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Campo Grande teve mais chuvas que em 2024, mas longe do esperado

Primeiro trimestre deste ano superou o acumulado de precipitações registrado no ano passado, mas ficou 53% abaixo da tendência normativa para o período

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Após ter registrado seu ano mais seco da história em 2024, Campo Grande teve uma melhora no volume de chuvas no primeiro trimestre deste ano. Porém, o acumulado ainda está longe do esperado para o período. 
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), de janeiro a março deste ano, choveu na Capital 358,2 mm, volume superior ao do ano passado, quando o acumulado foi de apenas 210,8 mm. 

Apesar dos dados indicarem o aumento de precipitação neste período, que é o mais chuvoso do ano, o acumulado ainda está muito abaixo do registrado nos primeiros meses de 2023, quando choveu 766,8 mm, e também é inferior ao esperado para os três primeiros meses do ano, que é de 555,4 mm.

Ao Correio do Estado, o meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS) Vinícius Sperling explica que a melhora no cenário de chuvas em comparação ao ano anterior se deu em razão do fim da influência do fenômeno El Niño no clima do Estado.

“O El Niño, que atuou em 2024, influenciou no aumento da temperatura do ar no Centro-Oeste. O ar estava mais quente que o normal, e várias massas de ar atuantes fizeram com que a chuva ficasse muito abaixo da média. Agora, em 2025, saímos desta influência, e mesmo com a atmosfera demorando a responder positivamente ao fim do fenômeno, Campo Grande e outros municípios registraram uma melhora da média de chuvas”, analisou Sperling.

No fim de março, além de Campo Grande, os municípios de Corumbá, Miranda, Ivinhema, Amambai, São Gabriel do Oeste, Fátima do Sul e Juti também registraram chuvas acima da média histórica para o mês, de acordo com dados do Cemtec-MS.

“De uma forma geral, tivemos chuvas irregulares neste início do ano, com dias quentes, abafados e secos. Esperávamos uma precipitação mais distribuída. Foi irregular, mas este cenário de chuvas mais fortes em alguns municípios fez o acumulado de chuva subir”, disse o meteorologista.

Os dados do Inmet sobre precipitações em Campo Grande mostram que março foi o mais chuvoso deste ano, com 191,4 mm.

De acordo com a média histórica da Capital, janeiro tende a ser o mais chuvoso, com 229,8 mm de média. Porém, neste ano, choveu apenas 50,8 mm. 

No ano passado, o cenário foi diferente, fevereiro foi o mais chuvoso do trimestre, enquanto março foi o pior em termos de chuva, com registro de apenas 13,6 mm.

Neste ano, o verão em Campo Grande também foi mais chuvoso do que em 2024. Com base nos dados do Inmet, o verão 2024/2025 em Campo Grande atingiu o volume de 340,4 mm de chuva, entre o dia 21 de dezembro do ano passado e 21 de março deste ano.

A precipitação acumulada neste período foi superior à registrada no verão passado (2023/2024), quando choveu apenas 224 mm.

PANTANAL

O cenário de chuvas na região pantaneira também apresentou aumentos de precipitação acumulada no início deste ano. 

Conforme dados do Cemtec-MS, de novembro de 2024 até o fim dde março deste ano, choveu 804 mm no Pantanal Sul-Mato-Grossense, 61% a mais que a média histórica para o período, que é de 742,8 mm.

Já nos municípios de Miranda, Aquidauana, Corumbá e Porto Murtinho, a precipitação ficou abaixo da média histórica, com destaque para Porto Murtinho, que teve 271 mm de deficit de chuva.

De acordo com o meteorologista do Cemtec-MS, o acumulado de chuva no Pantanal de MS, porém, não foi o suficiente para modificar o cenário atual de seca no bioma.

PRÓXIMOS MESES

Segundo o Cemtec-MS, a precipitação esperada para o trimestre de abril, maio e junho deste ano, no período do outono e início do inverno em Mato Grosso do Sul, deverá variar entre 150 mm e 300 mm.

Nas regiões nordeste e extremo-noroeste do Estado, as chuvas deverão variar entre 100 mm e 150 mm. Nas regiões sul, sudeste e extremo-sul do Estado, as chuvas poderão variar entre 300 mm e 500 mm. A tendência climática indica probabilidade de chuvas abaixo da média histórica nesta estação.

SAIBA

Marcado por longos períodos sem precipitações, 2024 foi o ano com o menor acúmulo de chuvas desde 1981 em Campo Grande, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

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Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS

Acidente aconteceu na noite desta sexta-feira (4); homem teve fratura facial e está internado

05/04/2025 16h00

Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS

Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS Reprodução - TL Notícias

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Um peão identificado como Johanderson Britto, representante da cidade de Teodoro Sampaio (SP), sofreu um grave acidente durante uma montaria na noite desta sexta-feira (4), na Festa do Peão de Inocência, município localizado a 337 km de Campo Grande. As informações são do portal TL Notícias.

Durante a apresentação, Johanderson foi violentamente atingido pela cabeça do touro e caiu já desacordado dentro da arena. O competidor foi socorrido imediatamente pela equipe de emergência do rodeio.

Ainda inconsciente, foi encaminhado inicialmente ao hospital de Inocência. Porém, devido à gravidade do impacto, precisou ser transferido com urgência ao Hospital Auxiliadora, em Três Lagoas.

Segundo informações preliminares obtidas pelo TL Notícias, Johanderson sofreu fratura facial e foi sedado por recomendação médica. Apesar da gravidade, ele passou a noite estável, sem alterações clínicas.

Em uma publicação nas redes sociais, a mãe de Johanderson pediu orações e agradeceu o apoio que tem recebido:

"Estamos em orações para sua rápida recuperação. Que Deus esteja com ele e com toda a equipe médica."

Veja o vídeo: 

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Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS

Caso sejam confirmadas as infrações, a empresa poderá ser responsabilizada pela extração ilegal e por eventuais danos ao meio ambiente

05/04/2025 14h30

Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS

Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS Divulgação

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Uma construtora é suspeita de realizar a extração e pesquisa de basalto sem as devidas licenças ambientais no município de Deodápolis - localizado a 264km de Campo Grande. Diante da possível irregularidade, o Ministério Público do Estado (MPMS) instaurou um inquérito civil para apurar o caso e investigar se houve dano ambiental.

Segundo a portaria que deu origem ao procedimento, a empresa possui alvará da Agência Nacional de Mineração (ANM) para a pesquisa e exploração do minério. No entanto, a legislação ambiental brasileira exige, além da autorização da ANM, o licenciamento ambiental específico para esse tipo de atividade o que pode não ter sido obtido pela construtora.

Diante destes fatos, o MPMS encaminhou ofícios à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil e à Polícia Civil de Deodápolis, solicitando diligências no local da extração. As equipes devem verificar se a atividade está sendo realizada de forma irregular, sem a documentação ambiental necessária.

Após a conclusão das diligências e a análise dos documentos reunidos, o Ministério Público decidirá quais medidas tomar. Caso sejam confirmadas as infrações, a empresa poderá ser responsabilizada pela extração ilegal de basalto e por eventuais danos ao meio ambiente.

O que diz a lei ?

De acordo com o art.10 da Lei nº 6.938/1981 Política Nacional do Meio Ambiente, 'atividades modificadoras do meio ambiente estão sujeitas a licenciamento ambiental prévio'. Esse licenciamento deve ser feito junto ao órgão ambiental competente (municipal, estadual ou federal, dependendo do impacto).

Já o Código de Mineração (Decreto-Lei nº 227/1967) e normas da Agência Nacional de Mineração (ANM) diz que a instituição pode conceder alvarás de pesquisa e autorizações de lavra, mas isso não substitui o licenciamento ambiental.

O empreendedor precisa da licença ambiental emitida pelo órgão ambiental estadual - como é o caso do IMASUL, em MS - antes de iniciar a operação.

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