A Prefeitura de Ponta Porã, distante 346 km de Campo Grande, através da Secretaria Municipal de Saúde e do Centro de Controle de Zoonozes (CCZ), está desenvolvendo campanha de orientação sobre prevenção a leishmaniose. O médico veterinário e coordenador do CCZ, Avelino de Osti, disse que prevenir ainda é o melhor remédio para combater a doença e, por isso, é preciso desenvolver ações para repelir e eliminar o inseto transmissor.
Segundo o site Ponta Porã Informa, o CCZ está distribuindo panfletos com orientações para as famílias em todas as regiões da cidade. Estão sendo repassadas informações sobre o que é a leishmaniose canina. “É uma doença visceral grave, presente em mais de 80 países, que acomete pessoas e alguns animais mamíferos. É causada por um parasita chamado Leishmania SP. e é transmitida ao homem e ao animal pela picada do mosquito flebotomíneo, inseto muito pequeno, quase transparente e de cor palha, conhecido popularmente como mosquito palha”.
De acordo com a reportagem, Avelino explica que o cão e alguns animais silvestres servem como hospedeiros intermediários da doença, mas é impossível contraí-la por contato direto com os animais infectados. Somente o mosquito pode transmitir a doença através da picada. “Não se pega leishmaniose através de lambidas, mordidas ou afagos. Portanto, animais e humanos não transmitem a doença entre si. Somente há transmissão através o mosquito palha”.
Conforme o coordenador do CCZ disse ao site, o mosquito palha se reproduz em locais com muita matéria orgânica em decomposição (folhas, frutos caídos, troncos apodrecidos, mata muito densa, lixo acumulado, fezes de naimais) e sai para alimentar-se e picar ao final do dia e durante à noite. Por isso são importantes alguns cuidados para evitar a proliferação.
Ainda de acordo com o site, uma das medidas é evitar acúmulo de lixo em casa; não jogar lixo em terrenos baldios; manter o quintal ou jardim sempre limpo, bem capinado e livre de fezes de cachorro, acúmulo de folhagens e restos de alimentos; usar repelentes ou inseticidas no final da tarde ou cultivar ao redor da casa plantas com ação repelente como citronela ou neem.
Informações do site ainda dão conta que, os moradores também estão recebendo orientações com medidas que podem ajudar a proteger os cães. Uma dessas medidas é vacinar o animal com vacinas específicas para leishmaniose; usar coleiras impregnadas com inseticidas (deltametrina a 4%) que devem ser trocadas a cada seis meses ou produtos tópicos ‘spot on’ que devem ser reaplicados mensalmente ou conforme indicação do fabricante; colocar telas de malha bem fina no canil ou utilizar plantas com ação repelente; manter o abrigo do cão sempre limpo, sem fezes ou restos de alimentos; evitar sair para passear com o cachorro entre o pôr-do-sol e o amanhecer.


