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Celular ao volante é mais perigoso que beber e dirigir

Celular ao volante é mais perigoso que beber e dirigir

Redação

25/09/2015 - 06h00
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Dois copos de cerveja bastam para deixar um homem de 80 kg mais desatento, com os reflexos lentos e, se pegar no volante do carro, com um risco duas vezes maior de se envolver em um acidente de trânsito.  Segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2013, um quarto dos brasileiros ignora este risco e insiste em desobedecer a lei, dirigindo mesmo após ter bebido.

Se você acha muita irresponsabilidade, saiba que um ato corriqueiro pode ser mais perigoso do que misturar álcool e direção. Aquela mexidinha rápida no celular, a que muita gente não resiste quando está conduzindo um veículo, aumenta em 400% a probabilidade de um acidente, conforme aponta um estudo do NHTSA, o departamento de Trânsito dos EUA.

O engenheiro Paulo Guimarães, diretor técnico do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), cita outro estudo americano, da Universidade da Virgínia, para explicar porque a atitude é muito perigosa e ajuda nas 45 mil mortes registradas anualmente no trânsito brasileiro.

"Cerca de 37% da atividade cerebral ligada à direção fica perdida quando você realiza outra ação, principalmente se é algo relacionado ao celular", afirma o especialista em Gestão de Trânsito.

Segundo ele, o uso do viva-voz, embora deixe as mãos livres, pode atrapalhar tanto a direção quanto manter o telefone ao ouvido. "Em termos de desvio de atenção o dano é igual. O que eu tenho observado - um dado que carece de mais estudos -  é que, em algumas situações, é até pior do que a própria utilização do celular na orelha, porque quando a pessoa não está ouvindo direito tem toda aquela situação de estresse", pontua.

Outro problema é o tempo de utilização do equipamento durante o ato de dirigir. "Quando você olha o celular para ver uma chamada que está entrando, por exemplo, perde cerca de dois segundos. Isso, a 60 km/h, dá 34 metros sem ver o que está acontecendo. É mais do que a distância de um poste ao outro."

Paulo Guimarães acrescenta que a intensificação do uso dos smartphones, com redes sociais como o Whatsapp e o Facebook, também contribuem para os acidentes, já que o condutor adquire o hábito de ficar checando o aparelho o tempo todo.

"Por causa deste três fatores aliados, atribui-se um risco até maior que o do álcool para o celular", diz o engenheiro.

Formação tem eficácia maior do que aumento da fiscalização

Usar o celular ao volante, uma infração considerada média, acarreta a perda de 4  pontos na carteira de habilitação e uma multa R$ 85,13.

No Estado de São Paulo, de acordo com o Detran, 111.325 motoristas foram notificados em 2014 pelo uso do celular ao volante, sendo 40.039 deles flagrados na capital – um crescimento de 7,7% em comparação ao ano anterior.

Para Paulo Guimarães, aumentar a punição para quem é pego usando o telefone ao dirigir pode ajudar a combater o problema, mas não deve ser o foco principal para mudar o comportamento dos motoristas.

"Toda intensificação de fiscalização ajuda a coibir alguns comportamentos. Falando em termos culturais, o brasileiro ainda tem uma deficiência na percepção de risco. A gente reage e adota comportamentos seguros com base em legislação, para evitar a fiscalização. Um exemplo é que pouca gente usa o cinto de segurança no banco traseiro porque tem plena consciência do risco a si ou ao próprio condutor", explica o especialista em trânsito.

"No caso do celular, o controle é bem difícil de acontecer. Você tem o uso do viva-voz, tem películas no carro que dificultam a visão do agente", analisa. "Acreditamos que a intensificação da fiscalização  é necessária, mas que a gente consiga, por meio de campanhas, conscientizar melhor a população quanto ao risco. Elas têm que começar quando você é pequeno e está aprendendo o que é compartilhar o espaço público, cidadania, viver em coletividade. Tudo isso tem relação direta com o comportamento no trânsito no futuro."

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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