada dois meses, a fim de evitar que o mosquito se prolifere.

Segundo o supervisor-geral dos agentes de endemias da região Imbirussu, Toni Carlos Álvares Dobis, nesta área atuam 10 equipes, com 41 colaboradores e mais 10 supervisores. Diariamente, eles visitam uma média de 800 imóveis. Nas visitas de quarta-feira, por exemplo, foram vistoriados 710 imóveis, nos quais 38 focos de dengue foram encontrados.

“Nós estamos tendo uma média de 35 a 40 focos encontrados por dia aqui na região. Já trabalhamos uma semana para fazer essa média de coleta e, hoje, fazemos em apenas um dia, o que mostra o aumento da proliferação do mosquito”, relatou Dobis.

O supervisor ressalta que esse tipo de aviso de epidemia feito pela prefeitura costumava ocorrer em dezembro ou até mesmo no fim do ano, e não em março.

“Esse já foi um alerta para os casos que podem ser registrados em abril, pela quantidade de larvas que temos encontrado. Isso é um pouco diferente do que geralmente ocorre. Primeiro, por conta das chuvas, que têm vindo em excesso, mas também pela falta de zelo da população. A gente encontra coisas que poderiam ter sido colocadas em uma sacola, jogada no lixo, e não no meio da rua”, declarou.

Outro problema enfrentado pelas equipes são as residências que estão abandonadas ou colocadas à venda.

“Quando [as propriedades] estão com alguma imobiliária, entramos em contato com elas e conseguimos fazer a visita, mas quando estão abandonadas temos mais dificuldade”, disse Dobis.

“Nesses casos, passamos para um setor que cuida de imóveis especiais, que consegue autorização na Justiça para isso. Mas demora, e o processo de reprodução dos mosquitos tem duração de cerca de 12 dias, ou seja, nesse tempo é possível que novos insetos se reproduzam”, explicou o supervisor.

A reportagem do Correio do Estado acompanhou uma equipe de agentes de endemias no Bairro Ana Maria do Couto. No local, foram encontrados diversos recipientes propícios para a proliferação da doença, principalmente em terrenos abandonados. Em um deles, por exemplo, havia um pneu com água parada, no qual foram observadas várias larvas de mosquito.

WOLBACHIA

Desde dezembro de 2020, Campo Grande tem feito soltura de Aedes aegypti contendo a bactéria Wolbachia, a qual reduz a capacidade do inseto de transmitir doenças.

Para a superintendente da Sesau, esse mosquito modificado tem contribuído para que os casos de dengue não estejam em patamares endêmicos, como em outros anos.

“Já tivemos situação de epidemia com números mais altos. Temos esses mosquitos desde 2020, e há áreas apresentando bom estabelecimento desses insetos. Vemos municípios com cenário pior do que o de Campo Grande, e acreditamos que isso se deva ao mosquito com a bactéria, que conseguiu conter a doença”, analisou Veruska.

O método wolbachia foi implantado pela Sesau em conjunto com o World Mosquito Program (WMP), iniciativa que, no Brasil, é conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo governo do Estado.

O projeto do WMP é resultado da descoberta de que o Aedes aegypti contendo a bactéria Wolbachia tem sua capacidade reduzida na transmissão de doenças. Campo Grande foi escolhida por ser uma cidade de médio porte e que vinha sofrendo com a alta incidência de dengue.

A ideia é que, após a soltura dos mosquitos com a bactéria, eles cruzem com outros mosquitos e, dessa forma, passem a bactéria para a próxima geração. Espera-se que, com o passar do tempo, haja uma grande porcentagem do mosquito com a bactéria Wolbachia, reduzindo casos de dengue, zika e chikungunya.

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TRANSPORTE COLETIVO

Campo Grande: motoristas retomam negociação, mas risco de paralisação permanece

Categoria espera sucesso em mais uma rodada de negociação nesta segunda; ameaça de paralisação se mantém para esta semana

24/11/2024 15h40

Motoristas do Consórcio Guaicurus  haviam programado uma paralisação nos serviços durante toda a segunda-feira (25).

Motoristas do Consórcio Guaicurus haviam programado uma paralisação nos serviços durante toda a segunda-feira (25). Foto: Gerson Oliveira

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Após adiarem a paralisação anteriormente marcada para ocorrer na próxima segunda-feira (25), os motoristas de ônibus de Campo Grande devem retomar as negociações com o Consórcio Guaicurus a partir de amanhã. No entanto, sem um reajuste salarial, a possibilidade de uma greve não é descartada entre a classe.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (STTCU), Demétrio Ferreira, a expectativa dos motoristas é que as negociações com a concessionária tenham finalmente uma definição nesta segunda-feira (25). Contudo, segundo o presidente, o acordo só deve ser firmado caso todas reivindicações iniciais sejam cumpridas. 

“Esperamos que amanhã tenha uma definição. Caso não tenha um acordo, durante a semana com certeza devemos fazer a paralisação. As reivindicações são as mesmas, reajuste salarial e benefícios. Não mudou nada”, explicou Demétrio ao Correio do Estado

Anteriormente, o sindicato havia recuado sobre a possibilidade de uma paralisação devido à retomada das negociações com a empresa. Além disso, uma solicitação do Hemosul para adiarem a  greve também foi levada em consideração pelos motoristas.

Paralisação 

No dia 21 de novembro, uma quinta-feira, os motoristas do Consórcio Guaicurus programaram uma paralisação nos serviços durante toda a segunda-feira, dia 25 de novembro. 

Sem reajuste salarial, a cada ano, a renovação do contrato entre os motoristas de ônibus de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus se torna um ponto central nas discussões sobre o transporte público da capital.

Atualmente, cerca de 1.100 profissionais reivindicam um reajuste salarial de 8%, sob justificativa de que a inflação tem ‘corroído’ seus ganhos, atualmente fixados em R$ 2.749,00. Além disso, a categoria busca um aumento no valor do ticket alimentação, que hoje é de R$ 250,00, para R$ 350,00.

Em contrapartida, o Consórcio Guaicurus, por sua vez, argumenta que a proposta apresentada, com um reajuste de 4% e outros benefícios, já é satisfatória, em razão do cenário econômico atual e das dificuldades enfrentadas pelo setor.

Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (STTCU-CG), Willian Alves, desde o dia 25 de outubro está encerrada a data base da categoria e não houve indicativo de aumento.

Quais são os benefícios?

  • Vale gás mensal, já que hoje o benefício é ofertado mês sim, mês não;
  • Aumento de R$ 100 no vale alimentação, que iria de R$ 250 para R$ 350;
  • Reajuste de 2% na Participação nos Lucros, que atualmente é de 9% ao mês, acumulada em seis meses;
  • e ampliação na cobertura da assistência à saúde.
     

Reajuste

Devido ao desequilíbrio econômico alegado pela empresa, as contas do Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte público de Campo Grande, passam por uma perícia desde outubro. O objetivo da análise é avaliar a necessidade de reajuste na tarifa do ônibus , fixada atualmente em R$ 4,75. O consórcio, no entanto, solicita um aumento para R$ 7,79. 

No entanto, o processo de reajuste, que se arrasta desde o ano passado, foi suspenso em agosto deste ano pelo o juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, que decidiu suspender a revisão do contrato de concessão e o reajuste da tarifa até que a perícia fosse realizada.

Colaborou Daiany Albuquerque*

 

Investigação

Homem morre esfaqueado após discussão em posto de combustível

O autor do crime foi descoberto e, até o momento, não foi encontrado. Ele foi identificado pela polícia por meio das câmeras de segurança do local, que registraram a discussão seguida da morte

24/11/2024 14h30

Delegacia de Polícia Civil de MS

Delegacia de Polícia Civil de MS Divulgação/ PCMS

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Elton Jaqson Ferreira Lopes, de 27 anos, foi morto às facadas na madrugada deste domingo (24), na varanda de um posto de combustível em Eldorado, a 441 quilômetros de Campo Grande. O autor do crime foi descoberto e está sendo procurado pela polícia.

Conforme o boletim de ocorrência, a vítima estava em um posto de combustível quando foi encontrada com o suspeito no pátio do estabelecimento.

Ainda conforme relatos de testemunhas no boletim de ocorrência, o suspeito foi encaminhado por Elton e iniciou uma discussão ríspida entre os dois. Durante a briga, o autor, armado com uma faca, desferiu vários golpes contra a vítima, que morreu no local. Após cometer o crime, o suspeito fugiu do estabelecimento.

Equipes da Polícia Civil foram acionadas e, durante as investigações, tiveram acesso a imagens das câmeras de segurança, nas quais o autor foi identificado como José Carlos Lopes da Cruz, de 34 anos.

Com as informações em mãos, os policiais se dirigiram aos endereços relacionados ao suspeito, mas não o encontraram. No imóvel, os agentes da Polícia Civil encontraram fotos do autor que correspondiam às imagens identificadas pelas câmeras de segurança.

Conforme informações da Perícia Técnica, a vítima foi esfaqueada no peito, na mão e nas costas, totalizando cinco facadas.

O caso foi registrado na delegacia do município, e as investigações foram iniciadas na busca pelo paradeiro do suspeito, que segue foragido.

 

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