Cidades

LUTO MUNICIPAL

Cassilândia para após morte de bebê de três anos por engasgamento

Criança engasgou após comer bolo em creche municipal; prefeitura anunciou luto oficial de três dias, além de ponto facultativo nesta terça-feira (04)

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Um bebê de três anos morreu nesta segunda-feira (03), em Cassilândia, após se engasgar com um pedaço de bolo na creche municipal “Juracy Lucas”, localizada na Vila Pernambuco. 

Identificado como João Lucas Faquini Ferraz, o garoto participava de uma ação da escola que servia bolo e iogurte para os alunos. Porém, alguns minutos depois, se engasgou com um pedaço de bolo e precisou ser socorrido. 

Um profissional da saúde presente na creche utilizou algumas manobras de primeiros socorros, mas não houve sucesso. A escola acionou o 192 (número de emergência), mas não deu mais tempo de salvar o bebê. A criança morreu ainda no local.

Após a confirmação da morte do aluno, a prefeitura de Cassilândia decretou luto oficial de três dias (04, 05 e 06 de junho) na cidade e ponto facultativo nesta terça-feira (04). 

A Câmara Municipal ainda suspendeu uma sessão ordinária que estava marcada para acontecer ontem, segunda-feira, e uma Audiência Pública que iria acontecer na manhã de hoje. A Secretaria de Educação suspendeu todas as aulas na rede municipal de ensino desta terça-feira (04).

As investigações já foram iniciadas pela Polícia Civil, a fim de identificar se houve negligência no cuidado da criança, confirmar qual a causa da morte e responsabilizar os devidos culpados pela tragédia. O corpo da criança foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Paranaíba, para realização da autópsia. 

ALERTA

Segundo dados divulgados pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) em abril do ano passado ao Correio do Estado, 216 ocorrências foram registradas durante o ano de 2022 no Estado. Dos 216 incidentes, 58 são de engasgo por corpo estranho, 83 por corpo estranho líquido e 75 por corpo estranho sólido.

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 94% dos casos de asfixia por engasgo ocorrem em crianças menores de sete anos. O incidente ocorre principalmente em crianças do sexo masculino, entre um e três anos de idade. Mais de 50% dos casos ocorrem em crianças menores de quatro anos e mais de 94% em crianças até sete anos.

CONSEQUÊNCIAS

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul afirmou que as consequências do engasgo para o corpo humano variam de leves à graves. Veja:

  • Falta de ar: a obstrução da passagem de ar pode causar dificuldade para respirar, resultando em falta de ar;
  • Desmaio: em casos mais graves, a falta de oxigênio pode levar a uma perda de consciência;
  • Danos cerebrais: se o cérebro não recebe oxigênio suficiente por um período prolongado, pode ocorrer danos cerebrais permanentes;
  • Asfixia: se a obstrução não for removida a tempo, pode ocorrer asfixia, podendo que pode ser fatal;
  • Lesão na garganta: em alguns casos, a tentativa de remover a obstrução pode causar lesões na garganta;
  • Morte: a junção de asfixia, falta de ar e danos cerebrais, causados pelo engasgo, pode levar o indivíduo à óbito.

COMO AJUDAR?

Confira agora um vídeo, feito pelo professor Emerson Marques, enfermeiro e especialista em Educação com mais de 26 anos de experiência na área da saúde, com instruções do que fazer quando uma criança está engasgada:

OBRIGAÇÃO

Importante salientar que desde outubro de 2018, segundo lei sancionada, as escolas, privadas ou públicas, e espaços para recreação infantil são obrigadas a ceder atendimento de primeiros socorros. O não cumprimento da determinação é passível de advertências, multas ou até cassação de alvará de funcionamento.

Esta lei foi chamada de “Lei Lucas”, com o objetivo de homenagear o aluno, de 10 anos, que morreu em setembro de 2017, em Campinas (SP), após engasgar com um pedaço de cachorro-quente no passeio da escola.

A família reforçou que o menino não teve atendimento de primeiros socorros. Desde o acontecido, a mãe de Lucas mobiliza e participa de campanhas em prol da causa para evitar tragédias como essas.

*Colaborou Naiara Camargo

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Campo Grande

Comércio não poderá abrir durante os seis feriados de 2025

Em caso de descumprimento, a empresa poderá ser multada em até um salário mínimo por cada funcionário que estiver trabalhando

07/10/2024 17h20

Comércio não poderá abrir em seis feriados de 2025

Comércio não poderá abrir em seis feriados de 2025 Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Os empresários de Campo Grande terão que respeitar pelo menos seis feriados até maio de 2025. O anúncio foi divulgado pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), que afirmou que, em caso de descumprimento, o comércio estará sujeito a multas.

Os feriados que os comerciantes precisam respeitar são: 

1º de Novembro- Dia de Finados 
25 de dezembro- Natal 
1º de janeiro- Ano Novo 
29 de março- Sexta-feira Santa 
1º de maio- Dia do Trabalhador 

Segundo o anúncio, o descumprimento pode resultar em multa de até um salário mínimo por cada empregado que estiver trabalhando. O valor será repassado e pago pelo próprio sindicato.

Do montante recebido pela quebra do acordo firmado, 50% do valor será dividido entre os empregados prejudicados, e os outros 50% serão utilizados pelo sindicato para custear despesas relacionadas à ação de cumprimento, além de ações públicas ou trabalhistas.

Lei Municipal 

Conforme a Lei Municipal nº 81/2006, os estabelecimentos comerciais de Campo Grande permanecem de portas fechadas no Dia de Finados. 

No caso dos supermercados, por ser um serviço essencial, precisam de permissão para funcionar normalmente. As diretrizes para funcionamento dos supermercados são estabelecidas pela Convenção Coletiva de Trabalho, um acordo entre o Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande e o SINDSUPER (Sindicato dos Supermercados) .
 

 

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Cidades

Umidade chega a 8% e é considerada a mais baixa do ano em Campo Grande

Capital também registrou a segunda maior temperatura de 2024, até as 16h, os termômetros registraram 39,7°C. Chuva deve chegar nesta quarta-feira (09) para amenizar calor e tempo seco

07/10/2024 17h15

Umidade chega a 8% e é considerada a mais baixa do ano em Campo Grande

Umidade chega a 8% e é considerada a mais baixa do ano em Campo Grande Gerson Oliveira

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Se já não bastasse o calor dos últimos dias, Campo Grande começou a semana com a menor umidade do ano. Nesta segunda-feira (07) a Capital atingiu 8% segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). 

Os dados foram coletados até as 16h desta segunda-feira. Além de Campo Grande, outras nove cidades de Mato Grosso do Sul registraram umidade menor ou igual a 10%; confira: 

  • Água Clara - 8%
  • Amambai - 9%
  • Aquidauana - 7%
  • Cassilândia - 8%
  • Chapadão do Sul - 10%
  • Jardim - 9%
  • Miranda - 7%
  • Paranaíba - 9%
  • Sidrolândia - 9%

De acordo com Vinícius Sterling, meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec), "tudo é resultado da atuação da massa de ar quente e seca aliada à seca prolongada de muitos dias consecutivos de temperaturas elevadas, sem chuvas regulares. Como a massa de ar é muito quente, muito seca, a gente tem os recordes de temperatura máxima e os recordes de umidade mínima", detalhou.

Altas temperaturas

Somando à umidade baixa, Campo Grande também registrou a segunda maior temperatura do ano nesta segunda-feira (07) quando os termômetros chegaram a 39,7°C. Outras quinze cidades de Mato Grosso do Sul estiveram com as temperaturas em alta; confira: 

Ainda segundo Sterling, a onda de calor é causada por alguns fatores importantes, como o bloqueio atmosférico que impede a entrada de frentes frias e massas de ar mais significativas e também inibe a formação de nuvens e chuva. Desta forma, os raios solares atravessam a atmosfera com mais facilidade, e aumentam ainda mais as temperaturas.

“Agora em outubro a gente tem historicamente as maiores temperaturas registradas no Mato Grosso do Sul em vários municípios é no mês de outubro. Então a radiação solar já volta com mais incidência, então em outubro é um mês historicamente quente”, complementou.

Essa condição deve persistir até terça-feira (08), já que na quarta-feira (09), a chuva deve aparecer devido ao aumento de nebulosidade e à probabilidade de precipitações mais significativas, com acumulados acima de 30 mm em 24 horas.

Vem chuva por aí

Conforme informações do Cemtec, a população deve ficar em alerta sobre os riscos de tempestades com rajadas de vento e eventual queda de granizo. Essa situação meteorológica ocorre devido à influência de uma área de baixa pressão atmosférica, aliado ao intenso transporte de calor e umidade e também um vórtice em médios níveis da atmosfera que deverão favorecer aumento de nebulosidade e condições para chuvas.

Além disso, a aproximação de uma frente fria e o deslocamento de cavados favorecem a formação de instabilidades em Mato Grosso do Sul.

Na quarta-feira, o clima estará mais agradável, com temperaturas mais amenas. São previstas mínimas entre 19°C e 23°C e máximas de 24°C a 31°C para as regiões sul, leste e sudeste do estado.

Nas regiões pantaneiras e sudoeste, esperam-se mínimas entre 22°C e 27°C, com máximas entre 27°C e 36°C. Regiões do Bolsão e Norte, são esperadas mínimas entre 22°C e 25°C e máximas entre 34°C e 36°C.

Por fim, na Capital as mínimas ficarão entre 23°C e 25°C, e as máximas entre 28°C e 33°C. Nesses dias, são esperadas rajadas de vento entre 40 e 60 km/h.

Mais quente da história

Apesar de ainda não estar em dezembro, Campo Grande já registrou o ano mais quente da história contando a partir de janeiro até o mês passado. O calor médio de Campo Grande neste ano superou em quase 1°C a maior média de temperatura da Capital até então registrada, há quatro anos.

Em comparação ao mesmo período analisado, que começa em 1961, essa é a maior média histórica de temperatura já registrada. Antes, 2020 era o ano campeão, com uma temperatura média de 24,7°C. Na Capital, a maior temperatura máxima registrada neste ano foi de 39,8°C, em 24 de setembro.

Reportagem do Correio do Estado deste ano mostrou que estudos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) revelaram que, se não houver a redução da emissão de gases que causam o efeito estufa em Mato Grosso do Sul, a temperatura média do Estado pode aumentar de 5°C a 6°C em 80 anos.

Nesse cenário pessimista, os estudiosos alertaram que, além do aumento da temperatura, Mato Grosso do Sul também registraria uma redução de chuva acumulada anual de aproximadamente 15% no norte do Estado, um aumento de eventos de chuvas extremas em 20% e um crescimento de dias secos no ano, fazendo com que a estação seca tenha um mês a mais.

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