A Paróquia São Francisco, localizada no bairro de mesmo nome, em Campo Grande, celebra nesta quinta-feira (26), às 19h, missa solene em honra de São Josemaria Escrivá, Fundador do Opus Dei.
A prelazia católica, que para boa parte da sociedade mundial, tornou-se famosa após a publicação de livros como “O Código da Vinci”, é um dos segmentos da igreja que mais ganhou força nas últimas décadas, e também uma das mais controversas.
A celebração em Campo Grande será presidica pelo bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo, Dom Carlos Lema Gracia.
A Opus Dei apresenta-se como um caminho para a vida santificada através do cotidiano, mas divide opiniões pela forma de atuação interna, seus métodos rígidos e posicionamentos históricos.
A organização afirma que as críticas decorrem de interpretações externas e defende suas práticas como legítimas dentro da tradição católica.
O que é a Opus Dei
Do latim para “Obra de Deus”, Opus Dei é uma prelazia pessoal da Igreja Católica fundada em 1928 pelo espanhol José María Escrivá. sua missão principal é promover a chamada universal à santidade, incentivando leigos e sacerdotes a buscarem a fé por meio de suas atividades cotidianas — trabalho, família e vida social — em vez de uma vocação exclusivamente religiosa.
A estrutura da organização é hierárquica: cerca de 98% dos membros são leigos vivendo em sociedade, enquanto o restante são sacerdotes. Desde 1982, a Opus Dei goza de status de prelazia pessoal, o que significa que responde diretamente ao Papa e não ao bispo local.
Por outro lado, a Opus Dei é alvo constante de críticas e controvérsias. São frequentemente apontados seu secretismo institucional, métodos agressivos de recrutamento — que incluem “bombardeamento de amor” — e práticas de mortificação corporal como cilício e discipline
fecuriosa.
Além disso, surgem acusações políticas de apoio a regimes autoritários do século XX, como Franco na Espanha e Pinochet no Chile, bem como relatos de escândalos de abuso em diversos países.
Em 2022, o Papa Francisco promoveu reformas para reduzir seu poder, exigindo maior transparência e subordinação ao Dicastério para o Clero em vez de vínculo direto ao Vaticano.


