Imóveis abandonados e residências cujos donos nunca são encontrados continuam sendo uma das principais dificuldades do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) no combate à dengue. De acordo com o chefe do Serviço de Controle de Vetores do município, Alcides Ferreira, no último ciclo de vistorias (novembro e dezembro de 2011), os agentes de saúde depararam-se com 45.653 domicílios fechados em Campo Grande. Todos estes imóveis, destaca Ferreira, representam risco à população, já que podem abrigar focos do mosquito transmissor da doença.
Segundo o chefe do controle de vetores, a cada ciclo (a cada dois meses) os agentes de combate à dengue percorrem todos os domicílios da Capital à procura depósitos propícios para a proliferação do mosquito Aedes aegypti e o índice de domicílios nos quais não é possível fazer as visitas gira entorno de 12%. “O que mais preocupa a gente são os imóveis abanadonados. Os que estão fechados para alugar ou vender, o CCZ consegue entrar, porque temos uma parceria com as imobiliárias, mas os que o dono nunca é encontrado e os que estão abandonados interferem no bom resultado do nosso trabalho. Todo o nosso esforço, não vale nada se existem imóveis que são focos de dengue e que a gente não consegue entrar para combater”.
No Bairro São Francisco, uma casa localizada na Rua Antonina de Castro Farias tem “tirado o sono” dos vizinhos. O proprietário e a família, segundo um morador das proximidades que pediu para ter a identidade preservada, mudaram-se em novembro do ano passado e desde então, a piscina não recebeu manutenção. Ao lado do imóvel, uma casa está em construção e um dos funcionários da obra afirma que teve dengue recentemente. “Em residências onde não mora ninguém, o problema nem sempre são as piscinas, ralos e sanitários também podem ser focos o Aedes aegypti”, explica Alcides Ferreira.
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