Cidades

ENSINO PÚBLICO

Campo Grande piora e cai ainda mais no ranking do Ideb das capitais

Cidade Morena ocupa 21ª colocação (entre 27 capitais) para os anos iniciais da rede pública, ficando em 11º no desempenho dos anos finais na rede estadual e municipal

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Análise dos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) - divulgados na última semana pelo Ministério da Educação (MEC) - sobre Campo Grande em 2023, mostram o município tem a sétima pior nota entre as capitais para os anos iniciais da rede pública.

Segundo os dados publicados pelo instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), levando em conta o indicador de análise dos anos iniciais da rede pública - ou seja, escolas estaduais e municipais - a Cidade Morena registrou nota 5,3 na edição 2023 do Ideb. 

Sendo que no levantamento anterior, feito em 2021, Campo Grande teve 5,4 em nota, o índice indica queda e a Cidade Morena só fica a frente dos seguintes municípios: 

  • (BA) Salvador| 5,3 (5,4 em 2021) 
  • (SE) Aracaju| 5,2 (5,0 em 2021) 
  • (PB) João Pessoa| 5,2 (5,0 em 2021)
  • (AP) Macapá| 5,1 (4,9 em 2021) 
  • (RS) Porto Alegre| 4,8 (4,5 em 2021)
  • (RN) Natal| 4,6 (4,4 em 2021) 

Ainda, se lançado olhar em análise entre os piores, é possível observar também que apenas Campo Grande e Salvador não conseguiram melhorar os índices e pioraram suas notas no Ideb entre um levantamento e outro. 

Abaixo, você confere a relação das capitais, em comparativo com os respectivos desempenhos para os anos iniciais registrados pelo Ideb em 2021 e 2023: 

Nesses anos iniciais, Campo Grande registra queda no índice desde o levantamento de 2017, anotando 5,7 na nota daquele ano; que se repetiu em 2019 e caiu para 5,4 em 2021; mesma pontuação que havia anotada ainda em 2015. 

Já quando lançado olhar para o desempenho geral da rede pública nos anos finais, Campo Grande figura com uma melhor posição entre as 27 capitais, ocupando o 11º lugar do ranking, porém também com uma piora no índice. 

Isso porque, segundo o Inep, entre os anos de 2021 e 2023, a nota do Ideb para escolas municipais e estaduais da Cidade Morena saiu de 5,1 no balanço passado para 4,8 na divulgação mais recente. 

Entre as 10 primeiras capitais acima de Campo Grande aparecem:

  1. (PI) Teresina| 5,7 (5,4 em 2021)
  2. (TO) Palmas| 5,4 (5,4 em 2021) 
  3. (PR) Curitiba| 5,4 (5,3 em 2021) 
  4. (RJ) Rio de Janeiro| 5,2 (5,1 em 2021) 
  5. (AM) Manaus| 5,1 (5,0 em 2021) 
  6. (GO) Goiânia| 5,3 (5,4 em 2021) 
  7. (CE) Fortaleza| 5,2 (5,2 em 2021) 
  8. (PE) Recife| 4,9 (5,0 em 2021) 
  9. (AC) Rio Branco| 4,9 (4,8 em 2021) 

Abaixo você também confere a nota de cada capital, segundo Inep, no índice para anos finais, além de um comparativo do desempenho com os respectivos resultados imediatamente posteriores: 

Nessa classificação de anos finais, Campo Grande saiu de uma crescente que era registrada desde 2005, quando a Capital teve 3,5 de nota - anotando 4,2 em 2007; 4,4 por três anos seguidos; 4,8 em 2015 e 2017; até chegar no pico de 5,1 do levantamento de 2021 - que só foi interrompida no índice deste ano. 

Situação local

Divulgados os dados ainda na última semana, como bem acompanhou o Correio do Estado, a educação escolar em MS melhorou e Mato Grosso do Sul, apesar da evolução, ainda figura abaixo da média nacional, anotando 5,6 em 2023 para o índice dos anos iniciais. 

Esse número está a frente dos 5,2 registrados em 2021, porém, ainda não supera a nota de 5,7 que MS marcou no levantamento pré-pandemia de 2019. 

Se feito um ranking entre os Estado, nos anos iniciais Mato Grosso do Sul, que aparece com o mesmo índice de Tocantins e Rondônia, fica na décima sexta colocação, atrás de: 

  1. AC: 5,8 
  2. AL: 6,0 
  3. AM: 5,7 
  4. CE: 6,6 
  5. DF: 6,4
  6. ES: 6,3
  7. GO: 6,3
  8. MG: 6,3
  9. MT: 6,0
  10. PB: 5,7 
  11. PE: 5,7
  12. PI: 5,9 
  13. RS: 6,0 
  14. SC: 6,4 
  15. SP: 6,5

Já nos anos finais, marcando 4,8 na nota do Ideb de 2023, o Estado - que também empatou no índice com Rondônia e Amazonas -, aparece entre os 10 piores e só ficou a frente de: 

  • AP: 4,3 
  • BA: 4,2
  • MA: 4,5
  • PA: 4,4 
  • PB: 4,5
  • RN: 4,1
  • RR: 4,3
  • SE: 4,4

Enquanto nacionalmente é observada uma relativa melhora geral até na taxa de aprovação, MS e seus municípios mostra um desgaste inclusive nesse índice ao redor dos anos, como pode-se notar na figura abaixo: 

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Educação à distância

Com 320 vagas, IFMS abre inscrições gratuitas para cursos de inglês e espanhol

Atividades são oferecidas em uma plataforma de ensino virtual, porém os matriculados deverão assistir a uma aula presencial por semana

15/12/2025 14h00

Divulgação/IFMS

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Com inscrições gratuitas, o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) oferta 320 vagas para ingresso em cursos de Espanhol e Inglês já no 1° semestre de 2026. 

As oportunidades são para os cursos de Inglês Básico I e II e Espanhol Básico I e serão ofertadas em: Amambai, Antônio João, Cassilândia, Costa Rica, Dourados, Nova Andradina e Paraíso das Águas. As inscrições devem ser feitas na Página do Candidato da Central de Seleção até 22 de janeiro.

Cabe destacar que a escolaridade mínima para se inscrever varia de acordo com o idioma escolhido. Os cursos são de Fomação Inicial e Continuada (FIC) e ofertados à distância.

As atividades são oferecidas em uma plataforma de ensino virtual, porém os matriculados deverão assistir a uma aula presencial por semana no polo escolhido, no período noturno.

A carga horária total dos cursos varia de 160 a 200 horas/aula, o que equivale a uma duração média de 5 meses. O início das aulas está previsto para a semana de 16 a 20 de março de 2026.

Inscrições 

O candidato deve acessar o sistema, atualizar seus dados (caso necessário), escolher o campus ou polo de oferta e o curso que pretende fazer.

Em seguida, deve clicar em ‘Enviar Inscrição’ e, depois, conferir o recebimento do e-mail de confirmação ou conferir, no próprio sistema, a efetivação da inscrição.

Cronograma - A seleção dos inscritos será feita por sorteio eletrônico, previsto para 27 de janeiro, com a publicação do resultado preliminar no dia 29.

A classificação final do processo seletivo e publicação da primeira chamada estão previstas para 3 de fevereiro.

Entre os dias 4 e 10 de fevereiro será aplicada a prova on-line de nivelamento para os candidatos inscritos no curso de Inglês Básico II, com o resultado publicado no dia 12.

As matrículas dos convocados na primeira chamada deverão ser feitas entre 13 e 27 de fevereiro. Caso as vagas não sejam preenchidas, novas chamadas serão publicadas.

Saiba*

Em caso de dúvidas sobre o edital, o contato deve ser feito pelo e-mail [email protected].

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Cidades

STF: Gilmar e Dino votam para derrubar lei que validou marco temporal

Decano do STF também votou para estabelecer um prazo de dez anos para o governo federal

15/12/2025 13h35

Ministro Gilmar Mendes

Ministro Gilmar Mendes Andressa Anholete/STF

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta segunda-feira, 15, no plenário virtual, para reafirmar a decisão do plenário que declarou inconstitucional a tese do marco temporal, que limita a demarcação de terras indígenas. Ele foi acompanhado por Flávio Dino.

O decano do STF também votou para estabelecer um prazo de dez anos para o governo federal concluir todos os processos de demarcação pendentes.

"Passados mais de 35 anos da promulgação da Constituição Federal, parece-me que já transcorreu lapso suficiente para amadurecimento definitivo da questão, de modo que não há mais como remediar a solução desse problema, cabendo, dessa forma, ao Poder Executivo o devido equacionamento da matéria e finalização dos procedimentos demarcatórios em prazo razoável, porém peremptório", defendeu.

O julgamento no plenário virtual fica aberto até a próxima quinta-feira, 18, para os ministros juntarem os votos na plataforma online. Se houver pedido de vista (mais tempo de análise) ou de destaque (transferência do processo ao plenário presencial), a votação é interrompida.

A tese do marco temporal estabelece que povos indígenas só podem reivindicar terras que ocupavam em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.

Em 2023, em uma decisão histórica, por 9 votos a 2, o STF derrubou a interpretação e definiu que o direito das comunidades a territórios que tradicionalmente ocupavam não depende de uma data fixa.

O tema voltou ao tribunal porque, logo em seguida, o Congresso aprovou um projeto de lei para restringir as demarcações com base no marco temporal. O presidente Lula vetou o texto, mas os vetos foram derrubados pelo Legislativo.

Em paralelo, o Senado provou um projeto de emenda à Constituição (PEC) no mesmo sentido. Com isso, os senadores buscam incluir o critério de demarcação na Constituição. O texto seguiu para análise da Câmara.

Em seu voto, Gilmar Mendes reafirmou a decisão do STF. O ministro afirmou que o tribunal "não pode se esquivar de sua missão constitucional" e, em um aceno ao Congresso, defendeu que a atuação da Corte não pode "ser considerada como afronta ao Poder Legislativo".

"A análise do Supremo Tribunal Federal, no exercício do controle de constitucionalidade, equivale à prevalência da Constituição sobre os poderes constituídos quando estes atuam em descompasso com os limites impostos pela própria Lei Maior e pelo papel contramajoritário das Cortes Constitucionais, no caso o direito natural à própria existência dos indígenas, na medida em que a imposição de determinado limite temporal distante no tempo equivale à vulneração de seu status protetivo constitucional", argumentou o ministro.

O decano ressaltou que a lei é desproporcional e gera insegurança jurídica ao impor um marco temporal de forma retroativa, atingindo comunidades que não dispõem de documentação formal de ocupação.

"Nossa sociedade não pode conviver com chagas abertas séculos atrás que ainda dependem de solução nos dias de hoje, demandando espírito público, republicano e humano de todos os cidadãos brasileiros (indígenas e não indígenas) e principalmente de todos os Poderes para compreender que precisamos escolher outras salvaguardas mínimas para conduzir o debate sobre o conflito no campo", diz outro trecho do voto.

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