Cidades

ALAGAMENTO

Campo-grandense relata drama nas enchentes em SC: "sensação de tristeza"

Lucas Rosso, de 29 anos, está em Balneário Camboriú (SC) a trabalho e teve prejuízos financeiros causados pelas chuvas

Continue lendo...

Engenheiro eletricista, Lucas Pelicano Rosso, de 29 anos, nasceu, cresceu e viveu em Campo Grande (MS) e mora em Jundiaí (SP), mas, atualmente, está em Balneário Camboriú (SC) temporariamente a trabalho. 

Permanecerá no litoral sul por seis meses, de outubro de 2024 a abril de 2025, mas, não estava nos seus planos que alagamentos atrapalhariam a sua rotina e seu trabalho. 

Considerada como um dos destinos turísticos praianos mais badalados do Brasil, Santa Catarina vive caos devido às fortes chuvas em plena alta temporada.

De acordo com a Defesa Civil, dezenas de municípios decretaram situação de emergência devido a altíssimos acumulados de chuva. Alguns municípios chegaram a registrar mais de 400 milímetros de chuva em 48 horas, como Biguaçu (434,8 mm). 

Florianópolis (375,6 mm), São José (357,1 mm), Tijucas (355,2 mm), Antônio Carlos (275,6 mm), Palhoça (274,6 mm), São João Batista (269 mm), Camboriú (245,6 mm) e Balneário Camboriú (244,1 mm) também foram cidades fortemente afetadas pelas chuvas. 

Residente temporariamente em um condomínio em Balneário Camboriú, cidade turística litorânea localizada a 80 quilômetros de Florianópolis, o engenheiro eletricista presenciou ruas, avenidas, casas e comércios alagados.

Lucas Pelicano Rosso, 29 anos, engenheiro eletricista

“Todas rotas até meu apartamento em Camboriú estavam alagadas. Do outro lado da BR-101, em Camboriú, me pareceu que o estrago foi maior, principalmente nos bairros próximos a córregos e bairros mais baixos. O nível da água subiu muito, vi diversas casas alagadas. Fiquei imaginando a situação dessas pessoas... Certamente o prejuízo foi enorme. Deve ter estragado praticamente todos os eletrodomésticos e móveis como geladeiras, camas, sofás, etc. Também presenciei carros completamente debaixo d'água e ônibus pela metade. Havia muita gente precisando atravessar áreas em que a água batia na cintura”, contou.

Além disso, teve prejuízos financeiros por conta das enchentes.

“Ao atravessar área inundada o carro perdeu a placa e teve uma proteção plástica abaixo do carro danificada. Creio que o prejuízo foi menos de R$ 1.000,00. O maior custo seria da placa junto a locadora”, explicou.

Ele relata que já presenciou outros alagamentos, inclusive em Campo Grande (MS), mas nunca neste nível.

“Estou aqui na região desde outubro e já presenciei ruas alagadas, mas nunca nessa severidade. Também já presenciei diversas vezes em Campo Grande a avenida Ernesto Geisel, no Córrego Segredo, sob água, mesmo após melhorias na margem do córrego. Muitas casas próximas ao córrego eram afetadas”, afirmou.

Lucas chegou a ficar sem trabalhar por um dia pela difícil locomoção até o trabalho devido ao alagamento.

“Ontem não consegui trabalhar devido ao acesso ao trabalho. Mas pela noite a água abaixou os níveis e serviços como de entrega voltaram a funcionar, entretanto alguns com valores mais elevados cobrando até R$ 30 onde normalmente cobravam R$ 5”, disse.

Por fim, expressou o drama de ver um dos principais destinos turísticos catarinenses “engolidos” pela chuva.

“Sensação de tristeza ao ver muitas pessoas afetadas e com grande prejuízo perdendo bens, estragando móveis e veículos”, expressou.

CHUVAS EM SC

Fortes chuvas têm castigado o estado catarinense nos últimos dias. Alagamentos, enchentes, deslizamentos de terra, danos à infraestrutura e quedas de árvore têm sido comuns na última semana.

De acordo com a Defesa Civil de SC, até o momento, 13 municípios decretaram Situação de Emergência, como Camboriú, Tijucas, Biguaçu, Florianópolis, Porto Belo, Ilhota, Balneário Camboriú, São José, Palhoça, Governador Celso Ramos, Itapema, São Pedro de Alcântara e Gaspar.

Biguaçu registrou um dos maiores volumes de precipitação, com 434,8 mm de chuva em 48 horas, seguido por Florianópolis (375,6 mm), São José (357,1 mm), Tijucas (355,2 mm), Antônio Carlos (275,6 mm), Palhoça (274,6 mm), São João Batista (269 mm), Camboriú (245,6 mm), Balneário Camboriú (244,1 mm), entre outros.

Apesar de o tempo ter aberto no sábado (18), a previsão do tempo indica temporais intensos nos próximos dias, devido a chegada de uma frente fria.

Vídeo: Lucas Rosso

Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

Continue Lendo...

A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

Assine o Correio do Estado

 

VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

Continue Lendo...

William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).